Voltar a trabalhar é um desafio para grande parte das mães, algo que é enfrentado muito precocemente pelas atletas, como a atacante de vôlei Tandara Caixeta, 32, que representa o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio.
A jogadora retornou às quadras apenas dois meses após o nascimento da filha Maria Clara, 5, e conta que sempre fez questão de mantê-la por perto. “Eu a levo para todos os lugares, inclusive em viagens. Ela vai sempre à preparação em Saquarema (RJ) e adora!”
Mas nem todas as viagens possibilitam que a pequena vá junto. Quando ela estava com apenas seis meses, a atleta precisou fazer uma viagem internacional a trabalho sem a Maria Clara. Foram 51 dias longe de casa. “Na volta, minha filha nem me reconheceu e chorei muito”, lembra Tandara.
Em razão das medidas de segurança por conta da Covid, a menina também não está acompanhando Tandara nas Olimpíadas de Tóquio. Antes, as duas tinham acabado de passar 37 dias separadas por conta de outro campeonato. “Se não fosse isso, estaria tudo programado e a família na arquibancada torcendo pelo Brasil e pela mamãe. Um sonho realizado!”
Para não sofrer tanto com a separação, Tandara e a filha conversam muito. “Diariamente, nos falamos por videochamada, mandamos vídeos aleatórios, áudios e tudo que temos direito. Juntas ainda fizemos um calendário para ela ir riscando conforme os dias vão passando! Esperamos que isso segure um pouco a saudade”, fala a atacante.
Enquanto isso, a pequena está sendo bem cuidada em casa, em São Paulo (SP), pelo pai e marido da atleta, o jogador de vôlei Cléber Mineiro, 42, com ajuda da babá, a Neide, que está com a família desde quando a Maria Clara nasceu. A pequena também está recebendo a visita dos avós de Uberlândia (MG) durante as olimpíadas. “Espero de verdade que ela tenha orgulho da mãezinha dela”, finaliza Tandara.
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