Wednesday, August 25, 2021

Mãe de menino que nasceu com 'metade do coração ativo' luta pela vida do filho

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O pequeno Zac Baldwin, de 6 anos de idade, foi diagnosticado com uma síndrome grave no coração enquanto ainda estava na barriga da mãe, e desde então já passou por diversas cirurgias e tratamentos. Mas no começo desse mês, os médicos disseram para sua mãe, Rachel Leighton, 39, que “não há mais nada que possa ser feito por ele agora”. Mesmo devastada, a mãe não perdeu as esperanças e continua lutando pela vida de Zac.

Rachel Leighton ao lado do filho Zac, que sofre de cardiopatia grave (Foto: Reprodução/Facebook/Rachel Leighton)

 

Em entrevista ao site de notícias local Chronicle Live, Rachel – que mora na cidade de Gateshead, na Inglaterra – contou que estava grávida de 23 semanas quando soube que seu bebê tinha síndrome do coração esquerdo hipoplásico - um defeito congênito no qual o lado esquerdo do coração é severamente subdesenvolvido. Os médicos disseram a ela que essa é a “a pior doença cardíaca que uma pessoa pode ter”.

Depois do diagnóstico, três opções foram dadas à Rachel: interromper a gravidez, ter o bebê e levá-lo para receber cuidados paliativos ou realizar três operações que, se dessem certo, poderiam ajudá-lo a chegar à idade adulta, quando poderia fazer um transplante de coração. “Acho que nunca realmente tomei uma decisão, acho que só chorei durante a gravidez - não sabia o que fazer”, disse ela.

Em maio de 2015, Zac nasceu. Após 3 horas de vida, o bebê sofreu uma parada cardíaca e precisou fazer uma cirurgia, para reconstruir parte do órgão e permitir o fluxo sanguíneo. Depois de passar 5 semanas no hospital, ele recebeu alta.

 

Aos 4 meses de idade, Zac adoeceu e precisou ser novamente submetido a uma cirurgia. Dessa vez, porém, o bebê não conseguiu se recuperar com facilidade e acabou passando 7 meses internado no hospital. Durante esse período, ele foi diagnosticado com outra condição chamada estenose pulmonar (obstrução do fluxo sanguíneo do ventrículo direito do coração para a artéria pulmonar). “Foram longos meses, mas o trouxemos para casa e, desde então, ele se saiu de forma absolutamente incrível - melhor do que qualquer um pensava”, comemorou a mãe.

Rachel contou que estava feliz com o progresso do filho e esperava que ele pudesse fazer outra cirurgia ou um transplante de coração em breve. Mas, no começo deste mês, os médicos do hospital onde a criança faz acompanhamento disseram que não há mais nada que possa ser feito por Zac. “Ele não é elegível para um transplante de coração e não querem levá-lo para a cirurgia, porque acham que ele pode morrer na mesa. Me disseram que as possibilidades chegaram ao fim e que devemos aproveitá-lo ao máximo”, lamentou a mãe. “Isso significaria apenas esperar até que ele morresse. Não sabemos quando seria, mas sabemos que as coisas não estão tão boas como antes.”

A mãe disse que a notícia fez com que ela ficasse devastada. “Ele é a razão de eu estar cursando enfermagem, ele é a minha razão para tudo. Sinto que não posso desistir dele, sinto que ele merece mais”, declarou.

A mãe lamenta que os médicos do seu filho não saibam mais o que fazer, mas ela ressalta que não perdeu as esperanças de encontrar a ajuda que seu filho precisa. “Estou devastada, ter que acordar todas as manhãs sabendo que um dia meu filho não estará aqui me mata por dentro. Espero que alguém em algum lugar possa nos ajudar. Sinto que todos dirão o mesmo, que não há nada que possam fazer, mas não posso deixar de tentar”, declarou ela.

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