A influenciadora americana Coco Austin faz questão de deixar claro nas redes sociais que não se importa com o que as pessoas pensam, especialmente quando se trata de amamentação. A mãe, que deu à luz a filha Chanel em novembro de 2015, revelou que ainda amamenta a menina de 5 anos e não pretende parar. “Chanel ainda gosta do meu seio. Ela tem 5 anos”, disse Austin à Us Weekly nesta segunda (2). “Muita gente diz, 'Ah, mas a criança não recebe nutrientes no leite materno depois dos 2 anos de idade. Por que continuar com isso?' E eu respondo, ‘Minha filha está come bifes e hambúrgueres. Ela simplesmente gosta de mamar de vez em quando e fortalecer o vínculo comigo. Por que tirar isso dela?’".
Coco, de 42 anos, afirmou que atualmente a amamentação para as duas tem menos a ver com nutrição e mais com conforto e segurança emocional. "Ela adora. É uma coisa que a acalma e a ajuda a dormir. Me ajuda a adormecer também. ", disse Coco. “Não quero privá-la de algo que ela deseja só porque a sociedade inventou que você precisa parar de amamentar depois dos 2 anos”.
Amamentação depois dos 2 anos
Os benefícios do leite materno continuam existindo. De acordo com Silvana Salgado Nader, membro do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o aleitamento materno depois dos 2 anos está relacionado com menor chance de sobrepeso e obesidade, uma vantagem e tanto já que, atualmente, esse é um dos maiores perigos que rondam a infância. O leite ainda oferece nutrientes, mas seu papel principal nesse ponto já foi desempenhado. Ele não passa a ser "um alimento vazio", como muita gente costuma repetir, mas os nutrientes já são supridos com a alimentação sólida.
Por isso, não há uma resposta exata sobre o momento certo do desmame. Tudo depende da decisão da família. “A idade ideal para desmamar é uma questão polêmica. Em algumas culturas não-ocidentais, as mulheres amamentam seus filhos até 3 ou 4 anos de idade. O desmame sofre influências de aspectos socioculturais e econômicos”, diz a especialista. Para ela, o fim dessa fase faz parte do desenvolvimento do bebê e da evolução da mulher como mãe. “O fim da amamentação deve ser visto como um processo e não como um evento isolado. A decisão do tempo de duração do aleitamento materno cabe ao binômio mãe-bebê e à sua família”, explica.
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