Em um desabafo publicado nas redes sociais na última segunda-feira (2), a apresentadora de televisão australiana Lauren Brent contou que já teve quadros de mastite mais de 10 vezes e que precisou ser internada para fazer o tratamento. Apesar disso, ela não desistiu de amamentar. Hoje, grávida do terceiro filho, segue em aleitamento com o seu filho Houston, 2.
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Nas fotos, a apresentadora aparece com a barriga à mostra, segurando o segundo filho no colo. “Amamentar estando grávida é uma experiência nova para mim! Houston está com 26 meses e segue firme mamando no peito - e não temos previsão de parar tão cedo”, escreveu. Ela revelou que seguir amamentando, mesmo depois de engravidar, não foi uma decisão fácil. “Os primeiros três meses foram muito difíceis! (...) Meus mamilos estavam sensíveis e doíam muito… Eu até considerei desmamar o Houston, mas eu simplesmente sentia tanta dor que não tinha energia para isso.”
A saída, então, foi adaptar a rotina de mamadas, que antes eram feitas em livre demanda. Agora, já na reta final da gestação, ela só amamenta o filho do meio três vezes ao dia: de manhã, antes da soneca da tarde e à noite. “No terceiro trimestre da gestação, não sei dizer se a sensibilidade passou ou se eu já me acostumei a ela. Mas confesso que ainda vou ver como vai ficar com a chegada do terceiro bebê… Não tenho planos ainda”, escreveu.
Segundo Lauren, o objetivo em compartilhar sua história é de que outras mulheres se inspirem a seguir o máximo de tempo possível com o aleitamento em livre demanda. “Já passei por 10 casos de mastite, tive de ser hospitalizada e estou muito orgulhosa de continuar tentando”, finalizou.
A mastite é um processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama caracterizado principalmente pela dor. Dependendo do caso, ela pode ou não se tornar uma infecção bacteriana.
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Começa com dor, pode haver vermelhidão na pele e sensação de calor na mama ao tocá-la. Em alguns casos, a mulher pode ter náusea e até uma febrícula, como na gripe.
Grande parte dos casos de mastite ocorre durante a amamentação, normalmente duas ou três semanas após o parto. Um dos principais fatores que podem desencadear a inflamação é a pega incorreta do bebê. A sucção errada pode fazer com que surjam fissuras no tecido do mamilo que acabam se tornando porta de entrada para as bactérias. Bebês com freio de língua curto e que usam mamadeiras ou chupetas estão mais propensos a ter pega incorreta.
Há uma terceira fase da mastite que ocorre quando tem bolsas de pus dentro da mama que não conseguem sair. É uma situação grave e, às vezes, é preciso fazer uma cirurgia de drenagem. Se o procedimento não for feito e o pus ficar acumulado por muito tempo, pode ocorrer uma infecção generalizada, chamada sepse, que pode levar até a óbito.
Não, de forma alguma. Ela precisa ser tratada e cuidada, mas não impede que a mãe amamente. Já existem remédios específicos que não passam pelo leite e não afetam o bebê.
Uma das medidas que ajuda a prevenir a mastite é limpar a mama antes e após as mamadas com um pano com água, além de estar sempre com as mãos limpas. Quando há uma quantidade de leite muito grande no peito e a mama está inchada, surge um ambiente mais propício para a bactéria se proliferar. Se o leite não estiver circulando, fica como um meio de cultura para a bactéria. Essa é outra causa de abscesso da mama e a mastite. Então, se esse for o caso, é recomendado fazer uma ordenha manual do leite em excesso para aliviar a mama. Você pode congelar e doar também!
Geralmente se é uma mastite que você percebe bem no início, o tratamento consiste em cuidados locais, como compressas frias e ordenhas, que costumam ter bom resultados. Em alguns casos, o médico pode até receitar um analgésico. Agora, se for uma mastite já instalada com secreção e pus é necessário o uso de antibióticos. Porém, só um especialista vai poder fazer essa avaliação para prescrever a medicação, caso seja necessário.
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