Wednesday, August 4, 2021

Olimpíadas: “É a primeira vez que fico tanto tempo longe deles”, diz a velejadora Fernanda Oliveira sobre a distância de seus filhos

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Apesar desta ser a sexta participação da velejadora Fernanda Oliveira, 40, em olimpíadas, talvez esta seja a prova mais desafiadora da vida dela até aqui. Não pela característica do mar do país nem de suas concorrentes, mas pelo fato de ter que ficar 27 dias sem contato físico com os filhos – Roberta, 7, e Arthur, 4 – e o marido, Diogo, que a acompanha desde os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. “É a primeira vez que ficarei tanto tempo longe deles. Se não fosse por uma causa nobre, não recomendaria a mãe nenhuma. Dá uma angústia e um vazio. É muito difícil! O jeito de aguentar é saber que tenho que representar o país em mais uma edição dos jogos olímpicos”, fala a atleta.

 

Fernanda e a filha (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Fernanda sempre teve uma vida dedicada ao esporte, mas também à maternidade. E precisou encontrar maneiras de levar esses dois papéis juntos.

Ela, que velejou até a 25ª semana da primeira gestação, conta que não queria ficar um minuto sequer longe da filha e tratou de levá-la aos treinos e campeonatos desde que a pequena tinha dois meses e meio. Para isso, sempre contou com uma rede de apoio. “Eu tinha uma babá para me auxiliar e, se a viagem não fosse muito longa, meu marido conseguia acompanhar. Às vezes, meus pais e minha sogra também me davam uma força. Toda a família sempre se disponibilizou para ajudar”, conta.

Com a chegada do segundo filho, a atleta percebeu que seria difícil viajar com duas crianças e precisou contar ainda mais com a ajuda do marido. Mesmo assim, não deixava de se manter presente: “Em uma viagem, lembro que o Diogo os colocou para dormir enquanto eu contava história e cantava música de longe, pelo celular, até eles adormecerem no escurinho”, conta a velejadora, que descobriu que a filha já sabia ler pelo WhatsApp, quando a pequena leu a frase de uma figurinha.

Com os filhos maiores, viajar se tornou mais fácil. Mas as expectativas delas também aumentaram, inclusive com a possibilidade de acompanharem a mãe nas Olimpíadas de Tóquio – o que não foi possível por conta das restrições impostas pela Covid-19. “Uma grande perda para todos”, como coloca Fernanda.

Novamente, as crianças ficaram sob os cuidados do pai, em Porto Alegre (RS). Ele cuida integralmente delas no período da noite. Durante o dia, conta com o apoio de funcionárias e das irmãs da Fernanda, que ajudam com o vaivém de colégio. “Tenho toda uma rede de apoio para que a roda gire. Isso ajuda muito no conforto das crianças, que recebem esse carinho, e na minha sensação de tranquilidade, por saber que tem tanta gente querida que ama tanto meus filhos”, diz a atleta.

Para matar a saudade dos pequenos enquanto está no Japão, Fernanda faz videochamada duas vezes por dia: sempre que acorda e antes de descansar, para coincidir com os horários que eles estão indo para a escola e se preparando para dormir. “Também envio curiosidades sobre modalidades esportivas ou sobre o Japão para que minha filha se sinta perto, além de vídeos meus e do barco.”

Mas há ainda todo um trabalho prévio da mãe para ajudar as crianças a lidarem com a situação.

Em casa, Fernanda fala muito sobre a importância de fazer o que se ama e correr atrás dos sonhos. “Diante de algum impasse, também mostro de uma forma clara e franca que as coisas não são como a gente imagina e gostaria. E explico que devemos respeitar a regras e que as coisas fogem do nosso controle muitas vezes”, coloca.

Dois dias antes de viajar para o Japão, enquanto tomavam banho juntas, a filha Roberta disse à mãe que deveria continuar velejando e inclusive participar das próximas olimpíadas para que ela pudesse acompanhá-la. “Respondi que iria avaliar e precisaria me organizar porque ela e o irmão estão crescendo e precisando da mamãe. E a resposta que tive foi: ‘mamãe, a gente tem que fazer o que a gente gosta’."



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2021/08/olimpiadas-e-primeira-vez-que-fico-tanto-tempo-longe-deles-diz-velejadora-fernanda-oliveira-sobre-distancia-de-seus-filhos.html

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