Saturday, August 7, 2021

Ataques de cachorro triplicam no Reino Unido durante pandemia e crianças são as principais vítimas, diz estudo

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Os ataques de cachorro triplicaram durante a pandemia de Covid-19 no Reino Unido e as crianças são as principais vítimas, de acordo com pesquisa da Universidade de Liverpool publicada neste mês que analisou registros feitos na polícia e atendimentos em hospitais. No país, houve mais de 15 mil ataques graves de cães registrados pela polícia em 2020.

A pequena Poppy, de 8 anos, foi mordida por um cão durante a pandemia (Foto: Arquivo pessoal)

 

Em entrevista ao Daily Mail nesta quarta-feira (4), o advogado inglês especialista em atender vítimas de cães, James McCally, afirmou: “No escritório, passamos de três ou quatro novos casos por semana antes da pandemia para mais de 20 casos por semana nos meses de quarente no ano passado. No geral de 2020, o número de novos casos triplicou. Foi um aumento enorme - estamos vendo mais pessoas dentro de casa ou caminhando em parques sendo atacadas por cães. Com as crianças, muitas vezes é em casa que vemos os ataques e com os adultos em parques ou entre entregadores que se aproximam de uma residência para fazer seu trabalho. Também estamos vendo ferimentos mais sérios à medida que as pessoas compram cães maiores. Infelizmente, vimos ferimentos chocantes no ano passado. Crianças que tiveram os lábios arrancados, e outra cujo couro cabeludo foi removido pela mordida e ficará com cicatrizes para sempre. E também casos de entregadores que ficaram sem os dedos ao tentar entregar pacotes”.

Um dos casos foi a pequena Poppy, de oito anos, atacada por um cão da raça Staffordshire Bull Terrier de um amigo da família. Em entrevista ao tabloide britânico, a mãe da menina, Meg Morris, 31, afirmou que o cachorro foi sacrificado depois do ataque em março, mas que o incidente deixou cicatrizes psicológica, além das físicas em sua filha. “Estava visitando a casa de um amigo com minhas duas meninas. Chegamos e estava tudo bem, até que decidimos dar uma volta no jardim. O cachorro, que até então estava calmo, simplesmente deu um pulo e nos atacou enquanto estávamos no quintal. Não rosnou nem deu nenhum aviso. Ele pulou em Poppy e eu o empurrei para longe, mas só consegui fazê-lo soltar depois de alguns segundos. Peguei Poppy no colo e gritei para que chamassem a ambulância. A Lola, minha filha mais velha de 11 anos, saiu correndo. A Poppy ficou em choque, com a boca muito inchada e não conseguia mais falar. Eu tremia pelo corpo todo e só queria me afastar do cachorro que continuava fora de controle, correndo pelo quintal”, afirmou a mãe.

Um cão da raça Staffordshire Bull Terrier. Imagem meramente ilustrativa (Foto: Getty Images)

 

Meg disse ainda que Poppy terá para sempre uma cicatriz no rosto por causa do ataque. “Ela costumava ser muito confiante e se dava bem em qualquer situação, mas agora é muito cautelosa. Não gosta mais de conhecer lugares novos e acha que todo mundo está falando sobre a aparência dela o tempo todo. Olhando para as fotos dela antes, é como se fosse uma criança diferente. Ela vai precisar de cirurgia estética para amenizar a cicatriz”, conta a mãe. “Não acho que seja culpa do cachorro, mas dos donos. Ele era um cão jovem - tinha oito meses e nenhum treinamento. Mas quando você olha os ferimentos que ele causou, sabe que é preciso haver regulamentação mais rígida sobre quem pode ter certos tipos de cães. Lutamos por uma mudança na lei para que isso não volte a acontecer”.

Como prevenir a agressão?

Não há muito a fazer além de ficar de olho para que a criança não os provoque demais, puxando seus rabos, gritando ou pegando-os bruscamente. O ideal é supervisionar sempre a brincadeira, mesmo que o bicho conviva com seu filho todos os dias e seja dócil. As crianças, principalmente as menores, entre 1 e 2 anos, não têm total controle sobre sua força e acabam machucando ou assustando os bichos, que podem ignorá-las ou reagir com uma mordida.

Além disso, oriente às crianças a: nunca perturbar um cachorro que está cuidando de filhotes, comendo ou dormindo; nunca colocar a mão através de uma cerca para acariciar um cachorro e nunca correr de um cachorro.

Como agir, em caso de acidente?

Se, apesar de todo o cuidado, a criança for vítima de um cão, a primeira providência é lavar a lesão com água corrente e sabonete. Em seguida, leve-a ao pronto-socorro para avaliar a necessidade de pontos, antibióticos e até mesmo soro ou vacina contra raiva.



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2021/08/ataques-de-cachorro-triplicam-no-reino-unido-durante-pandemia-e-criancas-sao-principais-vitimas-diz-estudo.html

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