Thursday, September 23, 2021

Variante delta da covid-19 já é dominante em São Paulo; entenda qual é o impacto para as crianças

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Em nota divulgada na última quarta-feira (22), o governo da cidade de São Paulo revelou que 95,2% dos novos casos de covid-19 (em que foi possível identificar a linhagem do vírus) são da variante Delta. A presença dessa variante, no entanto, não tem apresentado um impacto significativo na curva de crescimento do número de casos, segundo o comunicado. Mas e entre as crianças, há mais riscos?

As crianças precisam fazer testes regulares de covid, por conta da volta às aulas? (Foto: Getty Images)

 

Embora a variante delta seja mais transmissível do que o vírus original, até o momento não há indícios de que ela seja mais letal para os pequenos. Dados divulgados pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) mostram que a variante não representou aumento no número de quadros graves ou fatais entre as crianças.

Apesar de a taxa de hospitalização de crianças e adolescentes de 0 a 17 anos ter aumentado cinco vezes com a circulação da delta, a proporção de jovens com quadros graves "foi parecida antes e depois da fase em que a delta era dominante", segundo o CDC. “Embora estejamos vendo mais casos em crianças e mais casos gerais, estudos demonstraram que não houve aumento da gravidade da doença em crianças", disse Rochelle Walensky, diretora do CDC, em entrevista coletiva.

 

Os números gerais podem causar a impressão de que as crianças estão ficando mais doentes com a variante delta, mas esse não é o caso. A maioria das crianças infectadas tem casos leves ou nenhum sintoma e não precisam ser hospitalizadas, de acordo com especialistas ouvidos pelo Daily Mail.

O médico Marco Aurélio Palazzi Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), afirmou à CRESCER que "até o momento não há nenhum indício que a delta seja mais letal em qualquer grupo etário, inclusive nas crianças.” Essa variante demonstrou mais transmissibilidade. E quanto mais transmissível, maior o número de casos, mais hospitalizações e mortes, mas não há nenhuma particularidade dessa variante com crianças e adolescentes, e nem em outros grupos no que diz respeito à sua letalidade”, explicou.

 

Além disso, a vacinação tem se mostrado eficaz na proteção de crianças e adolescentes. As taxas de hospitalização entre a população de 12 a 17 anos foram menores entre aqueles que já haviam sido imunizados, nos EUA. "O que fica claro nesses dados é que a cobertura vacinal em nível comunitário protege nossos filhos. À medida que o número de casos de COVID-19 aumenta na comunidade, o número de crianças adoecendo, precisando ir ao pronto-socorro e sendo internadas no hospital também aumentará", disse a diretora do CDC.

Isso não significa, porém, que é hora de baixar a guarda. Pelo contrário. Os cuidados no combate a essa - e qualquer outra - variante devem ser, segundo especialistas ouvidos pela CRESCER, os mesmos de sempre: o reforço das medidas de higiene, máscara (que deve ser estimulada em crianças a partir dos 2 anos), distanciamento e, claro, agilidade na vacinação. "A forma de prevenção à variante delta não muda, continuam valendo as mesmas medidas que já usamos até aqui", explica o infectologista e pediatra Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP.

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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Saude/noticia/2021/09/variante-delta-da-covid-19-ja-e-dominante-em-sao-paulo-entenda-qual-e-o-impacto-para-criancas.html

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