Tuesday, September 14, 2021

"Não sabia que estava grávida até a cabeça do meu filho aparecer", diz mãe

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Atormentada por cólicas, uma mulher de 41 anos tentava respirar profundamente. Já fazia muito tempo desde sua última menstruação, então, Karla Akuhata acreditava que a dor era um indício de que ela estava de volta. Era terça-feira (7), às 5h30 da manhã. Ela estava na casa de sua mãe, em Whakatāne, na Nova Zelândia, e resolveu, então, tomar um banho na esperança de relaxar e talvez dormir um pouco.

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No entanto, quando ela enrolou a toalha em si mesma e voltou para o quarto, a dor se intensificou. Tremendo, ela caiu de joelhos. Quando se abaixou, sentiu uma cabeça. Ela estava tendo um bebê. “Oh meu Deus", ela pensou. Cerca de 15 minutos depois, Karla deu à luz Tamarangi, ali mesmo, no chão do quarto. Ele foi uma “surpresa total”, um “bebê milagroso”, disse ela, em entrevista ao New Zealand Herald.

Karla e seu bebê milagroso (Foto: Reprodução/teaomaori.news)

 

Bebê surpresa

Karla sequer desconfiou que estava grávida, mas, olhando para trás, disse que "havia alguns pequenos sinais". Ela disse que estava com pouca energia e sentindo-se um pouco inchada. Mesmo assim, ela atribuiu os sintomas ao estresse do trabalho e a uma condição médica com a qual estava lidando. Sobre seu peso, ela disse ter engordado cerca de 5kg, mas suas calças realmente ficaram apertadas duas semanas antes do parto, mas ela não tinha uma “barriga de grávida”.

Ninguém ao seu redor, incluindo familiares e amigos próximos, pensou que ela pudesse estar grávida, disse Karla. Além disso, ela já estava com 41 anos. Disse que teve seu primeiro filho 15 anos antes e, mesmo assim, "foi difícil engravidar", já que havia tentado ter um segundo filho, sem sorte. Ela também passou por longos períodos regularmente, incluindo nove meses, sem menstruar, o que a levou ao diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos, uma condição que pode dificultar a gravidez, disse ela. Somado a tudo isso, Karla permaneceu ativa até este mês, e até participou da última temporada de netball, em meados de agosto.

Karla em maio, três meses antes de dar à luz (Foto: Reprodução/The Sun)

 

O apetite "saudável" de Karla até confundiu sua mãe. “Ela estava me dizendo: 'Você está dizendo que está inchada e tem problemas de barriga, mas ainda está comendo'”, lembra. Foi quando a primeira piada de gravidez foi feita, mas ela não levou isso a sério. Somente naquela terça-feira, às 5h30 da madrugada. Seu filho de 15 anos e seu pai estavam em casa, mas ela não pediu ajuda. Estava nua e não queria incomodar ninguém. “Fazia sentido ficar lá”, disse ela. "Havia uma cabeça de bebê saindo de mim, não havia mais nada a fazer a não ser deixar ele sair", lembra.

Quando Tamarangi nasceu, por volta das 5h50, Karla ligou para sua mãe, que estava para terminar o turno da noite no Hospital Whakatāne. “Mãe, você sabe que estava brincando que eu poderia estar grávida, bem, acabei de ter um bebê”, disse Akuhata. "Que diabos, Karla", foi tudo o que sua mãe atordoada conseguiu dizer. Em seguida,ela  ligou para uma ambulância e correu para casa para ajudar sua filha. Quando chegou, Karla havia tirado a placenta e delicadamente subiu na cama para debaixo do edredom. Ela envolveu o filho em sua toalha de banho e o segurou contra o peito, ainda conectado pelo cordão umbilical. “Ele apenas ficou lá, aninhou-se e fez todos os barulhos de bebês”, disse ela. "Eu meio que sabia, pelos barulhos que ele fazia, que ele estava bem", completou.

Sempre prática, a mãe de Karla verificou sua filha e seu neto e então começou a limpar. A sala parecia uma “cena de crime” e sua mãe não queria que os paramédicos a vissem em tal estado, Karla disse rindo. O outro filho e pai de Karla também entrou, esfregando os olhos turvos com admiração. Quando os paramédicos apareceram logo em seguida, cortaram o cordão umbilical e verificaram se a mãe e o bebê estavam bem. Quando Karla foi tomar um banho rápido, ela entregou o filho para a avó, enquanto um dos paramédicos até assumiu a tarefa de limpar o quarto e tirar os lençóis. “Obviamente, não sabíamos que íamos ter um bebê, então não havia roupas de bebê em casa, não havia nada”, disse ela. “Mas quando chegamos da maternidade, esse garotinho tinha tudo de que precisava", disse ela, referindo-se a ajuda de sua cunhada que reuniu berço, roupas e fraldas.

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Karla contou ao pai do bebê e depois postou uma mensagem contando sua história em sua página particular no Facebook. “Sei que, ao compartilhar minha história na mídia, vou receber muito julgamento de pessoas que podem não entender a história ou aceitá-la”, disse ela. “Mas vale a pena compartilhar um pouco mais de amor", finalizou.

Como é possível

Segundo o ginecologista e obstetra Gabriel Costa, da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), na maioria dos casos, a menstruação irregular é o que acaba dificultando o reconhecimento precoce da gravidez, porque a falta dela não causa desconfiança. Também pode acontecer de uma gestante não sentir a criança se mexendo, desde que, psicologicamente, ela negue aquela gravidez. "Existem casos em que ela até sente, mas atribui isso a outros fatores, como um movimento do intestino, por exemplo”, diz o ginecologista e obstetra Alexandre Pupo Nogueira, do Hospital Sírio Libanês (SP).

A negação é um mecanismo de defesa totalmente inconsciente. “É uma resposta àquela situação com a qual a mulher não consegue lidar naquele momento. Na tentativa de fugir desse conflito, ela acaba interpretando a realidade de um jeito distinto. Tudo o que possa levar a uma confirmação da gravidez é negado, rejeitado, relevado”, explica Cristiana Julianelli, psicóloga e psicanalista especializada no atendimento de gestantes (SP).

Independentemente de ser uma gravidez desejada ou não, após a descoberta, é importante que a mãe tenha acompanhamento psicológico e possa contar com uma sólida rede de apoio, afinal, é muita informação para assimilar em pouquíssimo tempo. Muitas delas se preocupam com a saúde do bebê, remoendo a ausência do pré-natal e culpando-se por terem seguido uma vida sem restrições, muitas vezes consumindo álcool, tabaco ou medicamentos contraindicados. “O pré-natal realmente previne uma série de complicações e reconhece situações de risco. Não fazê-lo, assim como não ter seguido as orientações médicas, pode ser muito grave para mãe e filho, mas, felizmente, a maioria dos casos evolui bem”, tranquiliza Gabriel Costa.

 



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/noticia/2021/09/nao-sabia-que-estava-gravida-ate-cabeca-do-meu-filho-aparecer-diz-mae.html

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