Uma mãe de cinco disse que pretende fazer uma laqueadura depois que seus métodos de contracepção falharam três vezes. A esteticista britânica Kate Harman, 39 anos, conta que teve dois filhos enquanto tomava pílula anticoncepcional e engravidou mais uma vez três anos após seu marido, o empresário Dan Harman, de Bedfordshire, passar por uma vasectomia, em 2015. Um teste de fertilidade caseiro revelou que Dan realmente tinha uma contagem normal de espermatozóides, apesar do procedimento.
Na época, a esteticista acabou sofrendo um abortou esponâneo. No entanto, acreditando que era "destino" ter mais filhos, o casal tentou novamente e ela engravidou de Buddy, 2 anos, algumas semanas depois. Kate o apelidou de "bebê milagroso", já que ele foi concebido após a vasectomia e sobreviveu a inúmeras complicações. Durante a gravidez de Bubby, os médicos chegaram a orientar Kate a fazer um aborto sob o risco de ela morrer, mas a mãe recusou.
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Agora, com cinco filhos, Kate disse que passará por uma laqueadura no início do próximo ano. "Acho que podemos, definitivamente, ser o casal mais azarado quando se trata de contracepção, é por isso que serei esterilizada. Eu li que nem todas as esterilizações são 100% eficazes, então Dan já disse que se eu engravidar depois é para ser", brincou ela. Hoje, eles são pais de Charlie, 20, Alfie, 14, Stanley, 8, Lottie, 7, and Buddy, 2.
Ao Daily Mail, a esteticista contou que engravidou do filho mais velho Charlie, 20, enquanto tomava pílula. Depois, aconteceu novamente. "Então, comecei a tomar pílula e engravidei de Lottie seis meses depois de ter Stanley, que também foi uma 'surpresa'. Então, eu falei: 'Não vou mais tomar anticoncepcional, estou farta'. E meu marido disse: 'Vou fazer vasectomia'. Ele fez e ficou com muita dor. Na época, ele deveria ter enviado uma amostra [do sêmen] para verificar sua contagem de espermatozóides, mas ele disse: 'Não, o médico disse é 99,9% eficaz, estou bem'. Então, continuamos fazendo sexo desprotegido por três anos até que minha menstruação atrasou. Nunca atrasa, geralmente chega cedo. Minha irmã gêmea me disse: 'Você está grávida', e eu disse: 'Não, não estou, não posso estar grávida, Dan fez vasectomia'", lembra.
Mas, no dia seguinte, como Kate estava cinco dias atrasada, ela fez um teste de gravidez que deu positivo. "Tive o choque total da minha vida quando olhei para o teste. Fiquei chocada, com medo e pensei: 'Como vamos sobreviver?', pois vivemos apenas em uma casa de quatro quartos. Eu mandei para ele uma foto e ele disse: 'O quê?'. E eu respondi: 'Estou grávida'. Ele disse: 'Você não pode estar'", contou. "Fui fazer outro teste de gravidez e ele fez um teste de fertilidade masculino. O meu deu positivo e a contagem de esperma dele estava normal. Ele ficou tipo: 'Não posso acreditar que fiz essa operação maldita e não funcionou'. Nós dois estávamos apenas rindo no banheiro. Ele disse: 'Passei por toda aquela dor por nada', e pensei: 'Bem, deixa para lá'", lembra.
Dan ligou para os médicos que o avisaram que a vasectomia funcionou porque Kate não engravidou durante três anos. A suspeita é de que os ductos se reintegraram após esse tempo. "Abortei aquela gravidez. Eu estava tão animada pensando que teria outro bebê e, neste ponto, Dan estava ficando animado depois que superamos o choque. Eu disse a Daniel: 'É Deus nos dizendo que podemos ter mais filhos. Esse aborto espontâneo aconteceu por um motivo'. E ele disse: 'Não, sinto muito, mas não teremos mais filhos'. Eu fiz minha mágica e o convenci a tentar novamente, e ele concordou. Então, duas semanas depois de minha primeira menstruação após o aborto, eu engravidei de Buddy. Eu estava tão feliz e Dan estava muito animado", disse. "Eu sou muito maternal, adoro bebês e ter uma grande família", finalizou.
"É importante lembrar que não existe nenhum método contraceptivo que seja 100% seguro", afirmou o obstetra André Luiz Malavasi, diretor do setor de ginecologia do Hospital Estadual Pérola Byington (SP) e da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (SOGESP), à CRESCER. Todos eles sugerem um percentual de falha então, provavelmente, algumas mulheres irão engravidar mesmo usando-os. Sobre as pílulas, segundo o especialista, a taxa varia de um fabricante para outro, mas, em geral, elas garantem uma proteção de 95% a 99,9% contra uma gravidez indesejada.
Já em relação a vasectomia, segundo o urologista Alex Meller, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e membro do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), a vasectomia é realmente eficaz — por volta de 98 a 99%. Na prática, a cirurgia é simples. "O espermatozoide produzido no testículo é conduzido até a uretra por um canal chamado 'ducto deferente'. Então, realizamos uma incisão na pele, fazemos a secção completa do ducto e amarramos seus cotos. Isso impede a passagem do espermatozoide tornando o sêmen estéril", diz. "Com isso, os espermatozoides ficarão retidos no ducto deferente e no epidídimo, sendo absorvidos pelo organismo após 90 dias", completa. No entanto, para saber se a cicatrização realmente deu certo, é necessário realizar um controle com um exame de espemograma de 60 a 90 dias depois da cirurgia.
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