Um bebê, que recebeu apenas 1% de chance de sobrevivência dos médicos antes mesmo de nascer, agora é um menino alegre de nove meses. A mãe, Ann Rice, de Cardiff, País de Gales, disse que foi orientada a abortar seu filho quando sua bolsa estourou, com 20 semanas de gestação. Na época, os médicos disseram que ela deveria abortar naturalmente dentro de 48 horas. Então, ela foi mandada para casa com antibióticos. Quando isso não aconteceu, Ann foi aconselhada a interromper a gravidez, pois havia o risco de ela contrair sepse. No entanto, ela e o marido, Chris, decidiram que iriam dar continuidade à gravidez.
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Então, dez semanas depois, no dia 23 de dezembro, o bebê Chester nasceu de uma cesariana de emergência, pesando cerca de 1 kg. Ele também foi diagnosticado com doença pulmonar crônica, por ter nascido com o pulmão subdesenvolvido. Por isso, foram longos quatro meses na UTI neonatal. Em várias ocasiões, os médicos não tinham certeza se o pequeno sobreviveria. No entanto, Chester desafiou as adversidades e agora está em casa com seus irmãos mais velhos, embora ainda precise de oxigênio 24 horas por dia.
"Ele está começando a desenvolver uma personalidade agora. Está sempre sorrindo, mesmo depois de tudo que passou. Ele está feliz, está bem e é um garotinho adorável. Mas se eu tivesse seguido o que os médicos me disseram, eu o teria perdido", disse ela. Ann, que tem mais dois filhos, descreveu o período de 10 semanas entre o rompimento da bolsa e o parto de Chester como "muito estranho". "Eu estava apenas esperando pelas dez semanas e tentando ficar em repouso o máximo que pude, enquanto também cuidava de um bebê de oito meses. Cada semana que avançávamos na gravidez era como uma pequena vitória, porque foi mais uma semana de Chester ficando maior e mais forte. Foi muito importante para nós ultrapassar a marca das 24 semanas, porque é quando a gravidez é considerada viável. Se ele tivesse nascido antes disso, os médicos não teriam intervindo para salvar sua vida se ele precisasse", ponderou.
Quando ele nasceu, Ann tinha menos de 1 cm de líquido amniótico, o que causou complicações. No total, Chester passou 113 dias na unidade neonatal, com Ann e Chris tendo que se revezar para visitá-lo. "Naqueles quatro meses, ele teve sepse quatro vezes, fez uma transfusão de sangue, quase teve que fazer uma cirurgia para perfurar o intestino, mas, felizmente, não precisou. Fomos capazes de trazê-lo para casa em abril, mas apenas duas semanas depois, ele pegou bronquiolite e quatro outros vírus respiratórios. Então, teve que voltar para a UTI. Ele ficou lá por quatro dias em estado crítico. Parecia que dava um passo para frente e dois para trás, o tempo todo", lembra.
Agora, aos nove meses, Chester pesa cerca de 7kg, e a mãe disse que ele está ficando mais forte a cada dia. "Se eu fosse tirar o oxigênio dele agora, ele ficaria bem, não estaria com falta de ar imediatamente. Mas, em pouco tempo, ele começaria a lutar e então usaria sua energia para respirar em vez de crescer", explicou. Ann espera que sua história dê forçs para outras mães que estão passando por situações semelhantes.
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