Uma pesquisa realizada no primeiro semestre deste ano pelo Instituto Ipsos — e encomendada pela farmacêutica Organon, companhia global que desenvolve pesquisas e medicamentos contraceptivos femininos — revela os principais métodos anticoncepcionais utilizados pelas brasileiras. E, em primeiro lugar, aparece a pílula oral, utilizada por 58% das entrevistadas; seguida do preservativo (43%), que é o meio mais comum entre as que usam mais de um tipo de contraceptivo. Na sequência, vem o DIU de cobre (8%) e a injeção mensal (6%). A contracepção natural – tabelinha, coito interrompido e temperatura corporal – é o recurso de 6% das mulheres entrevistadas e a laqueadura, de 4%.
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![Quando uma mulher sabe que chegou o momento de "pendurar a pílula"? (Foto: Thinkstock)](https://s2.glbimg.com/X67vJV_s9F1yQOVKhaLf-Eu39T4=/620x480/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2016/01/06/anticoncepcional.jpg "Quando uma mulher sabe que chegou o momento de "pendurar a pílula"? (Foto: Thinkstock)")
Mas a pesquisa vai além e mostra, ainda, que a que a "falta de conhecimento" é o principal motivo para as brasileiras não planejarem sua vida reprodutiva. Foram entrevistadas 450 mulheres de todas as classes sociais e regiões do país e o resultado mostrou que 52% delas usam algum método contraceptivo, mas só 13% afirmam ter domínio pleno de planejamento reprodutivo.
De acordo com o trabalho, 51% das brasileiras dizem já ter ouvido falar em planejamento reprodutivo, mas consideram não saber o suficiente sobre o tema. Já 36% admitem não ter nenhum conhecimento do assunto. “Muitas mulheres do Brasil escolheram a maternidade de forma autônoma e consciente. Viva elas! Outras não. Muitas e muitas brasileiras foram privadas de escolhas, muitas engravidaram ainda adolescentes, abandonaram a escola e se viram mães ainda meninas”, observa a ginecologista e obstetra Ana Tereza Derraik Barbosa, mestre em Saúde da Família.
Ainda segundo a pesquisa, 43% das mulheres entrevistadas desejam ter mais informações sobre cada método e suas diferenças. Além disso, 45% querem que os métodos sejam mais acessíveis e 50% gostariam que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferecesse mais opções de contraceptivos.
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A pesquisa foi divulgada recentemente em alusão ao Dia Mundial da Contracepção, celebrado em 26 de setembro. Lançada em 2010, a data mobiliza empresas e organizações que promovem a saúde de meninas e mulheres ao redor do planeta.
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