Sensibilização, conscientização e informação são fundamentais na vida de todos nós, ainda mais quando trazem mais saúde e mais vida, com menos dor e menos sofrimento. Precisamos falar sobre amamentação sempre. Precisamos falar sobre câncer de mama sempre.
Taxas de aleitamento materno no Brasil estão aumentando bem lentamente nos últimos 13 anos (ENANI-2019 – veja adiante). Precisamos de muito mais, o quanto antes. Em paralelo, taxas de câncer de mama no Brasil e no mundo se mantém estáveis ou aumentam aos poucos, ano após ano. Amamentar é um dos fatores de proteção contra o câncer de mama. Assim: Amamentar a mais. Câncer de mama a menos.
É fundamental compreender as estatísticas no Brasil e no mundo. Vem comigo.
Câncer de mama
- É o tipo mais comum em mulheres no mundo: perto de 2,3 milhões de casos novos estimados em 2020 - 24,5% dos casos novos por câncer em mulheres.
- É a causa mais frequente de morte por câncer nessa população, com 684.996 óbitos estimados para 2.020 (15,5% dos óbitos por câncer em mulheres – dados do IARC, 2020).
- No Brasil, o câncer de mama é o 2º tipo de câncer mais comum (depois do câncer de pele) e o que causa mais mortes por câncer em mulheres em todas as regiões brasileiras (exceto na Região Norte onde é o segundo, atrás de câncer de colo de útero – dados INCA). Em 2.019, foram 18.295 mortes, sendo 18.068 mulheres e 227 homens (2019 - Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM).
- Segundo estimativas, serão 66.280 casos novos de câncer de mama, para cada ano do triênio 2020-2022 (dados do INCA). Esse valor corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres.
Aleitamento materno
- Em crianças menores de 4 meses: 60% - aumento de 15% em 13 anos.
- Em crianças menores de 6 meses: 45,7% - aumento de 8,6% em 13 anos.
- Continuado em crianças até 12 meses: 53,1% - aumento de 4,6% em 13 anos.
- Em crianças menores de 24 meses - 60,9% - aumento de 4,6% em 13 anos.
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:
- Praticar atividade física
- Manter o peso corporal adequado
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
- Amamentar seu bebê o máximo de tempo possível é um fator de proteção contra o câncer.
- Não fumar e evitar o tabagismo passivo são medidas que podem contribuir para a prevenção do câncer de mama.
Estudo publicado na revista Lancet em 2002 comprovou que o risco relativo de câncer de mama diminuiu 4,3% para cada 12 meses de amamentação (somados todos os períodos de amamentação), além de uma redução de 7,0% para cada nascimento (cumulativos).
Uma das causas para isso é hormonal (estrogênio). A gestação tem uma redução da ação desse hormônio nesse período. Quanto mais gestações, menos influência do estrógeno, menos riscos. E durante a amamentação, acontece situação parecida, inclusive controlando (não impedindo) possibilidade de engravidar.
Quando a mulher amamenta de forma exclusiva até o 6º mês, complementada até 2 anos ou mais e em livre-demanda ocorre uma “esfoliação” mais constante e eliminação mais frequente desse (e de outros) tipo de células, também diminuindo as chances da doença. Isso acontece, também, quando a mulher extrai seu leite para doação ou para deixar em casa, para seu filho, quando ela volta ao trabalho.
Para concluir, a postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas é fundamental para a detecção precoce do câncer da mama.
Leiam e divulguem a 5ª edição (revista e atualizada) da Cartilha (2019): Câncer de mama: vamos falar sobre isso? do INCA.
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