Rachel de Souza, pedagoga e fundadora da Children's Commissioner for England (comissão inglesa que promove direitos das crianças) declarou para a imprensa local que as escolas não deveriam voltar a fechar – mesmo se os casos de infecção por covid-19 voltarem a aumentar.
De acordo com o The Sun, Rachel concorda que foi certo fechar as escolas quando a pandemia atingiu o Reino Unido, no começo do ano passado, mas ela acredita que as crianças não podem mais continuar estudando de casa. “Nunca mais quero ver as escolas fechadas. É muito importante. Os danos causados pela perda da educação são imensos”, argumentou ela.
Ainda segundo o site de notícias, no início deste ano a pedagoga fez uma pesquisa com mais de meio milhão de crianças para descobrir a opinião delas sobre o fechamento das escolas. A pesquisa foi intitulada “The Big Ask” (ou “a grande pergunta”, em tradução livre).
Rachel afirmou que o estudo descobriu que “as crianças gostam da escola” e que “percebem que sentar em frente ao computador não é a mesma coisa que estar com um professor”.
“Um jovem me contou que não estava saindo com os amigos ou indo para a escola e que se sentia péssimo. Ele estava confuso, não sabia o que fazer”, contou ela. “Lembro-me também de uma garota do sétimo ano que estava muito chateada e me disse: 'Estou com medo, não sei fazer amigos. Não tenho mais certeza de como fazer”, completou.
A pedagoga sugere que o governo crie um “pacote abrangente de atualização para as escolas”, além de criar e melhorar programas que ajudam as crianças a lidar com as consequências da pandemia. “Todos conseguem perceber o quão importante as escolas são para a vida das crianças”, concluiu.
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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2021/09/pedagoga-defende-escolas-abertas-no-reino-unido-mesmo-apos-aumento-de-casos-de-covid-19.html