Quando contraiu covid-19 e precisou ser levada para a UTI, a gestante Katie Pederson – da cidade de Seal Beach, na Califórnia (EUA) – pensou que não sobreviveria ou que iria perder seu bebê. Mas para seu alívio, a mãe recebeu alta depois de 4 semanas internada, e ela e seu pequeno passam bem.
Em entrevista à emissora de TV local ABC7, Katie explicou que não tinha tomado a vacina ainda porque queria esperar até que existissem mais informações sobre o imunizante. "Eu ia esperar até o terceiro trimestre da gravidez para me vacinar e estava segura dessa decisão até contrair covid-19", contou.
Ela testou positivo para a doença na 24ª semana de gravidez. Quando os sintomas começaram a piorar, a mãe decidiu ir a um pronto-socorro. "Eu fui internada e não vi meu marido por três semanas e meia. Quando fui intubada, pensei que eu ou meu bebê iríamos morrer", lembrou ela.
Katie foi colocada em uma máquina ECMO, que fornecia oxigênio para a mãe e para o bebê. "Essa máquina remove o sangue do paciente e, neste caso específico, adiciona sangue e remove o dióxido de carbono, e então retorna o sangue ao paciente", explicou o médico Peyman Benharash, da UCLA Health, para a ABC7.
De acordo com a equipe médica do hospital, Katie é uma das muitas pacientes grávidas com covid-19 que precisaram desse tipo de suporte. “Durante a gravidez, o sistema imunológico da mulher é suprimido para não atacar o feto e isso a torna mais suscetível a doenças graves. A maioria das pacientes precisa passar por uma cesárea de emergência enquanto ainda está na máquina de ECMO", explicou a obstetra Christina Han, responsável pelo caso de Katie.
Depois de 4 semanas internada, a mãe recebeu alta. Katie, que agora está com 35 semanas de gestação, contou que ainda está se recuperando das consequências físicas e mentais de ter estado na UTI. Ela aconselha que nenhuma outra gestante espere para ser vacinada. “O certo a fazer é proteger meu corpo e ser vacinada”, declarou.
Christina Han reforçou que já há informações suficientes para que a vacina seja considerada segura para as gestantes e seus bebês. “Já sabemos que essas vacinas não estão levantando nenhum sinal de alerta. Não há risco de natimortos, abortos espontâneos ou parto prematuro", explicou.
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