Após o Ministério da Saúde apontar que alguns estados aplicaram imunizantes não autorizados pela Anvisa em adolescentes, o governo paulista disse que iniciará uma investigação para identificar quais erros se tratam de falhas de digitação em sistema e quais eventualmente sejam erros de aplicação vacinal.
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No entanto, a Secretaria de Saúde ressaltou que distribuiu para aplicação somente vacinas contra covid-19 devidamente autorizadas pela Anvisa e com as devidas orientações de uso aos 645 municípios. "Neste sentido, o Plano Estadual de Imunização (PEI) destinou à rede de saúde apenas imunizantes da Pfizer para vacinação dos adolescentes de 12 a 17 anos. De 2,4 milhões de adolescentes vacinados, ou seja 72% do público, foram identificados apenas 0,001% de eventos adversos", disse a nota enviada à imprensa.
O Ministério da Saúde também divulgou uma nota técnica dizendo que apenas adolescentes, de 12 a 17 anos que apresentassem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade fossem vacinados nesse momento contra a covid-19. A declaração do órgão foi contrária a posição do governo paulista que afirmou que manteria o seu calendário de vacinação com adolescentes sem comorbidades com a vacina da Pfizer, pois já tem as doses reservadas. "O Governo de São Paulo lamenta a decisão do Ministério da Saúde, que vai na contramão de autoridades sanitárias de outros países. A vacinação nessa faixa etária já é realizada nos EUA, Chile, Canadá, Israel, França, Itália, dentre outras nações. A medida cria insegurança e causa apreensão em milhões de adolescentes e famílias que esperam ver os seus filhos imunizados, além de professores que convivem com eles", diz a nota da pasta enviada à imprensa.
Além disso, a Secretaria de Saúde diz que "coibir a vacinação integral dos jovens de 12 a 17 anos é menosprezar o impacto da pandemia na vida deste público". Segundo a instituição, três a cada dez adolescentes que morreram com a covid-19 não tinham comorbidades em São Paulo. Dessa forma, este grupo responde ainda por 6,5% dos casos e, "assim como os adultos, está em fase de retomada do cotidiano, com retorno às aulas e atividades socioculturais", afirmou a pasta.
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