"As cirurgias precisam começar em janeiro. Se não começar em janeiro, minha filha vai ficar com sequelas para o resto da vida. É a vida da minha filha. Precisamos da ajuda das pessoas", implora Dienifer Bragiato Fonseca Miloch, 30 anos, de Cotia, interior de São Paulo. O apelo desesperado é para Allana, 2 anos. A pequena, que é irmã gêmea de de Ayla, precisa realizar nove procedimentos cirúrgicos para impedir que ela perca a fala ou fique dependente da traqueostomia. O curso para as cirurgias está orçada em R$ 600 mil. "Conseguimos, até agora, R$ 320 mil, mas ainda faltam R$ 280 mil. Estou implorando por ajuda", completou.
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Em entrevista exclusiva à CRESCER, a mãe contou que suas gêmeas nasceram prematuras, em agosto de 2019, com apenas 26 semanas de gestação. Allana pesou pouco mais de 500 gramas. Ainda na gravidez, a bebê passou por sofrimento fetal por falta de nutrientes. "Na época, decidiram pela cesariana de emergência para salvar Ayla. Para os médicos, Allana já era dada como morta", lembra. "Depois que ela nasceu, foram sete meses em uma UTI neonatal, muitos procedimentos e diagnósticos não favoráveis: hemorragia intracraniana, múltiplas fraturas nas pernas, braços e costela, permaneceu sedada por 42 dias, teve alergia a proteína do leite de vaca, dificuldade para ganhar peso e passou por uma traqueostomia aos 5 meses de vida", lembra a mãe.
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Segundo ela, a traqueostomia foi necessária, pois Allana passou muito tempo entubada e era a única chance de receber alta e ir para a casa. "Enquanto Ayla já fala 'mamãe' e 'papai' e começou a andar, eu nunca ouvi o choro da Allana e acho que é o que mais me dói. Enquanto estiver com esse aparelho [traqueostomia], ela não pode emitir som nenhum. Ela chora, mas não sai som. Sei que ela está chorando pela expressão, pelas lágrimas caindo dos olhos. Segundo os médicos, ela tem um atraso motor da prematuridade e vai andar, engatinhar, mas no tempo dela. A médica disse que a traqueostomia também prejudica o desenvolvimento", conta.
Para ficar livre da traqueostomia, Allana precisa realizar as nove cirúrgias. Os procedimentos poderiam ser realizados até os 3 anos de idade, mas, infelizmente, o estado de saúde se agravou nos últimos meses e acabou "encurtando" a data limite. "Agora, temos apenas três meses para levantar o dinheiro necessário para realizar as cirurgias restantes e impedir que ela fique com sequelas para o resto da vida", disse.
A retirada da traqueostomia de Allana depende de uma cirurgia chamada traqueoplastia. "Já que ela tem uma estenose subglótica grau 3, isto é, tem 90% de obstrução na traqueia, quanto mais o tempo passa, mais está fechando. Essa é nossa última tentativa. Será retirado um enxerto da cartilagem da costela para fazer a reconstrução da traquéia. É uma cirurgia de grande porte e muito arriscada, porém é nossa única chance de ver Allana respirando sozinha. É agora ou nunca! Caso contrário, ela ficará com a traqueo pelo resto da vida, sem poder falar e com as suas limitações", explica a mãe.
Segundo ela, ao todo, são necessários nove procedimentos cirúrgicos: cirurgia de reconstrução laringotraqueal com colocação de enxerto de cartilagem da costela posterior e anterior e colocação de molde; cirurgia de retirada de molde; cirurgia para dilatação da estenose; cirurgia para segunda dilatação da estenose; cirurgia de controle inflamatório e troca de cânula de traqueostomia; cirurgia de dilatação de estenose e laringoscopia rígida; broncoscopia flexível; avaliação via Centro Cirúrgico para decanular e, finalmente, a cirurgia para fechamento de fístula. O custo dos procedimentos fica em torno de R$ 350 mil. Já a parte hospitalar de UTI, centro cirúrgico, medicações e material, mais R$ 150 mil. Ao todo, sairá em torno de 600 mil. Atualmente, não temos convênio médico", disse. A família fez um perfil no site Vakinha para ajudar na arrecadação do valor. "Não vamos desistir da nossa princesa", finalizou.
A família compartilha as atualizações sobre a saúde de Allana através do Instagram @ayllas2allana. Para ajudar no tratamento de Allana, clique aqui.
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