Muitos pais ficam aflitos antes, durante e depois de seus filhos tomarem imunizantes. Na fase anterior, por vezes surge a ansiedade de esperar a data, e ter de “fazer a criança sofrer”. No dia da vacinação, o sofrimento propriamente dito é compartilhado: da criança, que leva a picadinha e dos pais, que testemunham o desconforto e ficam com o coração apertado. Ao sair do posto ou da clínica de vacinação, vem a preocupação com possíveis reações às vacinas.
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Não dá para tapar o sol com a peneira. Sim, em alguns casos e para algumas crianças, podem ocorrer efeitos colaterais. Mas nada que signifique um sofrimento enorme e que não possa ser amenizado. Vale ressaltar que essas reações são apenas uma resposta do organismo ao estímulo que o antígeno vacinal provoca – o que é absolutamente normal. Confira as principais questões ligadas às reações mais frequentes às vacinas, e como lidar com elas.
Febre acima de 37.8 graus até 72 horas da aplicação, dor e vermelhidão no local da picada, enjoo e diarreia. Irritabilidade, choro, sono e falta de apetite também podem surgir.
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Os desconfortos, na maioria das vezes, são mínimos. Por isso, em geral, não há motivo para preocupação.
A que costuma causar mais efeitos colaterais é a chamada pentavalente celular, que a criança toma aos 2, 4 e 6 meses na perninha. É uma das mais reatogênicas (que causa reação).
Sorte dele! “Não significa que a vacina “não pegou” ou que não está fazendo efeito. Isso é puro mito. É apenas uma resposta diferente do sistema imune dele, quando estimulado pelo antígeno vacinal”, explica o infectologista pediátrico Victor Horácio, diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe (PR).
A situação foge da normalidade. Exemplos de casos que merecem atenção, segundo o especialista Victor Horácio: dor que não melhora com analgésicos; febre que não passa com antitérmicos; quadro de diarreia em que a criança apresenta sinais de desidratação; se o pequeno tem crise convulsiva. É importante lembrar que, após 72 horas da aplicação, a persistência dos sintomas pode indicar outra causa – por isso, é importante observar a criança nesse período e consultar o pediatra, se necessário.
Alguns pais gostariam de dar analgésicos/antitérmicos meia hora antes de o filho tomar vacina para “prevenir” desconfortos. “O ideal é não fazer isso, porque o remédio pode interferir no efeito do imunizante”, diz a pediatra Roberta Virna Vasconcelos de Oliveira, da Vibe Saúde (SP). Depois da vacina, é importante observar a criança atentamente. “Se tiver dor ou febre, fale com o pediatra, que dará a orientação adequada, caso a caso”, afirma o infectologista pediátrico Victor Horácio.
Dá para planejar a ida ao posto, próximo ao horário da mamada. “É, inclusive, recomendação da Organização Mundial da Saúde: durante a vacinação, o bebê terá o conforto da mãe, que também ficará menos ansiosa e mais segura. Além disso, o leite materno, contém endorfina, substância química que ajuda a diminuir a dor e traz sensação de bem-estar”, afirma a pediatra Roberta de Oliveira.
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Por fim, um último recado: “É fundamental entender que, embora as vacinas possam ter efeitos colaterais, eles são mínimos, e não desqualificam nenhuma delas. Por isso, é importante confiar nos imunizantes, e acreditar que eles nos protegem contra uma série de doenças”, conclui Victor Horácio, do Hospital Pequeno Príncipe. Assim, jamais deixe de levar seu filho para se imunizar. Mantenha a carteira de vacinação dele sempre em dia.
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Quem-ama-vacina/noticia/2021/10/reacoes-mais-comuns-que-vacinas-dao.html