Thursday, October 28, 2021

Após bebê cair na piscina, mãe posta vídeo como alerta aos pais, mas recebe julgamentos: "Vocês são monstros"

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A confeiteira Karlla Lohara Araújo Sousa Alves, 28, passou por um verdadeiro susto no mês passado. No domingo do dia 12 de setembro, sua família estava em casa, na cidade de Matrinchã, Goiás, curtindo um dia de piscina. Mas, em poucos segundos, a filha dela, Bella, de 1 ano e 4 meses, acabou caindo na água sozinha. Felizmente, a pequena foi salva pelo pai e não sofreu danos físicos.  

Como tudo aconteceu

 

Em entrevista à CRESCER, a mãe conta que, naquele dia, seu marido, Cleyton Alves Pinto, 38 anos, levou os dois filhos – a Bella e o Miguel, de 5 anos – para tomarem banho de piscina. Enquanto eles estavam na água, ela pegou uma cadeira e se sentou a um metro da borda da piscina. "Eu fiquei o tempo todo cuidando, dando atenção e interagindo com eles", relata.

Bebê cai em piscina (Foto: Arquivo Pessoal)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mas, logo depois, eles foram surpreendidos por uma ventania e uma chuva muito forte. Karlla diz, então, que o filho mais velho quis sair da área da piscina, pois estava com medo. Como os ventos continuaram, Cleyton também saiu da água com a filha, que foi levada para o quarto pela mãe para retirar a roupa molhada. Após a troca de roupa, a menina retornou para ficar com o pai, que estava deitado na rede para esperar a chuva passar e, na sequência, poder colocar a lona de volta na piscina. Nesse momento, no entanto, Cleyton não percebeu a presença da filha, pois pensou que ela ainda estava com a mãe no quarto.

Bella acabou entrando na área da piscina e caiu na água. "Foi muito rápido. Só escutei meu marido gritando. Quando eu cheguei lá, ela estava tranquila, sem chorar, só com coração disparado. Eu acredito que ela não chegou a beber muita água", relembra Karlla.

+ Como evitar acidentes com crianças em praias e piscinas

Após o susto, a família ficou acompanhando como a pequena iria reagir nas horas seguintes, mas felizmente Bella não teve nenhum dano físico. "Nos primeiros dias, percebi que ela tinha um medo, um trauma. Na hora de dar banho, vi que ela ficava mais apavorada. No início, ela não quis mais contato com a piscina", afirma Karlla. A confeiteira também conta que em sua região não tem professores de natação, então, a filha começou a fazer aulas online. 

Quanto à segurança, Karlla afirma que sempre tentou ter muito cuidado. Em sua casa, há uma porta de vidro que separa a piscina do resto da residência. Além disso, a piscina tem uma lona e o casal também já encomendou uma tela de proteção. 

Os julgamentos

Depois de passar por essa experiência assustadora, a mãe decidiu postar o vídeo do acidente em sua rede social e a gravação acabou viralizando. "O intuito era alertar mesmo", afirma. No entanto, ela começou a receber uma série de comentários negativos. As pessoas diziam frases como: "Se eu fosse vizinha, eu arrebentaria a cara dos pais", "Ela deveria ter morrido para os pais serem presos", "Vocês deveriam perder a guarda do seu filho" e "Vocês são monstros". A confeiteira, claro, não esperava uma reação tão intensa como essa. "Acidentes acontecem o tempo todo, podem ser evitados, mas quando você posta um alerta, não imagina que vai receber esse tipo de comentário", lamenta. 

Nas redes sociais, chegaram até mesmo a falar que o pequeno Miguel era frio por não ajudar a irmã. Porém, Karlla diz que foi o filho quem chamou pelo pai. "O povo é muito maldoso", declara. Como alerta, ela ressalta que os pais devem reforçar os cuidados com os pequenos, mesmo em situações que parecem seguras e locais em que você pensa que não há perigo. 

O que fazer quando uma criança está se afogando

Todo cuidado é pouco quando o assunto é afogamento: assim como no vídeo que viralizou, acidentes podem acontecer em questão de segundos e exige uma resposta rápida. Veja as orientações da Academia Americana de Pediatria (AAP) sobre o que fazer e como socorrer uma criança que está se afogando:

- Os afogamentos são muitas vezes silenciosos. Fique atento aos sinais de alerta como: não conseguir manter a cabeça inteiramente fora da água, expressão de pânico ou medo e corpo na vertical com cabeça inclinada para trás e boca aberta, uma tentativa instintiva de continuar respirando;

- Grite por ajuda e resgate a pessoa sem se colocar em perigo. Use qualquer objeto que boie para ajudar no processo;

- Chame uma ambulância e, se a criança não estiver respirando, realize os primeiros socorros, como massagem cardíaca.

Como prevenir afogamentos

O afogamento infantil pode ser evitado com algumas medidas simples. Segundo a AAP, conversar com o seu filho e orientar sobre os riscos é o primeiro passo.

- As piscinas devem ser cercadas e acessadas apenas através de um portão que, preferencialmente, só deve ser aberto por adultos;

- Um adulto deve sempre supervisionar as atividades das crianças na água. Se ele souber realizar massagem cardíaca, ainda melhor. Mesmo para quem não trabalha na área da saúde, vale a pena investir em um treinamento de primeiros socorros;

- O uso de assentos e redinhas em banheiras diminui o risco de afogamento de bebês;

- Crianças devem aprender a nadar a partir de 1 ano de idade;

- Ao utilizar qualquer tipo de embarcação, as crianças devem vestir colete salva-vidas.

Confira o vídeo publicado por Karlla como alerta: 

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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2021/10/apos-bebe-cair-na-piscina-mae-posta-video-como-alerta-aos-pais-mas-recebe-julgamentos-voces-sao-monstros.html

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