O verão está quase batendo na porta e, junto com ele, as flexibilizações para as viagens continuam acontecendo. Se você já está pensando em passar as férias de fim de ano com a família em alto mar, é bom se programar e ficar atento às regras estipuladas para os cruzeiros. Diferentemente dos transportes áereos, os navios ainda não tinham sido liberados, nem tinham um protocolo de segurança estabelecido.
Na última sexta-feira (29), no entanto, a Anvisa aprovou os requisitos gerais para o embarque e desembarque em navios, que deverão ser seguidos por passageiros e tripulação a bordo. Para esse processo de retomada das viagens marítimas – que estavam suspensas desde março de 2020 –, a principal determinação é o cartão de vacinação, que será obrigatório para adultos e crianças maiores de 12 anos, independentemente de qual seja o imunizante, desde que o roteiro seja feito pela costa do território nacional.
“Partimos do pressuposto de que, apesar de a vacinação não garantir 100% de imunidade, ela reduz o risco e diminui a possibilidade de um quadro mais grave da doença”, disse o gerente-geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados da Anvisa, Nélio Cézar de Aquino.
Para curtir a temporada, que começa agora a partir de novembro, todos os viajantes também terão de apresentar teste de covid-19 negativo, bem como usar máscaras de proteção facial nos terminais de passageiros e a bordo.
Outra regra definida pelo órgão refere-se à taxa de ocupação das embarcações, que terá o limite de 75%, portanto, fique atento às vagas, porque elas podem acabar antes do previsto! E, da mesma forma que a maioria dos estabelecimentos oferece álcool em gel, as companhias também ficam obrigadas a disponibilizá-lo nas dependências do navio, além de terem a responsabilidade de servir as refeições em buffets por funcionários devidamente paramentados.
No caso de paradas turísticas, o protocolo da agência reguladora determina, ainda, que as companhias ofereçam funcionários treinados para acompanhar os grupos de passageiros onde o navio estiver atracado, cobrando o cumprimento das normas de segurança, como o distanciamento o distanciamento social e o uso de máscaras.
De acordo com a Anviva, ainda que as viagens de cruzeiro estejam liberadas, o risco de infecção a bordo é de moderado a alto. Por isso, é importante que os passageiros tenham ciência disso ao embarcar, pois se houver algum caso de covid-19 confirmado ou suspeito, as atividades poderão ser suspensas a qualquer momento sem aviso prévio. Por isso, leia o contrato da reserva para se certificar dos seus direitos em caso de cancelamento.
“Navios de cruzeiros são ambientes confinados e há um risco inerente à atividade. Estamos em um cenário de poucas certezas, pois não sabemos exatamente como vai funcionar o ecossistema, como será o cenário epidemiológico em embarcações, considerando o contexto atual local", ressaltou Aquino.
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Outro ponto que merece atenção é quanto às gestantes e bebês pequenos: diante do panorama que estamos vivendo, sempre consulte um médico antes de decidir embarcar, para ter uma avaliação prévia e receber orientações para a liberação – ou mesmo proibição, a depender da circunstância – para passar dias confinados em alto mar.
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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Saude/noticia/2021/11/cruzeiros-anvisa-define-protocolo-de-seguranca-para-volta-das-viagens-de-navio.html