Tuesday, November 30, 2021

33% dos novos negócios foram abertos por mulheres, contra 29% por homens, revela pesquisa

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Uma pesquisa realizada pelo Movimento Aladas — que oferece uma plataforma de cursos digitais e conteúdos gratuitos sobre empreendedorismo —, em parceria com o Sebrae São Paulo, revelou que durante a pandemia de covid-19 33% dos novos negócios foram abertos por mulheres, contra 29% por homens. E 46% das mulheres que abriram seus próprios negócios têm como objetivo "ter mais autonomia e flexibilidade para ficar com a família". Comparando o período até fevereiro de 2018 com o de março de 2020 a setembro de 2021, a priorização pela família teve um salto de 38% para 46%, totalizando um crescimento de 21%.

Feito com mais de 1,1 mil mulheres, o levantamento mostrou ainda que, neste ano, 25% das mulheres que entraram no mundo do empreendedorismo se encaixam na faixa etária entre 18 e 30 anos. No início da pandemia, esse porcentual era de 14% e no período pré-pandemia, de 6%. Além de serem mulheres mais jovens, elas estão em busca do sonho de ter sua própria empresa – e não apenas trazer renda para casa, como se via em 2019. Prova disso é que, segundo os dados, 62% das mulheres que iniciaram negócios em 2020 e 2021 afirmam terem sido impulsionadas pelo sonho ou pelo desejo de trabalhar com o que gostam.

“Elas estão desenvolvendo novas habilidades, estudando e se dedicando ao seu negócio, como os homens já fazem há muito tempo. Empreender passa a ser uma escolha de muitas”, destacou Daniela Graicar, fundadora do Aladas. “Isso demonstra que as mulheres estão  perdendo um pouco o medo de errar e correr riscos. Empreender não é fácil, mas pode ser uma saída para a autonomia e liberdade. Quando a gente tem acesso à informação, ganha coragem de avançar no empreendedorismo”, completa Thais Piffer, gerente de Gestão Estratégica do Sebrae-SP.

Empreendedorismo materno (Foto: Tatiana Syrikova/Pexels)

 

Outros dados da pesquisa

Durante a pandemia, o estudo apontou que houve uma redução de 51% no percentual de negócios liderados por mulheres no período entre março de 2020 a agosto de 2021. Outro dado relevante é que 78% das mulheres entrevistadas abriram seus negócios com recursos próprios e apenas 6% contaram com a ajuda do banco. “As mulheres são as mais adimplentes e, mesmo assim, encontram dificuldade de conseguir financiamento bancário. Se conseguem, acabam aceitando juros mais elevados (segundo o BMI, 3,5% a mais) pela dificuldade de negociar a condição oferecida”, analisa a fundadora do Aladas.

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Além disso, pouco mais da metade das mulheres empreendedoras afirmou que, em algum momento, pensou em desistir do negócio – cerca de 52%, o que significa um porcentual 13% acima do registrado pelos homens (46%). Entre as justificativas para se manter firme na decisão de seguir empreendendo estão o sonho (43%), o que já construíram até ali (34%) e a necessidade financeira (31%). “Cada vez menos as mulheres pensam em desistir. As mulheres se sentem cada vez mais preparadas em relação às habilidades emocionais, aspecto importante para o sucesso dos negócios”, enfatiza Daniela.

A pesquisa Aladas/Sebrae indicou, ainda, que 53% das mulheres empreendedoras optaram por empresas voltadas ao varejo, enquanto que 40% preferiram o setor de serviços. “Nós precisamos pensar nas próximas gerações. Não é fácil resolver o problema da falta de equidade, mas já estamos dando alguns passos importantes. As mulheres estão criando coragem para pivotar suas carreiras, aprendendo a dizer ‘não’ e a gerir seus negócios com segurança e leveza”, concluiu.

 



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2021/11/33-dos-novos-negocios-foram-abertos-por-mulheres-contra-29-por-homens-revela-pesquisa.html

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