Quando seu filho tira o sapato, todo mundo sai de perto? Já tentou de tudo mas aquele cheirinho desagradável continua impregnado nas meias? Calma, para tudo tem uma solução! Segundo o dermatologista Caio Lamunier, da Sociedade Brasileira de Dermatologia e do Hospital das Clínicas de São Paulo, o chulé não tem idade para aparecer - inclusive em recém-nascidos - e é comum tanto em meninos quanto em meninas.
"O chulé tem nome: bromidrose plantar. É um mau cheiro provocado pelo suor em partes do corpo onde há uma maior quantidade de glândulas sudoríparas, como os pés. São ambientes propícios para a proliferação de fungos e bactérias que estão naturalmente presentes na pele, causando aquele cheirinho desagradável", explica o dermatologista.
COMO ACABAR COM O CHULÉ?
De nada adianta usar mil e um produtos para tirar o odor das meias e sapatos, se não agir na causa do problema. "Tem, sim, como acabar com o cheiro, mas quem costuma ter chulé deve tomar alguns cuidados sempre", alerta o especialista.
Confira as dicas para acabar com o cheirinho:
- Não use sapatos fechados por longos períodos. Sempre que possível, deixe o pé respirar;
- Lave e seque bem os pés. Água e sabão é o suficiente, mas se preferir, um creme esfoliante também pode ajudar;
- Use meias de algodão e evite tecidos que não absorvem a umidade;
- Troque meias e calçados com mais frequência;
- Talcos são sempre bem-vindos, pois absorvem o suor, deixando o local menos propício para a proliferação de bacterías;
- Quanto menos ventilado for o calçado pior. Sapatos e botas de couro costumam produzir mais suor. Fique atento também ao tecido do tênis.
Ainda segundo o dermatologista, é preciso ter cuidado com receitas caseiras, como a lavagem dos pés com bicarbonato de sódio. "A pele das crianças é mais fina e absorve mais os produtos. Por isso, não use produtos sem consultar um médico", alertou.
SUOR EM EXCESSO?
De acordo com o dermatologista, caso a criança transpire em excesso é preciso buscar atendimento médico. "Quando há uma produção de suor excessiva, é necessário um tratamento mais específico, pois a criança pode sofrer de hiperidrose. Ela que pode ser localizada - em determinadas partes do corpo - ou generalizada", diz.
Nesse caso, é preciso fazer uso de cremes específicos, medicamentos e até procedimentos cirúrgicos. "O problema é fácil de ser identificado porque o suor é fora do comum. Tem crianças que não conseguem, por exemplo, usar um simples chinelo, pois suam tanto que escorregam. Isso é doença e é preciso tratamento", finaliza.
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