Basta observar a destreza de um bebê de 2 anos com um celular na mão para reconhecer que os pequenos estão cada dia mais conectados. Todo esse tempo em frente às telas, porém, tem prejudicado o desenvolvimento das crianças em áreas como comunicação, habilidades motoras, resolução de problemas e sociabilidade, de acordo com estudo da Universidade de Calgary, no Canadá, com 2.441 mães e filhos.
Os pesquisadores testaram as habilidades dos pequenos nessas competências aos 3 e 5 anos e concluíram que, quanto maior o tempo que as crianças passavam em frente às telas diariamente, piores eram seus resultados nos testes, como empilhar blocos. Em média, as crianças do estudo ficavam conectadas às telas entre duas e três horas por dia, quando o recomendado pela Academia Americana de Pediatria para pequenos de 2 a 5 anos é uma hora diária de programação de alta qualidade.
Para o pediatra Daniel Becker (RJ), o novo estudo é mais uma evidência de que o excesso de tecnologia é nocivo para todas as idades. “A era digital tornou a maternidade e a paternidade mais complexas e difícil. Ela exige que haja uma conversa envolvendo todos os membros da família sobre locais – como o quarto da criança, onde não deve ser permitido o uso de dispositivos –, horários e limites. É preciso, também, que os pais acompanhem o conteúdo que os filhos estão consumindo e os ajudem a desenvolver um senso crítico”, afirma.
O lado mais perverso de deixar a criança passar horas em frente a uma tela, porém, é enfraquecer o vínculo com os próprios pais. Então, que tal deixar o celular de lado, e servir como exemplo de uma relação mais saudável com a tecnologia?
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