Algumas síndromes podem dificultar o contato físico entre filhos e pais, é verdade, mas o simples fato isolado de a criança não gostar de carícias não quer dizer nada. “Pode acontecer com os maiores, à medida que se tornam mais independentes”, afirma a psicóloga Vera Iaconelli.
O educador Marcelo Cunha Bueno, diretor da escola Estilo de Aprender (SP), recomenda, aliás, que tanto pais quanto professores peçam licença para tocar o corpo da criança. Mesmo que seja para um abraço. “Para estabelecer uma relação de confiança por meio do toque, fundamental na infância, é preciso mostrar esse tipo de respeito”, afirma. “Inclusive para ela aprender, mais adiante, os limites do próprio corpo, que não é público e, portanto, não pode ser tocado sem consentimento”, completa Vera.
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