Dia 17 de novembro é celebrado o Dia Mundial da Prematuridade, uma data para jogar luz na atenção que o nascimento antes da hora precisa ter. Por ano, nascem em torno de 15 milhões de prematuros no mundo. "No Brasil, nascem cerca de 3 milhões de crianças por ano. Doze por cento (12%) dessa população que nasce é prematura [ou seja, bebês que nascem antes de completar 37 semanas de gestação]?", disse a infectologia Rosana Richtmann, diretora do comitê de imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia, em evento online promovido pela SBI.
Um parto prematuro pode ter diversos fatores (alguns até desconhecidos), como hipertensão, idade materna, posicionamento da placenta, infecções, entre outros. Por esse motivo, as formas de prevenção e tratamento para evitar a prematuridade também variam de acordo com cada situação. Mas você sabia que uma das formas de se evitar a prematuridade é por meio das vacinas? Segundo Rosana, quando a gestante tem uma gripe, por exemplo, ela corre o risco de entrar em trabalho de parto prematuro por conta da infecção, o que pode ser prevenido ao se imunizar contra a doença.
Outro exemplo é a covid-19, que em gestantes pode ter evolução mais grave: "Hoje, o que eu vejo de casos de internação hospitalar e terapia intensiva em grávidas com covid-19 são de não vacinadas", afirma a infectologista.
Vale lembrar que, além de proteger a gestante, as vacinas recebidas nesse período também oferecem proteção ao bebê: "Ao se vacinar, a grávida passa anticorpos ativamente pela placenta, que chegam até o feto", diz Rosana. Para ilustrar a importância disso, a especialista exemplifica a vacina tríplice bacteriana adulto, contra a coqueluche, tétano e difteria, recomendada para as mulheres receberem por volta da 20ª semana de gestação. "Das crianças que morreram de coqueluche no Brasil, 90% dessas mortes ocorreram nos primeiros seis meses do bebê. É uma doença grave no início da vida e em um período em que não deu tempo de vacinar essa criança", explica a infectologista. Vale lembrar que as doses da vacina tríplice bacteriana (DTPw, no SUS, e DTPa, nas clínicas privadas) devem ser oferecidas ao bebê aos 2, 4 e 6 meses, e reforço entre 12 e 18 meses. Ou seja, a criança só estará totalmente imunizada depois do sexto mês de vida.
Além da vacina tríplice bacteriana adulto, outras vacinas fundamentais que a gestante precisa receber é contra a covid-19, gripe e hepatite B.
Para saber mais, assista ao vídeo completo abaixo ou clicando neste link.
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