Vacina é um tema polêmico e muitos pais ainda insistem em não levar os filhos para se vacinarem. No entanto, nos Estados Unidos, essas famílias podem ter problemas caso se recusem a imunizar as crianças. Um estudo, publicado na revista médica JAMA, mostrou que mais da metade dos consultórios de pediatras nos Estados Unidos, incluídos no estudo, relataram ter uma política de dispensar famílias que se recusam a vacinar as crianças.
Os médicos dizem que essa política é uma forma de encorajar os pais a vacinarem seus filhos, enquanto muitos também a usam como uma proteção contra crianças não vacinadas, que podem colocar em perigo seus outros pacientes. Os pesquisadores da Universidade do Colorado realizaram a pesquisa de abril a julho de 2019, entre os pediatras dos EUA para avaliar suas práticas atuais, experiências e políticas de escritório.
Mais da metade - 51% - dos 303 pediatras envolvidos na pesquisa relataram que seu consultório tinha uma política de dispensar famílias caso uma vacina fosse recusada. Segundo informações da CNN, esse número foi maior do que um estudo semelhante feito em 2012, que descobriu que apenas 21% dos pediatras relataram que frequentemente ou sempre dispensavam famílias por recusarem vacinas.
A pesquisa também mostrou que dos 154 médicos que relataram que já dispensaram famílias por recusarem vacinas, 18% disseram que as famílias sempre ou frequentemente mudavam de ideia e concordavam com a vacinação após ouvirem sobre a política. A dispensa também ocorreu mais em clínicas privadas do que em hospitais. Os pesquisadores buscam futuramente avaliar os impactos dessas políticas na cobertura vacinal do país.
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