O DHA (ácido docosahexaenoico) - principal tipo de ômega-3, gordura encontrada especialmente em peixes de águas profundas (salmão, sardinha e atum, por exemplo) e moluscos – já é bastante valorizado na dieta das famílias europeias e começou a ganhar destaque no Brasil nos últimos anos.
A pediatra Ana Escobar ressalta que os índices de consumo deste nutriente no Brasil ainda são baixos. “Um estudo recente mostrou que o leite materno brasileiro tem uma das menores taxas de DHA no mundo, cerca de 0,09% quando o recomendado pela Organização Mundial de Saúde é uma concentração de, no mínimo, 0,3%. Por isso, suplementos de DHA são importantes não só para gestantes, mas também mães que amamentam”, disse Escobar, durante a 7ª edição do curso de imersão Primeiros 1000 Dias, realizado virtualmente nesta quinta (24).
Esse tipo de ácido graxo está presente nas membranas celulares do nosso organismo, sendo que os índices mais altos estão nos neurônios. Por isso, diversos estudos apontam que o consumo do nutriente na gestação está ligado a um melhor desenvolvimento do sistema nervoso central e da visão. Mas os benefícios vão além. Uma pesquisa da Universidade de Kansas (EUA) comprovou que filhos de mulheres que tomaram um suplemento de DHA ao longo da gestação tinham menos risco de nascer com baixo peso e prematuramente em comparação aos bebês daquelas que receberam um placebo.
Para Ana Escobar, o nutriente faz a diferença no desenvolvimento dos pequenos e as mães devem conversar com o obstetra sobre o suplemento. “Essa intervenção nutricional pode mudar a estruturado cérebro de uma pessoa. É essencial que os pais e médicos estejam atentos a isso”, afirmou.
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