Um casal de Melbourne, na Austrália, que teve um filho há uma semana, foi imediatamente separado de seu bebê e, agora, teve um pedido para ver seu filho negado pelas autoridades de saúde. Sarah e Moe Haidar voavaram do Qatar para a Austrália e ficaram em um hotel em Brisbane. Mas, em 26 de maio, Sarah teve que ser levada às pressas para o hospital devido a complicações na gravidez. Ela deu à luz seu filho, Ilyas, às 4h de terça-feira (1), sem a companhia do marido, pois as autoridades de saúde não permitiram que ele saísse do hotel.
Ilyas foi levado imediatamente para a UTI neonatal, enquanto Sarah e o marido, que chegou posteriormente, foram isolados em uma sala especializada para pacientes com covid-19 no hospital. No entanto, desde o nascimento, nenhum dos dois pode ver ou tocar seu bebê, apesar de ambos terem sido vacinados e feito testes de covid-19 que deram negativo. Na segunda-feira (7), Moe disse que tiveram o pedido para ver seu bebê rejeitado pela Queensland Health. “Ela não teve um segundo, um vislumbre, ela não teve um toque, ela não o viu fisicamente”, disse o pai ao Nine News sobre a angústia de Sarah. “Ela disse: 'Eu o ouvi uma vez que o levaram para fora da sala e ele estava chorando no corredor'. Essa é a primeira lembrança dela de nosso filho", lamenta.
A diretora de saúde de Queensland, Jeannette Young, confirmou que os dois estão atualmente no hospital, enquanto o bebê permanece na UTI neonatal, com o grupo programado para terminar o período de quarentena na quarta-feira (9). “Eu entendo que eles estão quase no final do período de quarentena, então, eles, é claro, poderão ver seu bebê”, disse ela à rádio ABC, em Brisbane, na manhã desta terça-feira (8). “Nosso primeiro foco foi garantir que o bebê sobrevivesse. Trata-se de manter as três pessoas seguras e as pessoas do hospital seguras”, completou.
Falando no Sunrise na semana passada, o pai implorou à Ministra da Saúde de Queensland, Yvette D'Ath, para desistir do compromisso do estado de erradicar completamente o vírus. “Viemos do Catar e vivíamos no meio de 1 mil casos por dia. O rastreamento de contato era quase automático e há verificações automáticas de temperatura e guardas de segurança que irão verificar você. Gostaria apenas de dizer à ministra da saúde (Yvette D'Ath) para olhar o que outros países estão fazendo e dar passos genuínos para mudar isso, porque parece que temos que viver com a covid”.
O premiê em exercício de Victoria, James Merlino, disse que as autoridades de saúde continuarão a enfrentar duras decisões sobre isenções de quarentena até que a ameaça do vírus seja contida. “A única maneira de chegarmos ao outro lado da pandemia, para sairmos disso, é vacinar nossa população com sucesso e ter instalações construídas especificamente para lidar com o maior risco”, disse ele a repórteres. “Teremos que lidar com riscos, não apenas pelos próximos meses, mas por um longo período que virá. Eu sei que esses são realmente difíceis e existem exemplos individuais que realmente quebram seu coração”, finalizou.
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