O Chile está estudando sobre a possibilidade de aplicar uma terceira dose da vacina contra a covid-19, em especial para os vacinados com CoronaVac. Em entrevista à emissora chilena 24horas, a subsecretária de Saúde Pública, Paula Daza, que aguarda os resultados de um estudo da Universidade Católica sobre o acompanhamento de pacientes vacinados com a vacina da Sinovac. “Pessoas que foram vacinadas em fevereiro e cuja segunda dose foi em março, provavelmente, dependendo dos resultados que veremos em julho, poderiam receber uma terceira dose em setembro”. A proposta é analisar se a imunidade dos participantes do estudo diminuiu.
De acordo com o portal Latercera, os pesquisadores também acreditam que uma terceira dose poderá ser necessária. Segundo Pablo González, acadêmico da Universidade Católica (UC), a terceira dose “é uma possibilidade muito tangível, especialmente no contexto do surgimento de novas variantes preocupantes, que poderiam reduzir a eficácia das vacinas”. De acordo com o infectologista Alexis Kalergis, diretor do departamento de Imunologia e Imunoterapia da UC, é do interesse de todos os fabricantes de vacinas em todo o mundo fornecer proteção adequada contra novas variantes. E ele diz que Sinovac não seria exceção. "(O laboratório) poderia fornecer uma vacina de reforço, baseada em uma das variantes circulantes, que poderia diminuir a proteção conferida pela vacinação", disse ele.
No Chile, o Ministério da Saúde e das Ciências está avaliando apostar em duas estratégias: uma terceira dose do mesmo laboratório, ou realizar uma combinação de esquemas de laboratórios diferentes. “Isso é o que a maioria dos países está fazendo e nós estamos observando”, disse um funcionário do governo.
O governo já realizou reuniões com especialistas do Reino Unido sobre a experiência da combinação AstraZeneca-Pfizer. Com esse cenário, o ministro da Ciência, Andrés Couve, destaca que “como muitos países, está analisando a possibilidade de terceiras doses, reforços e combinações de vacinas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu que a Coronavac é segura e eficaz contra a covid-19. Em evento realizado para a imprensa e transmitido online, a instituição autorizou o uso emergencial do imunizante produzido pela empresa chinesa Sinovac e pelo Instituto Butantan.
"Hoje, estou feliz em anunciar que a vacina Sinovac-Coronavac entrou para a Lista de Uso Emergencial da OMS, depois de ser considerada segura, eficaz e de qualidade garantida após duas doses do imunizante inativado", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
A Coronavac é a sexta vacina a receber essa aprovação pela entidade. Pfizer/BioNTech, Astrazeneca-SK Bio, Serum Institute of India, Janssen, Moderna e Sinopharm já haviam recebido o aval da OMS.
No Brasil, a Coronavac teve o uso emergencial aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em janeiro. Desde então, ela está sendo distribuída e aplicada em todo o país.
A expectativa é de que, a partir de agora, com a aprovação da OMS, a Coronavac seja incluida também em consórcios internacionais de distribuição de vacinas, como o Covax Facility, e possa ser aplicada em países mais pobres.
"Os requisitos de armazenamento fácil da Coronavac a tornam muito adequada para ambientes com poucos recursos. Agora é crucial levar essas ferramentas vitais às pessoas que precisam delas rapidamente", disse Tedros.
A OMS disse que recomenda o uso emergencial da Coronavac apenas na população com 18 anos ou mais, em um esquema de duas doses, aplicadas com um intervalo de duas a quatro semanas entre elas.
Os resultados apresentados pela entidade mostram que a vacina evitou sintomas do coronavírus em 51% dos vacinados e evitou hospitalizações em 100% dos casos. "Não há razão para acreditar que a vacina tenha um perfil de segurança diferente em populações mais velhas e mais jovens", diz comunicado.
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