Ronco não é só coisa de adulto. Quadros alérgicos, resfriados, aumento no tamanho das amígdalas… tudo isso pode levar os pequenos a roncarem durante a noite. Quando as vias aéreas ficam obstruídas, o ar passa com mais dificuldade e o ronco aparece. A questão é prestar atenção nas consequências disso. “O adulto que ronca tem mais sonolência de dia. Já a criança, a partir de 2 anos, costuma apresentar alterações de comportamento, falta de atenção e hiperatividade”, afirma o pediatra Gustavo Moreira, pesquisador do Instituto do Sono (SP). E um novo estudo publicado na revista Nature traz uma possível explicação.
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Os pesquisadores descobriram que existe uma relação entre a frequência do ronco e a forma como o cérebro das crianças se desenvolve. “O aumento do esforço respiratório faz com que o coração não bombeie bem o sangue e, assim, o cérebro tenha uma baixa oxigenação, levando a mudanças na anatomia cerebral e a questões comportamentais”, diz Gustavo. Por isso, se a criança roncar mais de três dias na semana, é importante relatar ao pediatra.
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