O governo paulista prorrogou a fase de transição até o dia 15 de julho, dessa forma os horários de funcionamento e as regras seguem sem alteração (veja a tabela abaixo). O anúncio foi feito, nesta quarta-feira (23/6), durante coletiva de imprensa. O governador, João Doria, também ressaltou a importância da população não escolher o imunizante para se vacinar contra a covid-19, já que nos postos há uma grande procura por vacinas da Pfizer. "Não é razoável que as pessoas que se dirigem a um posto de saúde queiram escolher vacinas. Todas as vacinas, aprovadas pela Anvisa, são boas", disse o governador.
Doria ressaltou que há alguns casos específicos como das puérperas e gestantes, que só podem se vacinar com a Pfizer ou com a Coronavac, e o caso dos menores de 18 anos, em que no Brasil, apenas o imunizante da Pfizer pode ser aplicado em adolescentes a partir dos 12 anos. Segundo João Gabbardo, Coordenador Executivo do Centro de Contingência de Combate ao Covid 19, a prática de escolher vacina dificulta o processo de imunização nas unidades que fazem a aplicação da vacina. "Temos convicção que todas as vacinas aprovadas podem ser utilizadas com segurança".
Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, disse também que em alguns locais as pessoas perguntando qual vacina está sendo oferecida e dependo da resposta não se vacinam. "Isso é um absurdo, já que há tantas pessoas esperando. Todas as vacinas salvam as vidas, não tem sentido ficar escolhendo".
Com relação à fase de transição, as atividades comerciais seguem funcionando entre 6 horas e 21 horas. O toque de recolher também segue das 21 horas às 5 horas. Confira mais detalhes:
O governo recebeu uma doação do setor privado de 2 milhões de absorventes para serem distribuídos na rede estadual de ensino. A doação foi feita para o programa Dignidade Íntima, que tem como objetivo beneficiar estudantes de 10 a 18 anos que estão em vulnerabilidade social. Foram comprados produtos de higiene menstrual para atender 1,3 milhão de alunas da rede estadual, sendo mais de 5 mil escolas atendidas.
O estado de São Paulo registrou 3,6 milhões de casos e 1023 mil óbitos. Em relação à situação dos hospitais, as unidades tem 78,9% das UTI ocupadas no estado e 74,7% na Grande São Paulo.
O governo de São Paulo ainda não anunciou quando os adolescentes serão vacinados. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina da Pfizer para crianças com 12 anos de idade ou mais. A partir de agora, esta faixa etária também estará indicada na bula do imunizante no Brasil. Com isso, a vacina passa a ser a primeira no país a ser liberada para menores de idade. A decisão foi tomada após a Anvisa avaliar estudos feitos fora do Brasil, que indicaram a segurança e a eficácia do imunizante da esse faixa etária.
O prefeito do Rio Janeiro Eduardo Paes (PSD) já afirmou que os adolescentes a partir de 12 anos poderão ser vacinados em setembro, respeitando uma idade por dia. "Queremos ser a primeira cidade brasileira a anunciar já no mês de setembro a vacinação dos nossos adolescentes", disse o prefeito.
A vacina da Pfizer foi a primeira a receber o registro definitivo para uso contra a covid-19 em território nacional. Nos Estados Unidos, o imunizante da farmacêutica já estava autorizado para adolescentes de 12 a 15 anos desde o último dia 10 de maio. Na Europa, a aplicação da vacina para essa faixa etária também já está liberada.
No entanto, a Organização Mundial da Saúde critica a aplicação, dizendo que o número extremamente limitado de vacinas da covid deveria ser compartilhado com os países pobres para que eles também possam proteger seus profissionais de saúde e os mais vulneráveis.
O governo paulista já decidiu que irá ampliar a retomada das aulas presenciais em agosto, em todo o estado. Segundo o govenador João Doria, nesse novo plano, que começa partir de 1º agosto, cada escola irá determinar a capacidade total de alunos de acordo com a sua realidade, respeitando todos os protocolos de prevenção contra a covid-19, como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento mínimo entre os estudantes. No regime atual, as escolas só podem receber até 35% dos alunos matriculados.
Com a vacinação dos profissionais de educação, o secretário diz que esse cenário dará mais tranquilidade e segurança para a retomada mais ampla das aulas presenciais. "Poderemos ter todos os nosso estudantes dentro das escolas com outra regra de funcionamento. Nós não trabalharemos mais com a limitação de percentual, mas sim com a regra de um metro [distanciamento entre as pessoas]", afirma Rossiel.
O rodízio só será necessário se as escolas não conseguirem manter um metro de distanciamento entre os estudantes na sala de aula. Além disso, no mês de agosto ainda não será obrigatória a volta às aulas presenciais.
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2021/06/nao-e-razoavel-que-pessoas-que-se-dirigem-um-posto-de-saude-queiram-escolher-vacina-diz-doria.html