A partir de agora, mulheres que amamentam têm prioridade na lista de espera para a "xepa" das vacinas contra a covid-19 na cidade de São Paulo. Na última sexta-feira (18), a Prefeitura divulgou um novo cronograma de vacinação e determinou que as lactantes passam a ser as primeiras da fila para receber as doses da vacina que "sobram" nos postos de saúde.

São consideradas como grupo prioritário todas as lactantes sem comorbidades, com mais de 18 anos e com até 2 anos de amamentação. Em seguida, a ordem de prioridade inclui estudantes de saúde em fase de estágio e a população em geral maior de idade.
+ Estou com covid e preciso amamentar meu bebê. Existe risco?
Para se inscrever na lista de espera da xepa das vacinas, basta ir pessoalmente até uma unidade de saúde e fazer o cadastro. É preciso levar documento de identificação (RG ou CNH), comprovante de endereço e informar um telefone para contato.
Caso "sobrem" doses da vacina no fim do dia, o posto de saúde ligará para as pessoas cadastradas. Para receber o imunizante, elas precisarão ir imediatamente até o local.
Uma pesquisa publicada no The Journal of the American Medical Association (JAMA) sugeriu que mães vacinadas produzem leite materno com anticorpos contra covid-19. Os pesquisadores identificaram dois anticorpos específicos (IgA e o IgG) no leite materno de mulheres que já foram vacinadas com a vacina da Pfizer-Biontech.
Apesar de os resultados serem animadores, ainda não há provas suficientes de que só os anticorpos presentes no leite materno já seriam capazes de proteger o bebê contra a covid-19. Isso signifca que ainda precisamos de mais estudos antes de dizer que o leite funcionaria como uma espécie de "vacina".
Segundo a ginecologista e obstetra Carolina Curci (SP), não podemos considerar que os resultados encontrados para a vacina da Pfizer-Biontech valerão para as vacinas produzidas por outras farmacêuticas. "O leite materno ajuda a fortalecer o sistema imunológico do bebê e fornece nutrientes, vitaminas e anticorpos. Mas, no caso da covid, não dá para dizer se essa proteção duraria por muito tempo", explica.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Crescer? É só clicar aqui e assinar!
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Saude/noticia/2021/06/lactantes-tem-prioridade-na-xepa-das-vacinas-em-sp.html