Um a cada cinco pacientes em estado crítico por causa da covid-19 no Reino Unido é uma grávida não vacinada, apontam dados divulgados nesta segunda-feira (11) pelo Sistema de Saúde Nacional Britânico (NHS). De acordo com o órgão, desde julho deste ano, 20% das pessoas com o vírus que precisaram receber uma terapia chamada de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) eram gestantes que não haviam tomado nenhuma dose das vacinas.
A ECMO é uma máquina utilizada apenas quando os pulmões de um paciente estão tão danificados que o ventilador não consegue mais manter os níveis de oxigênio no organismo. De todas as mulheres entre 16 e 49 anos em ECMO nas unidades de cuidados intensivos no Reino Unido atualmente, quase um terço (32 por cento) são gestantes, índice muito maior do que o registrado no começo da pandemia, quando apenas 6% nesse grupo estavam grávidas.
- Depois de ter covid-19, ser entubada e precisar de ECMO "pulmão artificial", mãe conta a emoção de reencontrar filho recém-nascido: "Senti a morte muito perto de mim"
- Todas as grávidas, tentantes e puérperas devem tomar a vacina contra a covid-19 o mais rápido possível, diz CDC
- Grávida recebe alta após ser intubada por covid-19: 'Pensei que eu ou meu bebê iríamos morrer'
Segundo dados do NHS, desde que a vacinação contra a covid foi iniciada no país em dezembro de 2020, “quase todas as pessoas que precisaram de ECMO por causa do vírus não estavam vacinadas”. Em nota, o presidente do Colegiado Real de Obstetras e Ginecologistas do Reino Unido, Edward Morris, pediu que todas as gestantes se vacinassem contra a covid com “urgência”. “Há evidências robustas mostrando que a vacina é a forma mais eficaz de proteger a mãe e o bebê contra o risco de doença grave causada pela covid-19”, afirmou. “O número desproporcional de mulheres grávidas não vacinadas em terapia intensiva demonstra que um risco significativo de doença grave por covid-19 na gravidez. Entendemos as preocupações das mulheres sobre a vacinação durante a gravidez e queremos tranquilizá-las de que não há ligação entre a vacina e o aumento do risco de aborto espontâneo, parto prematuro ou natimorto.”
De acordo com dados do Colegiado Real de Obstetras e Ginecologistas do Reino Unido, foram analisadas mais de 100 mil gestações na Inglaterra e na Escócia e 160 mil nos Estados Unidos em que as grávidas tomaram a vacina contra a covid-19 ao longo dos nove meses e não foi constatado nenhum dano subsequente ao feto ou ao bebê.
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/noticia/2021/10/um-cada-cinco-pacientes-em-estado-critico-por-causa-da-covid-19-no-reino-unido-e-uma-gravida-nao-vacinada.html