A mãe Carolyn Brown precisa viajar constantemente com os filhos Jordan, de 1 ano, e Grace, de 3 anos, devido à profissão de seu marido. Tom é militar e com frequência é deslocado para trabalhar em diferentes postos. “Quando meu marido entrou na ativa, eu estava totalmente de acordo com a vida de aventura e mudando a cada poucos meses. Vivenciando diferentes partes do país e conhecendo novas pessoas”, escreveu Carolyn. No entanto, a mãe muitas vezes precisa viajar sozinha com as crianças, e descobriu que essa não é uma missão fácil.
Carolyn conta que as dificuldades começam na hora do embarque. Ela precisa levar muitas bagagens de mão, lanches para as crianças, brinquedos, além de sua própria mochila, enquanto carrega Jordan em um braço e segura Grace pela mão. “No avião, coloco Jordan em um assento enquanto tento não derrubar Grace. Sempre coloco a sacola de fraldas em cima e a sacola de brinquedos e salgadinhos embaixo do assento”, relatou, ao site Love What Matters.
Em uma das últimas viagens, a família estava voando para El Paso, no Texas (EUA), e o avião passou por uma forte turbulência devido à uma tempestade. A mãe verificou os cintos da filha mais velha e segurou com força o mais novo. “Não se tratavam apenas de pequenos solavancos. Depois de alguns choques agressivos, meu filho e eu saímos voando do nosso assento tão rápido e eu bati com a cabeça no compartimento superior, antes de cair de volta para o nosso assento”, contou.
Carolyn perguntou, em desespero, para outro passageiro se ele viu o pequeno Jordan batendo com a cabeça no teto do avião. “Não, senhora, ele não fez isso”, respondeu o homem. “Você pode, por favor, segurar a mão da minha filha até pousarmos? Eu preciso segurar meu filho e estou com muito medo de não ter as duas mãos sobre ele”, pediu Carolyn. O passageiro imediatamente desafivelou seu cinto e veio se sentar ao lado de Grace, segurando sua mão até que o avião pousasse.
Em outra viagem, Carolyn lembra que Jordan estava se mexendo muito. A mãe pediu desculpas para a mulher que estava sentada na poltrona ao lado. “Não precisa se desculpar. Tenho 2 filhos e uma neta”, contou a passageira, entendendo os braços e oferecendo-se para segurar Jordan. “Tem certeza? Ele é muito pesado. Eu não quero tirar seu relaxamento”, perguntou a mãe. A mulher confirmou que não se importava e pegou a criança.
“Eu sorri para ela e disse 'obrigada, por favor me avise quando eu puder segurá-lo de volta' e ela acena com a cabeça. Logo, Jordan adormeceu”, lembrou a mãe. “Quando descemos, quase duas horas depois, Jordan acordou e eu o peguei de volta”, contou a mãe. “Me emociono de gratidão pela ajuda daquela mulher”.
“Eles provavelmente nem se lembram de nós, mas eu nunca os esquecerei”, escreveu Carolyn. “O que eu mais lembro ao pensar em todas as nossas experiências de voo é a gentileza desses dois estranhos. Eu era apenas esposa de um militar, sozinha, tentando sobreviver enquanto meu marido estava em uma zona de guerra. Naqueles momentos, eles carregaram esse fardo comigo”.
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