Friday, October 15, 2021

"Lutando para respirar", diz mãe após filho de 4 anos engolir ervilha de brinquedo

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A britânica Becky Wayte, 34 anos, de Hampshire, um condado da Inglaterra, disse que entrou em "modo de pânico total" quando o filho de 4 anos simplesmente parou de respirar. Segundo ela, o incidente aconteceu após ele engolir uma pequena ervilha de brinquedo. Agora, mesmo depois de o menino ter se recuperado da triste experiência, ela continua sendo "assombrada" pela imagem de Boe "lutando para respirar".

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"Ele ficou totalmente sem som, sem respiração, sufocado. Ver o medo no rosto do meu filho quando ele não conseguia respirar vai me assombrar para sempre. Isso é tudo que posso lembrar agora", desabafou ela ao The Sun Online. A mãe disse que Boe estava brincando com algumas ervilhas de brinquedo. Becky disse que assim que ela tirou os olhos do filho por "não mais do que alguns segundos", ele colocou os objetos na boca. "Eu ouvi um barulho que todo pai teme. Boe engoliu uma ervilha, mas ela ficou presa na garganta e agora ele estava sufocando", disse.

Boe teve que passar por uma cirurgia para retirar o objeto (Foto: Reprodução/The Sun)

 

A mãe de dois imediatamente deu-lhe cinco golpes nas costas e o encorajou a tossir, mas "não havia nenhum som vindo de Boe e ele não conseguia respirar". "Depois do que pareceu um longo tempo, Boe começou a tossir, o que me disse que havia melhorado um pouco. No entanto, ele continuava muito angustiado, assustado e tentava colocar as mãos na garganta para tirar o objeto. Eu o impedi de fazer isso porque ele poderia enfiar ainda mais para dentro ou se machucar, mas rapidamente disquei 999", continuou ela.

Boe, então, sentou-se no sofá enquanto esperava socorro, mas Becky podia ouvi-lo ofegar a cada respiração. Quando o telefone finalmente tocou, o médico disse a Becky para levar Boe direto para o pronto-socorro. No Royal Hampshire County Hospital, em Winchester, raios-X revelaram que seus pulmões haviam sido hiperexpandidos devido ao trauma, mas a ervilha não pôde ser vista, pois é feita de plástico. Boe foi transferido para o Hospital Infantil de Southampton por volta da meia-noite e, no dia seguinte, foi levado para um procedimento.

Lá ele fez uma broncoscopia — um procedimento para examinar diretamente as vias aéreas dos pulmões — e, duas horas depois, os cirurgiões finalmente encontraram a ervilha. A pequena  esfera verde ficou presa em seu pulmão, o que exigiu uma cirurgia para removê-la. Becky atribui o fato de seu filho ter sobrevivido ao seu treinamento de primeiros socorros, e agora está incentivando outros pais a buscarem algum conhecimento sobre o que fazer em uma situação semelhante. “Embora eu tenha sido treinada e passado bons sete anos trabalhando na A&E, o pânico é algo pelo qual não quero passar novamente”, disse ela. "Se eu não soubesse o que fazer, ouso pensar no que poderia ter acontecido. Se você tem uma ideia do que fazer, isso pode fazer toda a diferença, como fez para Boe. Por favor, por favor, por favor, busque ajuda sobre o que fazer quando alguém está sufocando", finalizou.

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Ervilha de brinquedo (Foto: Reprodução/The Sun)

 

Becky com os dois filhos (Foto: Reprodução/The Sun)

 

O que fazer em caso de engasgo?

“Todos os dias, 8 crianças morrem e outras 288 são hospitalizadas por causas acidentais no Brasil”, revela Erika Tonelli, coordenadora geral do Instituto Bem Cuidar, braço de conhecimento da Aldeias Infantis SOS Brasil e responsável pela continuidade do legado da ONG Criança Segura. Entre as principais causas estão trânsito (29%), afogamento (26%) e sufocação (25%). Um terço os óbitos acontecem dentro de casa. A boa notícia é que comparado os dados de 2019 com o ano anterior, houve uma diminuição geral de 4,61% no número de mortes. Por outro lado, queda (+1,96%) e sufocação  (+1,26%) aumentaram. Ao observar os dados por faixa etária, percebe-se que a sufocação é a maior causa de morte entre as crianças menores de 1 ano. Das 749 mortes ocorridas nessa faixa etária em 2019, 578 foram por sufocação nessa faixa etária, mostram os dados do Datasus.

"Uma simples uva pode obstruir as vias aereas de uma criança e levar à morte. E sabemos que pequenas atitudes como cortar a uva ao meio já é o suficiente para evitar acidentes", alertou o pediatra Cláudio Soriano, de Maceió. "90% dos acidentes poderiam ser evitados por meio de ações comprovadas de prevenção", completou Erika Tonelli, coordenadora geral do Instituto Bem Cuidar, braço de conhecimento da Aldeias Infantis SOS Brasil e responsável pela continuidade do legado da ONG Criança Segura.

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O primeiro passo é estar atento a alguns sinais que indicam se o bloqueio é parcial ou total. Entenda as principais diferenças e o que fazer em cada uma delas:

BLOQUEIO TOTAL
Nesse caso, ainda há passagem de ar. Portanto, a pessoa consegue tossir. Não é recomendado levantar o braço, dar tapas nas costas ou pedir para que a pessoa tome água. O objetivo é fazer com que o objeto saia e não entre. Se ela tomar algo líquido, pode fazer com que o objeto desça e bloqueie totalmente as vias aéreas. Portanto, apenas incentive-a a tossir. A tosse é um sinal de que o corpo está tentando se livrar do objeto. Com bebês, se ele estiver chorando, não é preciso fazer nada. Apenas fique atento. Não tente chacoalhar, colocá-lo de cabeça para baixo ou tentar tirar o objeto com o dedo, pois você pode acabar empurrando e obstruindo completamente.

BLOQUEIO PARCIAL
Aqui, a pessoa já não consegue mais falar e muda rapidamente de cor. As crianças, por exemplo, ficam roxinhas. As pessoas também costumam levar as mãos ao pescoço. Esses são sinais de que o ar não está passando. Nesse caso, teremos no máximo 1 minuto para agir, antes que a pessoa perca os sentidos, desmaie e evoluia para uma parada cardiorrespiratória.

Bebês de até 1 ano: coloque-o na horizontal, de barriga para baixo em seu antebraço, e com a cabeça levemente inclinada para baixo. Em seguida, dê cinco batidas nas costas com o calcanhar da mão do meio das costas em direção à nuca do bebê. Isso fará a descompressão do objeto. Em seguida, passe o bebê para o outro braço, de barriga para cima, e observe. Se o objeto estiver perto da boquinha, tire, caso contrário, faça cinco compressões na barriguinha. Vira a criança novamente e repita o primeiro procedimento. Em paralelo, entre em contato com o socorro, repetindo esses procedimentos até a emergência chegar. Se chorou, desengasgou. Em 90% dos casos, os bebês acabam desengasgando. (Veja vídeo aqui).

Crianças maiores de 1 ano e adultos: Já para crianças que já conseguem se manter sozinhas e todas as outras faixas etárias, inclusive adultos, a manobra é diferente. Basta abraçar a pessoa por trás e fazer compressões na barriga. A grande dúvida, nesse caso, é onde fazer a compressão. Então, primeiro, ache o umbigo, feche a mão em cima dele e role pra cima. Aonde seu dedão tocar é onde será feita a compressão. Aperte repetidas vezes, fazendo movimentos para baixo e para cima com os cotovelos. Na maioria dos casos, as pessoas conseguem desobstruir as vias aéreas dessa forma (veja vídeo dessa manobra aqui).



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Saude/noticia/2021/10/lutando-para-respirar-diz-mae-apos-filho-de-4-anos-engolir-ervilha-de-brinquedo.html

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