Uma mulher de 23 anos, que não foi vacinada contra a covid na gestação, de Lincolnshire, na Inglaterra, acordou de um coma induzido e descobriu que havia dado à luz seu filho uma semana antes. Kelsie Routs estava grávida de 28 semanas quando foi levada de ambulância a um hospital no dia 8 de agosto, após contrair o vírus.
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Em um depoimento nas redes sociais, a designer gráfica disse que desenvolveu pneumonia e seus pulmões começaram a falhar. Ela precisou ser colocada em induzido para dar a seu corpo uma chance de se recuperar. No entanto, dois dias depois de dicar insconciente, os médicos tiveram que realizar uma cesariana de emergência para "aliviar a pressão" em seus pulmões, e ela deu à luz, sem saber, seu primeiro filho. "Minha família foi informada de que era improvável que eu saísse do coma e se preparassem para o pior", lembra ela.
Mas a mãe só acordou sete dias depois do parto e descobriu que seu bebê, um menino, chamado Kobe, nasceu 12 semanas prematuro. “Acordar de um coma e ter um bebê recém-nascido é demais para se entender”, disse ela ao The Sun. "Eu sei que os médicos tiveram que fazer isso para proteger o bebê, mas o choque não cobre isso", disse.
Aos poucos, ela foi se recuperando, foi retirada a sedação e, em seguida, do suporte de vida. "Tive que aprender a andar novamente. Ainda não consigo andar longas distâncias e estou tendo problemas para usar minhas mãos corretamente", revelou. A mensagem da mãe no Facebook é para que as pessoas levem a covid à sério. “Tenho apenas 23 anos, não tomei as vacinas e não tenho problemas de saúde”, escreveu ela. "Apenas leve à sério. De repente, vi um aumento tão grande na quantidade de pessoas que contraíram e ficaram doentes", afirmou.
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O estudo, publicado no JAMA Network Open, também descobriu que mulheres grávidas que entram em trabalho de parto enquanto estão infectadas com covid-19 correm maior risco de complicações graves e morte do que aquelas sem o vírus. Pesquisadores da Universidade da Califórnia descobriram que as futuras mães que deram à luz com o vírus tinham cinco vezes mais chances de acabar em unidades de terapia intensiva (UTIs) e 10 vezes mais chances de morrer.
Por causa dos maiores riscos, as autoridades de saúde enfatizaram a necessidade de vacinação. Fabricantes de vacinas e agências de saúde pública afirmam que estudos demonstraram que as vacinas contra a covid-19 aprovadas para uso emergencial nos Estados Unidos são seguras para mulheres grávidas. Alguns estudos preliminares descobriram que, se uma mãe for vacinada, ela pode transferir anticorpos contra a covid-19 para o recém-nascido através da placenta ou do leite materno. “A necessidade de admissão na UTI e a insuficiência respiratória que requer intubação foram estatisticamente significativamente maiores entre as mulheres com covid-19", observaram os pesquisadores.
Entidades de saúde têm recomendado fortemente a vacinação de grávidas ao redor do mundo, não apenas para sua própria proteção, mas também para os benefícios que a vacina pode trazer aos seus bebês. No Brasil, porém, mesmo com a recomendação, há divergências entre especialistas e o Governo Federal sobre qual vacina é a mais segura para as gestantes.
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