Monday, October 4, 2021

Especialistas respondem as principais dúvidas sobre a vacinação dos adolescentes

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A imunização dos adolescentes é um novo passo para reduzir a circulação da covid-19 em todo mundo. No Brasil, alguns estados já começaram a vacinar os jovens com 12 anos ou mais com a vacina da Pfizer — o único imunizante aprovado para essa faixa etária no país.

Por isso, com intuito de esclarecer algumas dúvidas dos pais, a CRESCER conversou com dois especialistas sobre a importância de expandir a imunização no Brasil, principalmente em relação aos adolescentes com comorbidades. Confira!

Adolescentes começarão a ser vacinados em SP a partir desta quarta-feira (18) (Foto: Pexels)

Os adolescentes devem ser vacinados? 

Segundo Francisco Oliveira, que é gerente médico e Infectologista do Sabará Hospital Infantil, a expansão da vacinação para pessoas que já podem ser vacinadas é muito importante para reduzir a circulação do vírus. "Os adolescentes têm um risco muito menor de adoecer de formas graves da covid-19, mas eles podem se infectar e transmitir o coronavírus para outras pessoas, inclusive para idosos", explica. Para o especialista, à medida que os grupos de risco vão sendo vacinados, é natural que se expanda a imunização de outras faixas etárias. 

O infectologista e pediatra Renato Kfouri, que é presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, também reforça a importância da vacinação dos adolescentes. Segundo ele, mesmo que os jovens, geralmente, apresentem quadros menos graves, eles podem ter algumas complicações como a covid longa e a Síndrome Inflamatória Multissistêmica, que acaba agravando a doença. "A vacinação está mais do que indicada e recomendada e hoje nós só temos vacinas testadas, complementa o médico. 

Após tomar a vacina, os jovens têm reações diferentes em comparação com os adultos? 

Geralmente, as reações adversas que os adolescentes podem ter são bem semelhantes com as dos adultos. De acordo com o infectologista Francisco Oliveira, é possível que os jovens tenham febre e dor no local da aplicação do imunizante, mas nada para se desesperar! As vacinas são bem toleradas e os efeitos delas não são tão intensos para ser um impeditivo para a vacinação. "Os benefícios, principalmente para as crianças com comorbidades, é muito maior que o risco", afirma o especialista. 

Meu filho está doente, ele pode tomar a vacina? 

Segundo Francisco Oliveira, é recomendado adiar a vacinação em casos de quadro infeccioso agudo. Por exemplo, pessoas que estão com uma febre aguda devem esperar esse sintoma passar para tomar a vacina, porque há a dificuldade de diferenciar se esse quadro está sendo provocado como uma reação vacinal ou se é a doença que não está respondendo ao tratamento. Já no caso de pessoas que estão com a covid, o recomendado é esperar 28 dias, contando a partir do primeiro dia do sintoma.

Qual é a relação da vacina com a miocardite? 

Muitos pais já devem ter ouvido falar sobre a associação da vacina da Pfizer (que usa a tecnologia de RNA mensageiro) com a miocardite — inflamação do músculo cardíaco e pericardite — inflamação de uma membrana que envolve o coração. O infectologista Francisco Oliveira explica que de fato existe uma correlação entre a vacina e esses efeitos adversos, mas o mecanismo que causa esse tipo de inflamação ainda não está bem determinado. "Pode ser que uma resposta inflamatória pela vacina faz com que ocorra a inflamação dessas estruturas", diz. 

+ Quais são os diferentes tipos de vacinas?

De acordo com Oliveira, esse efeito adverso começou a ser notado a partir do momento que milhões de jovens começaram a ser vacinados, porém, a taxa de incidência não é tão frequente e em quase todos casos, há a recuperação completa do paciente em poucos dias. Os pais devem só ficar atentos a sintomas como dor no peito intensa, cansaço e falta de ar. Normalmente, esses sinais aparecem no máximo na segunda semana após a aplicação da vacina. Se seu filho tiver algum desses sintomas, é necessário levá-lo imediatamente ao hospital, pois a miocardite na fase aguda provoca uma diminuição da força de contração do coração. O especialista ainda complementa que ainda não se conhece alguma relação desse efeito adverso com alguma comorbidade. 

O infectologista Renato Kfouri também reforça que os benefícios da vacina para os adolescentes é muito favorável à vacinação, pois os efeitos adversos são raros. "Têm sido descritas algumas inflamações no coração secundárias à vacina da Pfizer, especialmente, sendo mais comuns em jovens e meninos. No entanto, são cerca de 40 a 50 casos por milhão de doses aplicadas", explica o médico. 

De acordo com o presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, os pais não precisam ficar tão preocupados com esse quadro, pois são raríssimos. Dessa forma, não é necessário desespero, muito menos ficar medindo a frequência cardíaca dos filhos a todo momento. Assim, se sentirem que as crianças ou jovens estão com algum problema, basta levá-los a um pediatra, que fará o diagnóstico da forma adequada. 

Os jovens respondem melhor à vacina? 

Estudos já mostraram que a resposta imunológico dos jovens é muito boa. "O sistema imunologico, assim como os outros órgãos do nosso corpo, também envelhece. O coração e o pulmão funcionam pior. Dessa mesma forma, o nosso sistema de defesa e a produção de anticorpos também se comportam de uma forma pior e mais lenta. Por isso, esperamos que um adolescente tenha uma resposta imunológica maravilhosa", explica Francisco Oliveira.

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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2021/10/especialistas-respondem-principais-duvidas-sobre-vacinacao-dos-adolescentes.html

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