Uma mãe norte-americana relatou que mudou os nomes dos filhos, que tinha adotado, pois acreditava que eles não eram apropriados para as crianças. “Os meninos receberam nomes de carros e sentimos que era muito desumano serem chamados como objetos”, relata Elizabeth ao Kidspot.
Após cerca de 18 meses da adoção, Elizabeth e o marido, Ed’s, decidiram que seria melhor mudar como os pequenos Bentley (uma empresa automobilística britânica) e Lincoln (uma conhecida marca de automóveis de luxo) eram chamados. Foi então que Bentley passou a ser Kolbe — em homenagem ao santo padroeiro dos viciados em drogas, já que sua família biológica lutou contra esse vício — e Lincoln recebeu o nome de Justin — que significa justo. "É o que esperamos que ele seja quando crescer e se tornar um homem", afirma a mãe.
Elizabeth enfatiza que ao mudar os nomes não queria desonrar a família biológica dos meninos. Por isso, ela e o marido conversaram muito com as crianças, que tinham 3 e 2 anos. “Falamos sobre isso no contexto de sua adoção e explicamos como seus sobrenomes mudariam também, já que agora seriam nossos filhos para sempre”, diz ela. “Eles ficaram muito entusiasmados com todo o processo e foi uma transição perfeita para se ajustar aos novos nomes.”
A norte-americana também falou com a mãe biológica dos meninos sobre a troca de nome e explicou o porquê eles queriam fazer isso. No início, a mulher ficou chateada com a mudança, mas depois compreendeu e acabou gostando dos novos nomes.
Quando chegaram à casa de Elizabeth, os pequenos Kolbe e Justin tinham um ano e meio e seis meses de idade, respectivamente. Os pequenos já tinham passado por outros dois lares adotivos. “O mais velho não falava e tinha outros desafios e o mais jovem havia passado por três semanas de abstinência de heroína na UTIN [Unidade de Terapia Intensiva Neonatal] após o nascimento”, lembra Elizabeth. Segundo a norte-americana, na época, os pais tinham perdido o direito de visitar as crianças.
Hoje mãe de 10 filhos, Elizabeth não imaginava que teria uma família tão grande. Quando se casaram, ela e o marido queriam ter apenas três filhos, porém, seus planos mudaram com a chegada do terceiro bebê. Elizabeth conta que sentiu como se ainda faltasse algo em sua vida e então decidiu aumentar ainda mais a família e assim teve sete filhos com idades entre 25 e 11 anos. "Minhas gestações foram muito difíceis para mim, fiquei extremamente doente durante o primeiro trimestre, além de ter pré-eclâmpsia no final de cada gravidez”, explica a mãe. “Minha última gravidez quase matou minha filha e eu — os médicos insistiram que eu não tivesse mais filhos, mas sabíamos que nossa família ainda não estava completa".
Foi então que o casal decidiu iniciar o processo de adoção que começou com um treinamento. Quando conheceram os pequenos Bentley e Lincoln, os pais tiveram certeza que encontraram seus filhos. Após a adoção dos meninos, a mãe biológica deles voltou a entrar em contato com Elizabeth. Ela pediu que a norte-americana adotasse sua filha que nasceu um ano após os meninos serem adotados. A pequena Charlee foi para casa da nova família com dois dias de vida. Ela foi adotada um ano depois, quando seu nome foi oficialmente mudado para Charlotte.
Elizabeth também conta que não vê a família biológica dos pequenos como inimiga e pretende, da melhor maneira possível, incluí-la na vida dos pequenos. “Espero que os filhos que temos em comum se orgulhem de todos nós e de como tentamos resolver as coisas da melhor maneira possível para o benefício deles. Nem sempre foi fácil, mas o esforço sempre vale a pena".
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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2021/10/nunca-gostei-dos-nomes-dos-filhos-que-adotamos-entao-mudei-os-o-mais-rapido-possivel-diz-mae.html