Sunday, November 21, 2021

Nanda Costa revela que teve pré-eclâmpsia: "Nasci mãe no susto"; entenda a condição

https://ift.tt/3FC5LvW

Neste sábado (21), Nanda Costa revelou, nas suas redes sociais, o susto que passou quando as filhas, Kim e Tiê, nasceram. "De repente, minha pressão subiu, meus rins começaram a parar e, com 35 semanas e 3 dias de gestação, precisamos antecipar o parto", disse. Ela explicou que teve pré-eclâmpsia, que é quando a pressão sobe subitamente na gravidez: "Minha pressão chegou a 180/9". Veja, abaixo, o texto postado pela atriz e saiba mais sobre a condição, que acomete de 5% a 10% das gestantes e costuma de manifestar a partir das 20 semanas de gestação.

+ Nanda Costa fala sobre rotina de amamentação das gêmeas: "De 3 em 3 horas"

Nanda e Lan Lanh no parto das gêmeas Kim e Tiê (Foto: Reprodução/Instagram)

 

 

"Ontem fez um mês que nascemos! Sem dúvida é o momento mais desafiador e intenso da minha vida. Tive uma gravidez tranquila, nunca me senti tão bem em toda minha vida. Mas, de repente, minha pressão subiu, meus rins começaram a parar e, com 35 semanas e 3 dias de gestação, precisamos antecipar o parto. Pré eclampsia! Minha obstetra, @draflaviatarabini, foi precisa, cirúrgica e, graças a Deus, salvou a minha vida! Minha mulher não saiu do meu lado um segundo sequer. Kim foi a primeira a nascer e, para nossa surpresa, pesando menos do que imaginávamos: 1.815 Kg. Nasceu lindamente, respirando sozinha e com a mãozinha esquerda erguida… Ao vê-la, Lan bateu palma e gritou: 'Chora, Kim', e nossa menina estreou com um choro forte e potente. Exatamente um minuto depois, veio Tiê, com os olhos bem abertos como quem diz: 'Chegamos, mamães, que que tá pegando?'. Tiê chegou pesando 2,220kg e foi para o quarto com a gente. Já Kim, precisava ganhar peso e foi para UTI. Quanto a mim, fiquei internada uma semana para controlar a pressão e me recuperar. Nasci mãe no susto e 'padecer no paraíso' nunca fez tanto sentido. Tive que me dividir entre quarto, UTI e passagens pelo Lactário para tirar leite e alimentar a pequena Kim, que chegou a 1,600kg. O hospital/maternidade está em obra e, dois dias depois do parto, entre essas idas e vindas, fiquei presa no elevador, o que aumentou ainda mais a minha pressão e potencializou meu puerpério. Tiê e eu recebemos alta 5 dias após o parto. Kim só receberia alta quando alcançasse pelo menos 2kg. Não sabíamos quanto tempo poderia levar. Em alguns dias, ela ganhava, em outros perdia. Cada grama era muito comemorado, muito mesmo. Dias de muita chuva e muito choro no Rio de Janeiro, mas, como a Lan sempre diz, 'um barco não navega sem tempestade'. Até que no primeiro dia de sol, ela veio pra casa e reencontrou a irmã depois de duas semanas. Foi mágico e, talvez, o melhor dia dos últimos 30. Tem uma parte da vida que a rede social não mostra e como estamos vivendo tempos de julgamentos cada vez mais dificeis, às vezes, preferimos focar em compartilhar as alegrias. Mas hoje, eu escolhi dividir o quão difícil foi e tem sido... Um dia após receber alta, precisei reeinternar, desta vez, na UTI. Minha pressão chegou a 180/90, imagina isso pra uma pessoa que sempre teve a pressão 90x60. Graças a Deus tenho uma rede de apoio maravilhosa, médicos incríveis, minha mãe (que, hoje, entendo, amo e admiro mais do que nunca), minha sogra, meus amigos, as dindas e dindos das minha filhas, a minha mulher, que amo cada dia mais e mais, e, claro, as minha filhas por terem nos escolhido, Lan e eu, por terem aguentado firme e atravessarem esse turbilhão nos trazendo doçura e leveza e muito trabalho (essa parte nós já sabíamos, mas trabalho nunca foi problema pra gente, né love?) Tenho muita gente pra agradecer, mas vou fazendo isso aos poucos. E quer saber? Mesmo sabendo que seria assim, faria tudo de novo pra receber a benção que é ter Kim e Tiê nas nossas vidas. Obrigada a todos pelas mensagens de amor. Obrigada Deus, deusas e todos os Orixás! Obrigada médicos, terapeutas, enfermeiros, técnicos e todo universo. Obrigada Lan, havia de ser com você, só tinha de ser com você! Te amo pra sempre. Para todas as mães e puérperas, o meu melhor abraço! Estamos juntas. Ah, e as meninas estão super bem e gordinhas. Amém."

Nanda e a mulher com as filhas, já em casa (Foto: Reprodução/Instagram)

 

 

 

Pré-eclâmpsia: o que é e como prevenir?

A eclâmpsia é um fenômeno exclusivo da gravidez, cujas causas ainda são desconhecidas. O que se sabe é que a pressão sobe subitamente, provocando edema cerebral, convulsão e levar a mulher ao coma – ou seja, o corpo é pressionado além da conta, culminando em uma espécie de colapso. Apesar de assustadora, a ameaça é passível de prevenção. A melhor oportunidade para evitar essa situação extrema é o estágio que a antecede, classificado como pré-eclâmpsia, que acomete de 5% a 10% das gestantes, conforme uma estimativa dos especialistas ouvidos pela CRESCER, com base em pesquisas científicas. Por si só, a pré-eclâmpsia representa um problema sério, mas pode ser controlada se descoberta a tempo. Um pré-natal cuidadoso, com início o mais cedo possível, garante boas chances de final feliz para a dupla mãe e filho.

+ Hipertensão, pré-eclâmpsia ou eclâmpsia? Entenda a diferença

Ela costuma se manifestar a partir da 20ª semana de gestação e também tem como principal característica a pressão arterial elevada, acompanhada de inchaço e de outros sintomas, entre eles, dor de cabeça. Como consequência, o fluxo de sangue para o bebê fica comprometido. Assim, a criança recebe alimento insuficiente e tem seu crescimento prejudicado, ficando mais frágil. Não raro, isso obriga os médicos a fazerem um parto emergencial, antes da data prevista. No entanto, o pior dos cenários ocorre quando uma alteração na coagulação sanguínea provoca um descolamento prematuro da placenta, uma complicação perigosa que desencadeia hemorragia e requer também um parto de urgência. Felizmente, os recursos disponíveis na medicina permitem, na maioria dos casos, impedir tantos problemas.

Um exame chamado PlGF (Placental Grown Factor, ou fator de crescimento placentário) prevê o risco de pré-eclâmpsia muito antes de os primeiros sintomas surgirem. O método de avaliação é complexo, mas a realização do teste, para a mãe, é simples. Basta coletar sangue a partir da 20ª semana de gestação. Com a amostra, os cientistas analisam os níveis de PlGF, um marcador bioquímico que pode ser indicativo da doença. O dado é associado a outros – como histórico familiar, pressão arterial e Doppler das artérias uterinas – e um software sofisticado calcula a porcentagem de risco para pré-eclâmpsia. Uma vez identificado o alto risco, a paciente pode frear o avanço do problema, tomando pequenas doses de ácido acetilsalicílico, de acordo coma prescrição do médico. “Essa estratégia de prevenção tem respaldo em pesquisas conduzidas pela The Fetal Medicine Foundation, uma das principais instituições de medicina nessa área do mundo”, explica a ginecologista Silvia Herrera, coordenadora do Centro de Medicina Fetal do laboratório Salomão Zoppi Diagnósticos (SP). Segundo os experimentos, ainda que o remédio não anule a disfunção, ele diminui sua intensidade.

A gestante também pode ficar de olho em sintomas que dão pistas da pré-eclâmpsia – o conselho vale, especialmente, para quem se enquadra no grupo de risco. “Ganho significativo de peso em pouco tempo, presença de espuma na urina e inchaço nas mãos, nos pés e no rosto podem indicar a doença e devem ser imediatamente relatados ao médico”, explica o obstetra Mário Macoto, do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP). Casos mais graves podem vir acompanhados de dor de cabeça ou no abdômen e distúrbios visuais, como visão borrada.

Sinais de pré-eclâmpsia:

- Inchaço de mãos, pés e rosto
- Dor de cabeça
- Dores abdominais
- Sangramento vaginal
- Perda de proteínas pela urina
- Alterações visuais
- Pressão alta
- Baixo nível de plaquetas no sangue
- Alteração de enzimas hepáticas

O que aumenta o risco de pré-eclâmpsia:

- Primeira gestação
- Gravidez gemelar
- Fetos grandes
- Histórico de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia em gestações anteriores
- Ocorrência de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia na família
- Pressão alta antes da gravidez
- Idade superior a 35 anos
- Sobrepeso

Atenção: Se você se encaixa nesse grupo, é válido redobrar o cuidado. Além de controlar o peso e a ingestão de sal, pratique atividades físicas e tente combater o estresse, já que essas medidas favorecem o equilíbrio da pressão arterial.

+ O que fazer quando o diabetes surge com a gravidez?



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/noticia/2021/11/nanda-costa-revela-que-teve-pre-eclampsia-nasci-mae-no-susto-entenda-condicao.html