Saturday, October 30, 2021

Agência dos EUA aprova uso da vacina da Pfizer contra covid para crianças de 5 a 11 anos: "Isso nos deixará mais perto de retornar a um senso de normalidade", diz médica da FDA

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O órgão regulador de alimentos e medicamentos (FDA, sigla em inglês) dos Estados Unidos aprovou o uso da vacina da Pfizer-BioNTech contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Segundo a agência, a autorização foi baseada em dados que incluíram contribuições de especialistas de comitês consultivos independentes, que votaram a favor de tornar a vacina disponível para crianças nessa faixa etária.

A fabricante já tinha divulgado estudos que mostravam que as respostas imunológicas de crianças de 5 a 11 anos de idade foram comparáveis às de indivíduos de 16 a 25 anos. Um dos achados foi de que a vacina foi 90,7% eficaz na prevenção contra a covid-19. Na pesquisa, a segurança do imunizante foi estudada em aproximadamente 3.100 crianças dessa faixa etária. Após receberam a vacina, os pequenos não tiveram nenhum efeito colateral grave durante a realização das pesquisas.

Criança sendo vacinada (Foto: getty images)

 

Agora, com a aprovação da FDA, o Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês) se reunirá na próxima semana para discutir outras recomendações clínicas.

“Como mãe e médica, sei que pais, cuidadores, funcionários da escola e filhos estão esperando a autorização de hoje. Vacinar crianças mais novas contra a covid-19 nos deixará mais perto de retornar a um senso de normalidade", disse a comissária em exercício da FDA, Janet Woodcock. "Nossa avaliação abrangente e rigorosa dos dados relativos à segurança e eficácia da vacina deve ajudar a garantir aos pais e responsáveis que esta vacina atende aos nossos altos padrões", complementa. 

O diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA, Peter Marks, também comentou a decisão: “A FDA está empenhada em tomar decisões orientadas pela ciência em que o público e a comunidade de saúde podem confiar. Estamos confiantes na segurança, eficácia e dados de fabricação por trás desta autorização. Como parte de nosso compromisso com a transparência em torno de nossa tomada de decisão, que incluiu nossa reunião do comitê consultivo público no início desta semana, postamos documentos hoje apoiando nossa decisão e informações adicionais detalhando nossa avaliação dos dados serão publicadas em breve. Esperamos que esta informação ajude a construir a confiança dos pais que estão decidindo se vão levar seus filhos para se vacinar". 

A agência reguladora determinou que a vacina da Pfizer atendeu aos critérios para autorização de uso de emergêncial. No Brasil, a farmacêutica anunciou na última quarta-feira (27) que entrará com pedido na Anvisa para a aprovação do uso da vacina contra covid-19 em crianças de 5 a 11 anos em novembro.

Vacinação de crianças 

A expectativa é de que a vacina contra covid esteja disponível para crianças de cinco a 11 anos nos EUA já no começo de novembro. A dose para essa faixa etária será de dez microgramas, um terço do dos 30 microgramas administrados nos adultos. “O nível de dose de 10ug foi escolhido como ideal por provocar respostas imunes robustas com um perfil de segurança aceitável”, disse a Pfizer em nota.

Assim como a vacinação dos adultos, a das crianças ocorrerá em duas etapas com um intervalo de pelo menos três semanas entre as doses. Na reunião com a FDA, a Pfizer apresentou dados de estudos comprovando a eficácia e segurança da vacina para essa faixa etária. De acordo com as informações da empresa, a vacina é 90% eficaz na prevenção da covid em crianças de cinco a 11 anos por pelo menos quatro meses depois da segunda dose, sem quaisquer efeitos colaterais graves, exceto casos raros de miocardite em jovens do sexo masculino.

Casos de miocardite, ou inflamação do coração, em homens e adolescentes foram registrados ao redor do mundo depois da aplicação de vacinas, como a da Pfizer, contra covid. Embora a probabilidade de desenvolver a inflamação seja muito maior após contrair o vírus do que ao ser vacinado, o risco ainda existe. De acordo com a Pfizer, a maioria dos casos de miocardite acompanhados se resolveram rapidamente e não representaram perigo significativo para a saúde dos jovens, tornando a relação entre risco e benefício favorável à vacinação.

 



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Foto comovente de pai e filho, vítimas da guerra na Síria, ganha prêmio internacional de fotografia

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Neste ano, o Siena International Photo Awards concedeu o prêmio de “foto do ano” para a emocionante imagem de um pai sírio segurando seu filho, que nasceu com um raro distúrbio congênito. 

Foto comovente de pai e filho venceu concordo internacional (Foto: Reprodução/Siena International Photo Awards 2021)

 

De autoria do fotógrafo turco Mehmet Aslan, a foto recebeu o nome de “Hardship of Life” (dificuldades da vida, em tradução livre) e mostra o pai Munzir, que perdeu a perna direita em um atentado a bomba em Idlib, na Síria, de acordo com o site oficial da premiação. Seu filho Mustafá, que ele segura no colo, nasceu sem os membros inferiores e superiores devido a uma condição rara chamada tetra-amelia.

Ainda de acordo com informações da premiação, o distúrbio do pequeno foi causado por medicamentos que sua mãe, Zeynep, precisou tomar após adoecer devido a um gás liberado durante a guerra. Na foto, o pai aparece apoiando parte da perna amputada em uma muleta enquanto segura seu filho, que sorri.

 

Depois de fugir da Síria, a família agora mora no sul da Turquia, onde buscam próteses para Mustafá, de acordo com o Washington Post. “A imagem chegou ao mundo. Há anos tentamos fazer com que nossas vozes sejam ouvidas por qualquer pessoa que queira ouvir, para ajudar no tratamento dele. Daríamos tudo para dar a ele uma vida melhor”, disse a mãe de Mustafá, em entrevista para o jornal.

O fotógrafo Mehmet declarou para o site que espera que a imagem também ajude a aliviar a reação ruim da comunidade contra os refugiados que chegam na Turquia. “Queríamos chamar a atenção para isso”, contou.

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Ginecologista inventa o primeiro 'preservativo unissex' do mundo

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Um ginecologista malaio criou o que ele diz ser o primeiro preservativo unissex do mundo. Ele sugere que o produto possa ser usado por mulheres ou homens e é feito de um material geralmente usado como curativo para ferimentos. O inventor espera que o Preservativo Unissex Wondaleaf capacite as pessoas a controlar melhor sua saúde sexual, independentemente de seu sexo ou orientação sexual. “É basicamente um preservativo normal com uma cobertura adesiva”, disse John Tang Ing Chinh, ginecologista da empresa de suprimentos médicos Twin Catalyst.

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O preservativo é feito de uma material fino e resistente (Foto: Reprodução/Metro)

 

“É um preservativo com uma cobertura adesiva que se fixa à vagina ou ao pênis, além de cobrir a área adjacente para proteção extra”, disse Tang. O adesivo só é aplicado em um lado do preservativo, acrescentou ele, o que significa que pode ser revertido e usado por qualquer sexo. Cada caixa de Wondaleaf contém dois preservativos e custará 14,99 ringgit (cerca de R$ 20). O preço médio de uma dúzia de preservativos na Malásia é de 20 a 40 ringgit.

O médico explica que fez os preservativos usando poliuretano, um material usado em curativos transparentes que é fino e flexível, mas forte e à prova d'água. “Depois de colocar, você não percebe que está lá”, disse ele, referindo-se aos curativos feitos com o material. Tang disse que o Wondaleaf passou por várias rodadas de pesquisas clínicas e testes e estará disponível comercialmente no site da empresa em dezembro. "Com base no número de testes clínicos que realizamos, estou bastante otimista de que, com o tempo, será um acréscimo significativo aos muitos métodos anticoncepcionais usados ​​na prevenção de gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis", finalizou.

Novo preservativo estará disponível para venda em dezembro (Foto: Reprodução/Metro)

 



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Diretores da Anvisa são ameaçados de morte caso aprovem vacina contra covid para crianças. "Decisão de vacinar qualquer grupo é baseada em ciência", diz infectologista

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A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, divulgou uma nota, nesta sexta (29/10), afirmando que cinco diretores da agência receberam um e-mail, nesta quinta-feira, às 8h31, com ameaças de morte caso eles, eventualmente, aprovem as vacinas para crianças entre 5 e 11 anos. 

Além dos reguladores da Anvisa, a pessoa também ameaçou de morte instituições escolares do Estado do Paraná. Após as ameaças, a instituição informou que comunicou imediatamente às autoridades policiais e o Ministério Público, nos âmbitos Federal, Estadual e Distrital, entre outras, para adoção das medidas cabíveis.

Segundo informações do G1, as ameaças partiram de um homem do Paraná, que possui um filho com idade entre 5 e 11 anos. Em sua mensagem, ele chegou a dizer que iria retirar a criança da escola e aderir ao modelo homeschooling, caso a vacina fosse obrigatória. 

Entenda as diferenças sobre os tipos de vacinas (Foto: Getty)

 

Para o infectologista pediátrico Renato Kfouri, vice-presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é um absurdo que um técnico da Anvisa receba esse tipo de ameaça. "Jamais uma decisão de vacinar qualquer grupo, seja crianças, adultos, idosos, será feita porque alguém pressionou, isso é baseado em ciência", afirma. 

Ele ainda ressalta que mesmo com os movimentos antivacinas, a cobertura vacinal ainda está bem elevada no país, porém, é preciso ficar atento! "Em um cenário de pandemia, as fakes news e os antivacinas têm um impacto pequeno, porque todo mundo está muito disposto a se vacinar. Já em um cenário fora de pandemia, onde o risco é menor, a dúvida de se vacinar cresce e a insegurança e hesitação vão aumentar muito". Vale lembrar que a não vacinação leva à volta de doenças já eliminadas e ao aumento de outras mais controladas. 

Até o momento, a única vacina contra a covid-19 aprovada para jovens no Brasil é a da Pfizer, que pode ser aplicada em adolescentes com 12 anos ou mais. No entanto, esse cenário pode mudar. 

Nesta sexta-feira (29/10), o órgão regulador de alimentos e medicamentos (FDA) dos Estados Unidos aprovou a vacina Pfizer-BioNTech COVID-19 para uso emergencial em crianças de 5 a 11 anos.

Na última terça-feira (26/10), um comitê de especialistas do órgão regulador já tinha recomendado que a instituição autorizasse a vacina da Pfizer contra covid para uso em crianças de cinco a 11 anos. Os especialistas da instituição votaram nesta terça-feira (26), sendo 17 deles favoráveis a autorização e uma abstenção.

A expectativa é de que a vacina contra covid esteja disponível para crianças de 5 a 11 anos nos EUA já no começo de novembro. A dose para essa faixa etária será de dez microgramas, um terço do dos 30 microgramas administrados nos adultos. “O nível de dose de 10ug foi escolhido como ideal por provocar respostas imunes robustas com um perfil de segurança aceitável”, disse a Pfizer em nota.

Assim como a vacinação dos adultos, a das crianças ocorrerá em duas etapas com um intervalo de pelo menos três semanas entre as doses. Na reunião com a FDA, a Pfizer apresentou dados de estudos comprovando a eficácia e segurança da vacina para essa faixa etária. De acordo com as informações da empresa, a vacina é 90% eficaz na prevenção da covid em crianças de 5 a 11 anos por pelo menos quatro meses depois da segunda dose, sem quaisquer efeitos colaterais graves, exceto casos raros de miocardite em jovens do sexo masculino.

Casos de miocardite, ou inflamação do coração, em homens e adolescentes foram registrados ao redor do mundo depois da aplicação de vacinas contra covid de mRNA como a da fabricante Pfizer. Embora a probabilidade de desenvolver a inflamação seja muito maior após contrair o vírus do que ao ser vacinado, o risco ainda existe. De acordo com a Pfizer, a maioria dos casos de miocardite acompanhados se resolveram rapidamente e não representaram perigo significativo para a saúde dos jovens, tornando a relação entre risco e benefício favorável à vacinação.

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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2021/10/diretores-da-anvisa-sao-ameacados-de-morte-caso-aprovem-vacina-contra-covid-para-criancas-decisao-de-vacinar-qualquer-grupo-e-baseada-em-ciencia-diz-infectologista.html

'Transmissão ao ar livre é rara', diz Daniel Becker sobre fim da obrigatoriedade de máscaras em locais abertos no RJ

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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), sancionou uma lei que permite a liberação das máscaras em locais abertos. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (28), depois de ser aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O Rio é a primeira capital do país a flexibilizar o uso do item de proteção facial.

Uso de máscara, distanciamento e reforço da higiene continuam sendo eficientes para a delta ou qualquer outra variante da covid-19 (Foto: Pexels)

 

Mas será que a medida é segura?

O fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços abertos não quer dizer que a pandemia acabou e nem que devemos deixar de tomar as devidas precauções contra o vírus da covid-19, alerta o pediatra e sanitarista Daniel Becker. Mas algumas condições permitiram essa decisão, segundo o médico.

"A transmissão ao ar livre é rara. Cerca de 99% dos casos de covid-19 são adquiridos em ambientes fechados. Portanto, o ar livre é o cenário mais seguro. A transmissão nunca esteve tão baixa. O percentual de exames positivos também nunca foi tão baixo. Já tivemos 80% de positividade dos testes, agora temos 5%. Há poucos casos graves e internações por covid-19", explica o sanitarista em postagem feita nas redes sociais.

 


O especialista, que é também colunista da CRESCER, reforça o papel da vacinação na segurança dessa decisão. "A vacinação está indo muito bem. Mais de 66% da população total está vacinada [no Rio de Janeiro]. Dos acima de 12 anos já temos quase 80% e a dose de reforço está avançando: todos acima de 70 já receberam", completa.

Becker não deixa de ressaltar, porém, que a decisão vale apenas para lugares ao ar livre, onde não há aglomeração. Se houver um grande número de pessoas paradas num ponto de ônibus, por exemplo, a máscara continua sendo necessária. Em ambientes fechados, a proteção permanece obrigatória. "Por isso é importantíssimo se habituar a levar algumas máscaras na bolsa/no bolso. O passaporte da vacina continua valendo", destaca o pediatra. 

No ambiente escolar, os protocolos ainda devem ser seguidos, como a utilização de máscara, ventilação adequada e recreios ao ar livre. “Nesse momento podemos, sim, comemorar e usufruir do prazer de ver sorrisos ao ar livre. Lembrando que para as crianças é fundamental essa oportunidade. Brincar na natureza e nas praças faz bem em todos os sentidos”, conclui Becker.

Contraponto

A pediatra Ana Escobar, professora de pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), acredita que ainda não é o momento de liberar o uso de máscaras, ainda que em ambientes abertos. “Eu não considero essa uma medida segura neste momento”, declarou.

 

A médica explicou que, embora as vacinas protejam a população de formas graves da covid-19, elas não impedem as pessoas de pegar a doença. Ana Escobar reforçou que a desobrigação das máscaras facilita a disseminação do vírus e acrescentou: “Você pode até ter uma forma leve da covid-19, mas estamos cada vez mais estudando as sequelas da doença, como queda de cabelo, perda de olfato, cansaço e até confusão mental”.

A pediatra apontou, ainda, o exemplo de outros países que também afrouxaram os protocolos de segurança e, ao liberarem as máscaras, viram o número de casos da doença aumentar. Além disso, uma questão importante trazida pela médica é que as crianças abaixo de 12 anos ainda não estão vacinadas. “Vamos esperar mais um pouquinho, até que a gente tenha uma porcentagem maior da população protegida”, defende. “Por razões práticas e, principalmente, por razões científicas, esse não é o momento de a gente liberar o uso da máscara”, finaliza.

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Filha de atleta olímpico nasce 15 meses após morte acidental do pai

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Na última segunda-feira (25), Ellidy Pullin, viúva do snowboarder olímpico Alex "Chumpy" Pullin, deu à luz Minnie Alex Pullin, primeira filha do casal. O bebê nasceu 15 meses após seu pai morrer afogado em um acidente de mergulho, na Austrália.

Bebê foi concebido por inseminação, após a morte do pai (Foto: Reprodução/Instagram/El Pullin)

Em entrevista para a edição de setembro da revista Vogue Austrália, Ellidy contou que ela e Alex estavam tentando ter um bebê desde nove meses antes do acidente. Depois do falecimento do marido, ela engravidou por meio de fertilização in vitro (FIV) usando esperma recuperado do atleta logo após sua morte – o que é permitido na Austrália quando a família imediata do falecido dá seu consentimento, entre outras exigências.

A mãe explicou que o processo envolveu "uma série de documentos legais assinados, aprovação do legista e a cooperação de um médico de fertilidade de uma clínica de fertilização in vitro". “Eu realmente agradeço o enorme esforço que minha família, amigos, advogados e médicos colocaram naquelas horas críticas após a morte de Chumpy, para me dar a oportunidade de continuar nosso sonho de começar uma família”, declarou Ellidy.

 

De acordo com a People, a mãe iniciou o processo de fertilização in vitro em dezembro de 2020. A primeira transferência de embriões não foi bem-sucedida, mas Ellidy conseguiu engravidar na segunda tentativa.

“Seu pai e eu sonhamos com você há anos, pequenina. Com uma reviravolta de partir o coração, estou honrada em finalmente dar as boas-vindas a uma parte do fenômeno que foi o Chumpy de volta a este mundo”, escreveu a mãe em uma postagem de junho, quando anunciou a gravidez.

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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Parto/noticia/2021/10/filha-de-atleta-olimpico-nasce-15-meses-apos-morte-acidental-do-pai.html

Mãe faz alerta depois que bebê contraiu três vírus respiratórios ao mesmo tempo: 'Pior pesadelo'

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“Passei pelo pior pesadelo de uma mãe”, disse Barbara Luna, da cidade de San Antonio, no Texas (EUA) depois que sua filha Isabella foi diagnosticada com três vírus respiratórios ao mesmo tempo, aos 4 meses de idade: covid-19, gripe e vírus sincicial respiratório (VSR).

Mãe fez alerta após filha de 4 meses ser diagnosticada com três vírus ao mesmo tempo (Foto: Reprodução/News4 San Antonio)

 

Em entrevista para a emissora de TV local News 4 San Antonio, a mãe contou que seu filho mais velho foi o primeiro a apresentar sintomas. “Cerca de uma semana antes de Isabella completar 4 meses, meu filho teve uma tosse forte e estava muito congestionado. Naquele momento, a bebê só estava um pouco congestionada”, lembrou a mãe.

Ela então levou os dois filhos ao pediatra. O mais velho foi diagnosticado com VSR (vírus que pode causar bronquiolite em crianças) e Isabella testou negativo para todas as doenças respiratórias.

No entanto, quatro dias depois, a bebê começou a apresentar dificuldade para respirar e tosse forte e Barbara retornou ao médico. “Ela testou positivo para covid-19 e eu comecei a chorar”, desabafou a mãe. “Naquela noite, a respiração dela piorou. Acabei levando-a para um pronto-socorro, onde ela foi diagnosticada também com o vírus da gripe e com VSR”, continuou.

 

Isabella precisou ficar internada no hospital por três dias, mas sua tosse só passou completamente um mês depois que ela recebeu alta. Atualmente, a bebê está com 6 meses e passa bem. “Nós fazemos tudo o que podemos para proteger nossos filhos. Mas se eles têm contato com uma criança que vem de uma casa onde esses cuidados não são tomados, tudo é em vão”, lamentou Barbara.

Ouvido pela emissora, o Dr. Pedro Chavez, Diretor Clínico Pediátrico do North Central Baptist Hospital, disse que a temporada de frio causa aumento nos casos de infecções respiratórias em crianças. “Em agosto, tivemos um aumento em todas as infecções respiratórias. Basicamente, vimos os mesmos números que vemos no inverno”, afirmou.

 

O médico ressaltou, ainda, que é importante que os pais tomem mais cuidado com a saúde dos filhos nesta época do ano, em que as temperaturas despencam em razão do outono no hemisfério Norte. “Não é incomum que as crianças sejam infectadas com dois vírus ao mesmo tempo, às vezes até com três ou quatro”, explicou Dr. Chavez.

Barbara aconselhou que os pais procurem auxílio médico assim que notarem que seus filhos estão com algum problema de saúde. “Se tivéssemos esperado um pouco mais, poderíamos ter tido um resultado muito pior”, avaliou a mãe.

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Mãe e filha são alérgicas à luz do sol: "Vampiras da vida real", brinca

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Uma mãe brincou que ela e sua filha são "vampiras da vida real", pois são alérgicas à luz do sol e têm que ficar em casa quando o dia está ensolarado. Kylie Szafranski, 30, do Arizona, Estados Unidos, foi diagnosticada com Protoporfiria Eritropoiética (PPE) depois de sofrer queimaduras graves em uma cama de bronzeamento aos 16 anos. A rara condição genética faz com que a pele seja hipersensível à luz ultravioleta. Para proteger a pele, ela também precisa usar roupas com proteção UV e películas especiais para os vidros de seu carro.

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Ela conta que descobriu que sua filha River, 7 anos, herdou sua alergia à luz do sol depois que a pele da menina apareceu com urticária quando era bebê, após aplicação de protetor solar e exposição ao sol. Segundo o site Mirror, a condição das duas é conhecida como "doença do vampiro", pois as pessoas que sofrem da doença evitam a luz do sol e geralmente ficam muito pálidas devido à anemia crônica.

Mãe e filha não podem sair ao sol (Foto: Reprodução/Mirror)

 

 

"Olhando para a minha infância, era incrivelmente óbvio que eu tinha graves problemas de sol que nunca foram resolvidos. Mas foi só quando eu tinha 16 anos e experimentei uma cama de bronzeamento pela primeira vez que percebi que algo estava errado. Foi muito doloroso, mas como eu nunca tinha usado uma antes, achei que era normal", lembra. “Mas quando saí, vi como minha pele estava vermelha e ela começou a descascar em pedaços. Fui ao médico e, depois de alguns exames, descobrimos que eu tinha uma forte alergia ao sol causada por uma mutação genética. Também é conhecida como a 'doença do vampiro'", declarou.

"Na Idade das Trevas, essa é a condição que eles acreditavam que as pessoas acusadas de serem vampiros tinham. Pessoas com PPE também são cronicamente anêmicas, o que nos deixa muito cansadas. Elas também parecem muito pálidas, com fotossensibilidade aumentada, porque não podem sair à luz do dia. Isso se soma ao mito do vampiro", completou.

Reação alérgica na pele (Foto: Reprodução/Mirror)

 

Kylie e sua filha sofrem de alergias ao sol ligeiramente diferentes. Enquanto a de Kylie ocorre sempre que ela sai ao sol, River tem uma reação mais severa apenas com a aplicação de protetor solar ou loção. “Quando minha filha nasceu, eu não fazia ideia que ela também teria alergia à luz do sol porque é muito raro. Alguém colocou protetor solar nela quando ela era bebê, sem nos perguntar primeiro. Então, assim que ela pegou o sol, ela inchou, teve urticária em todo o corpo e explodiu os capilares de sua pele. River é fotossensível como eu, mas tem uma reação alérgica ao protetor solar conhecida como dermatite alérgica de contato. Sua alergia é ainda mais rara, afetando menos de 1% da população. Pode envolver erupções, coceira na pele, inchaço e bolhas. Isso é diferente de mim porque não sou alérgica a protetor solar, embora ele não funcione para mim, o que não é incomum para pessoas com PPE", explicou.

Reações online

A mãe, que é casada com Phillip, 41, e também tem quadrigêmeos, disse que acha engraçada a comparação com vampiros e acrescenta que é uma piada de longa data com sua família e amigos. Ela tem trabalhado para aumentar a conscientização sobre a doença. Nas redes sociais, ela afirma que já viu pessoas que acreditam que sua condição é "demoníaca". "Recebi algumas coisas realmente sombrias de pessoas, principalmente de grupos religiosos, sobre minha alergia ao sol. Fui chamada de demoníaca e disseram que meus filhos, especialmente os quadrigêmeos, são 'produtos da bruxaria'", revelou.

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"Eu nunca deixei isso me afetar, eu sei que as pessoas são loucas. Na verdade, é muito engraçado que pensem assim. Eu sempre digo a todos os meus filhos que eles são especiais e bonitos. River é uma garotinha tão forte e eu sei que ela vai ficar bem. Tudo o que quero fazer é aumentar a conscientização e educar as pessoas sobre a realidade das alergias ao sol, porque muitas pessoas pensam que elas nem existem. Quanto mais educação e conscientização conseguirmos, melhor", finalizou.

Marido de Killye com os cinco filhos (Foto: Reprodução/Mirror)

 



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Vídeo: carro com família dentro cai de ponte móvel após ela se abrir para a passagem de navio

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Uma família aterrorizada caiu de uma ponte móvel nesta semana na Bélgica, depois que ela começou a levantar. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o momento em que o carro vermelho da família ficou preso na ponte Marie Thumas, na cidade de Leuven. Foi na quarta-feira (27). Segundo o Daily Mail, aparentemente sem aviso, a ponte começou a se abrir para permitir a passagem de um navio.

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Veículo com família ficou preso em ponte em movimento e acabou caindo (Foto: Reprodução/Twitter)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No entanto, a família, que estava dentro do carro, ficou presa na ponte, incapaz de voltar ou seguir em frente. Com a ponte subindo cada vez mais, o carro começou a escorregar para trás, antes que o pára-choque traseiro atingisse a estrada. O veículo tombou e acabou ficando de cabeça para baixo no asfalto.

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Ponte começou a abrir com caso em cima (Foto: Reprodução/Twitter)

 

 

Carro acabou capotando (Foto: Reprodução/Twitter)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A família foi retirada do carro pelos bombeiros e levada para o hospital Gasthuisberg. Mas acredita-se que o pai e seus dois filhos não tenham sofrido ferimentos graves. Em entrevista, Carolien Peelaerts, da Flemish Waterway, disse na rádio local que uma investigação está em andamento para saber como o incidente aconteceu. 

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Assista, abaixo, ao vídeo que viralizou nas redes sociais (se não conseguir assistir, clique aqui):

 

 

 

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Abdômen firme de novo

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Digulgação (Foto: Getty)

 

A partir do momento em que descobre que está grávida, a mulher passa a viver um turbilhão de sentimentos intensos. Alegria diante da maternidade, insegurança se conseguirá atender a todas as demandas que terá pela frente, ansiedade para que chegue finalmente o momento de pegar seu bebê no colo.
Somadas a essas e outras sensações, algumas gestantes se angustiam com a dúvida se conseguirão recuperar o abdômen anterior ao da gravidez.

E essa preocupação faz sentido, já que à medida que o feto se desenvolve, o útero cresce progressivamente e, no final da gestação, pode ter de 500 a 1.000¹vezes o seu próprio tamanho . Para acompanhar essa expansão, a pele da região precisa se distender ao máximo, o que pode levar ao rompimento das fibras elásticas dérmicas. Resultado: no pós-parto é possível que ela esteja mais flácida.

Mais firmeza para o abdômen

Para aquelas que desejam, é possível utilizar recursos da dermatologia avançada para melhorar esse quadro. A prática de exercícios físicos, combinada aos modernos tratamentos estéticos, tem apresentado excelentes resultados na recuperação da firmeza da pele do abdômen. Nos consultórios dermatológicos, os procedimentos mais procurados são os bioestimuladores de colágeno à base de ácido poli-L-lático (PLLA), como, por exemplo, o Sculptra®. “Os tratamentos com bioestimulador de colágeno à base de ácido poli-L-lático funcionam muito bem para flacidez pós-parto. E não há problema algum se você voltar a engravidar. O procedimento prepara a pele para as novas gestações, diminuindo a chance de flacidez excessiva”, explica a dermatologista Ana Macedo.
 

Segundo a dermatologista Ana Macedo é possível iniciar o tratamento com bioestimulador de colágeno cerca de 1 ano antes da gestação (Foto: digulgação)

 

Colágeno, ativar!

A médica conta que a ação do ácido poli-L-lático (PLLA) no abdômen se dá por meio de pequenas injeções na região. Essa substância estimula as células do organismo a produzirem mais colágeno e age de forma tridimensional no corpo, melhorando a qualidade da pele, restaurando a sustentação e a firmeza perdidas ao longo do tempo. “São indicadas cerca de três sessões com intervalos de 30 a 45 dias entre elas. O número de ampolas por sessão varia conforme o tamanho da região tratada e o nível de flacidez”, diz. Porém, é importante lembrar que o procedimento só pode ser realizado após o período de lactação.

Para quem ainda está planejando engravidar, a dermatologista tem uma ótima notícia. “É possível iniciar o tratamento com bioestimulador de colágeno cerca de 1 ano antes da gravidez, para prevenir a flacidez pós-gestação”, conta a médica.

Benefícios do procedimento (Foto: G.Lab)

 

Referências

1. Williams Obstetrics, 25e, Chapter 4: Maternal Physiology, 2018; 2. Narins R, Baumann L, Brandt F et al. A randomized study of the efficacy and
safety of Injectable poly-l-lactic acid versus human–based collagen implant in the treatment. J Am Acad Dermatol. 2010 Mar;62(3):448-62.

 



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Publieditorial/Galderma/noticia/2021/10/abdomen-firme-de-novo.html

Friday, October 29, 2021

Pandemia: Como não deixar o estresse afetar o dia a dia com os filhos?

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Vivíamos correndo. Reclamávamos de não ter tempo com nossos filhos. Veio a pandemia, passamos a ficar muito mais em casa, juntos. Mas isso não quis (e não quer) dizer só brincadeiras no chão da sala e dormir abraçadinhos. Infelizmente, essa convivência forçada e todo o pacote da pandemia – home office com filhos, aulas online, medo de pegar a doença, dificuldades financeiras – trouxeram muita irritabilidade, cansaço, frustração. E isso tudo gerou o quê? Estresse nas relações, inclusive entre as crianças e seus pais. Retratamos o cenário que você tem vivido?

331 Mat Capa Educar com gentileza (Foto: Getty Images)

 

Infelizmente, com esse combo, vimos o número de casos de violência contra as crianças aumentar. Uma revisão de mais de 30 estudos publicados sobre o tema, feita por pesquisadores da Universidade Nova Inglaterra (Austrália), mostrou que circunstâncias trazidas pelo novo coronavírus contribuem para o agravamento de violência praticada por parceiros e abuso infantil.

De acordo com os autores, os fatores de maior gatilho para elevar a violência intrafamiliar durante a pandemia são o aumento do estresse e de traumas, dificuldades econômicas, o isolamento imposto e a diminuição do acesso à comunidade e à rede de apoio. Eles ressaltam, ainda, que a pandemia em si não causa a hostilidade familiar, mas cria um ambiente para quem já tem predisposição, manipular a situação e maximizar as oportunidades de coerção e controle, aumentando o medo e a ansiedade de suas vítimas.

 

 

Cúmulo do estresse

Para além dos agressores que se valem do momento para “colocar em prática” a violência, é fato que a sobrecarga emocional afetou todos nós. Isso tudo acontece também pela exaustão emocional que se instalou. Uma pesquisa feita com 183 famílias pela Universidade Estadual do Colorado (EUA) revelou que pelo menos 85% dos pais estão mais estressados agora do que antes do isolamento causado pela pandemia da covid-19. Quando se trata das mulheres – mais sobrecarregadas mesmo antes do novo coronavírus dar as caras –, o esgotamento é ainda maior.

Segundo um estudo britânico feito pela comunidade online Mothersphere, uma em cada três mães afirma que as restrições impostas pela covid-19 a levaram ao limite. “As emoções dos pais estão alteradas por conta da pandemia. Estamos desde março do ano passado enclausurados, e o equilíbrio emocional tem a ver também com a liberdade de ir e vir, com a possibilidade de socializar, de encontrar, de receber toque, abraço, beijo. E todas as condutas protetoras e responsáveis, no momento da pandemia, pressionam, sim, a saúde mental. É inevitável”, afirma o psicólogo Alexandre Coimbra Amaral, colunista da CRESCER.

Nada disso foi escolha nossa e, infelizmente, não temos controle sobre o vírus. Então, o que podemos fazer para não nos deixar levar por esse estresse que acaba afetando a relação com nossos filhos? O que muitos especialistas vêm apontando como saída é educar com gentileza – sem esquecer da firmeza.

A psicóloga Nanda Perim, autora do recém-lançado "Educar Sem Pirar" (Editora BestSeller), é um dos experts que fazem tal recomendação. Em seu livro, ela discute sobre a inteligência parental, que tem três pilares: conhecimento, autoconhecimento e relacionamento. “Durante esse período de pandemia, fica muito mais difícil se relacionar de forma inteligente como pais, quando seu corpo não está dando conta nem de si mesmo. Mas acredito que, por mais que a gente não consiga fazer tudo com excelência, há vários fatores que ajudam a melhorar a situação, como ter conhecimento, entender a fase do desenvolvimento que a sua criança está, saber das limitações e dificuldades dela, conhecer a si mesmo, conhecer seus gatilhos e dificuldades, saber o que o acalma e ter um relacionamento com essa criança em que você busque ao máximo o respeito mútuo, que você peça desculpa toda vez que errar”, explica.

É o que vem buscando fazer o empresário Julius Nunes, 40 anos, pai de Catherine, 5 anos. “Temos tentado atuar com serenidade, compreendendo que todos, inclusive ela, ainda está se adaptando a este momento atípico. Às vezes, um simples abraço em uma hora de nervosismo já resolve o problema”, conta.

A dor das crianças

Quando Julius diz que ele e a esposa compreenderam que a filha também está se adaptando, faz todo o sentido. Os pequenos não têm conta para pagar nem medo de perder o emprego, mas estão sofrendo, sim. E isso se reflete no comportamento, como mostrou um estudo da Universidade de Bristol (Inglaterra).

Segundo a pesquisa, crianças de 4 a 12 anos tiveram mais crises de birra e dificuldades emocionais durante a quarentena. “É esperado o aumento dos ‘maus comportamentos’, pois foram reduzidos o brincar livre, as experiências na escola, as relações interpessoais. Além disso, pais e cuidadores estão mais estressados, impacientes e, consequentemente, regulando pior os sentimentos das crianças”, explica a pediatra Juliana Alfano, do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo (SP).

Mergulho emocional

Em entrevista exclusiva à CRESCER, a pesquisadora argentina Laura Gutman deixou sua mensagem sobre como lidar com nossos sentimentos nesses tempos de distanciamento social:

“A pandemia não altera a capacidade que nós, adultos, temos de nos investigar, de ordenar a nossa realidade emocional (que se formou quando éramos crianças, quando não havia pandemia). Nem altera a inteligência emocional que podemos disponibilizar, quando compreendemos de onde viemos e decidimos mudar a favor de nossos filhos. A biografia humana é semelhante a um sistema terapêutico: podemos abordá-la a qualquer momento de nossas vidas. Mas, ao contrário de outras terapias, não interpretamos, não julgamos, mas observamos nossa realidade atual, levando em consideração o ponto de vista do menino ou da menina que fomos e entendendo quais mecanismos usamos para sobreviver a um coração partido, desamparo, à violência ou às exigências que temos vivido. Em seguida, é preciso registrar como esses mecanismos se tornaram um sistema automático de relacionamento e de convivência, partindo do pressuposto de que temos de continuar a nos salvar de abusos, quando na verdade ninguém mais pode nos prejudicar.”

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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2021/10/pandemia-como-nao-deixar-o-estresse-afetar-o-dia-dia-com-os-filhos.html

"Chorar com o filho é uma oportunidade de conexão", diz psicólogo

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Hoje meu filho chorou. Um choro catártico, um jorro, uma descarga, uma explosão. Esse choro veio como um grito dissolvido nas lágrimas, que puxaram gritos de suas vísceras. Ele não aguenta mais. A aula online saturou, a saudade dos colegas e da escola como era antes fica ainda pior quando eles se encontram na versão presencial possível. Meu filho sempre foi muito sociável, sempre carregando com seus sorrisos um monte de crianças. Minha casa sempre foi aquela das portas abertas, com a mesa sempre posta e pronta para receber alguém que chegasse e fizesse um pit stop ali só para comer um bolo, filar um pão ou um pote de iogurte com granola entre uma correria e outra junto com a turma.

Mãe e filho abraçados (Foto: Ivan Samkov/Pexels)

Ele chorou pela falta de tudo isso, e quando eu fui abraçá-lo, senti que eu também sentia essa falta. Eu sempre amei a casa cheia de crianças e a ausência compulsória delas me invade em um lamento sem tamanho. Chorei junto, choramos abraçados e ali ficamos, entre saudades e lutos, entre perguntas sem resposta (“mas isso termina quando mesmo?”) e o abraço que tudo aquece.
 

“Para expressar o amor, basta reconhecer que o coração bate forte”
Alexandre Coimbra Amaral

 

Chorar com o filho, ainda mais nesses tempos em que o choro de um é o choro do outro, é uma oportunidade de conexão que aparece como um dos alimentos mais poderosos para a alma conseguir atravessar a pandemia. Em algum lugar da cartilha da boa família, nos ensinaram esta fake news, que a figura de autoridade deveria ser sempre impávida e colossal, guardando para si as suas dores e os seus choros e oferecendo ao filho sempre a sua força. Quanto desperdício de vida. Não há história íntima que se preze sem a troca de vulnerabilidades em inesquecíveis rituais espontâneos de encontro de almas. Sem nenhuma programação, é dessas cenas que nos lembraremos vida afora. A pandemia é momento fértil – então, que seja para produzir memórias.

Para expressar o amor, basta reconhecer que o coração bate forte. Para se entristecer, tremer de medo ou gritar as raivas, o mecanismo é o mesmo. Todos esses fenômenos são demasiadamente humanos e nos ensinam como tudo muda o tempo todo no mundo interno que habitamos. Somos feitos de sensações transitórias, somos nuvens que passam do lado de dentro e precisam sorrir, chorar, gritar ou tremer do lado de fora. Quando essas nuvens encontram o sentimento de um filho, o resultado pode ser bem mais do que uma tempestade. Hoje meu filho chorou, eu chorei com ele, e juntos compusemos um arco-íris no céu de nossas lágrimas.
 

Alexandre Coimbra Amaral é mestre em psicologia pela PUC do Chile, palestrante, escritor, terapeuta familiar e de casais. Pai de Luã, 14, Ravi, 11, e Gael, 7. Psicólogo do programa Encontro com Fátima Bernardes, da Rede Globo. (Foto: Divulgação)

 

 



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Colunistas/Alexandre-Coimbra-Amaral-A-humanidade-em-nos/noticia/2021/10/chorar-com-o-filho-e-uma-oportunidade-de-conexao-diz-psicologo.html

Como educar os filhos com respeito e gentileza?

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Para educar alguém com respeito, precisamos nos conhecer primeiro. Mas será que fazemos isso? “No mundo corrido, onde trabalhamos cada vez mais para pagar cada vez mais contas, e tudo isso, enquanto enfrentamos um vírus e uma crise sociopolítica, simplesmente abandonamos a ideia do autoconhecimento. Como vamos ensinar as crianças a respeitar se eu não respeito? Como vou exigir que falem sobre o que sentem se eu não falo?”, afirma a doutora em Ciências e em Saúde Coletiva Ligia Moreiras Sena, autora do livro recém-lançado "Criando com Amor em Tempos de Ódio" (Editora Cientista que Virou Mãe).

331 Mat Capa Educar com gentileza (Foto: Getty Images)

 

O autoconhecimento começa olhando para a criança que você foi, como lembra a pesquisadora argentina Laura Gutman, autora do best-seller "A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra" e também do mais recente "Uma Civilização Centrada na Criança: como uma criação amorosa pode revolucionar o mundo" (ambos da Editora Record). “Temos de abordar a nossa própria infância, compadecermo-nos da criança que fomos, para então nos compadecer e sentir nossos filhos”, afirma.

A professora Maria Antônia Santos, 40 anos, mãe de Antônio, 8 anos, e Laura, 6, sentiu melhora no clima da casa justamente quando passou a priorizar o autoconhecimento. “Parei de rotular meus filhos e colocar a culpa neles, e a olhar mais para mim. Sou adulta e posso me responsabilizar pelo que sinto”, diz. É exatamente essa a opinião da psicanalista e educadora parental Elisama Santos, colunista da CRESCER, que acaba de lançar o livro "Conversas Corajosas" (Editora Paz & Terra). “Quanto mais eu me conheço, menos eu coloco na conta do outro os meus sentimentos. A gente costuma pôr na criança a responsabilidade das nossas ações, como ‘eu gritei porque você não me obedeceu’. Quando passo a ter mais consciência de mim, consigo decidir melhor como vou agir e tiro do meu filho a responsabilidade pelas minhas ações”, explica.

 

 

Desde bem pequenos

Uma premissa para criar filhos com ternura é começar desde cedo. Sim, os bebês devem ser educados com firmeza e gentileza. Uma pesquisa da Universidade de Yale (EUA) mostrou que eles já são capazes, por exemplo, de distinguir o bem e o mal desde os 3 meses. Ou seja, nada de pensar “Ah, ele é pequeno, não entende nada”.

Os bebês compreendem e captam se estão sendo tratados com amor e respeito ou com violência. O desenvolvimento deles será totalmente impactado pela maneira com que recebem os estímulos. “Os primeiros três anos de vida são essenciais para se estruturarem as bases sólidas no seu desenvolvimento de vida. Sempre que fazemos uma boa conexão com nossos filhos, com brincadeiras e atenção, seu cérebro entende que o ambiente é seguro e relaxado, então o aprendizado ocorre de forma natural”, explica a psicóloga Rebeca Nascimento, coordenadora da área de psicologia da Associação de Cuidados Humanitários do Rio de Janeiro. Ou seja, priorize momentos que reforcem vínculos com o seu bebê. Fale com ele, explique o porquê das coisas, cante, brinque, conte histórias. Essa ligação é fundamental para uma educação firme e afetuosa desde cedo.

Conexão para a vida

Estamos mesmo mais conectados com os nossos filhos pelo fato de estarmos mais tempo em casa? O afeto, o vínculo, a conexão são, sem dúvida, uma premissa da educação gentil. Iniciamos a pandemia acreditando que esse ponto seria favorecido, mas já percebemos que não vem sendo bem assim. “A gente não está tendo mais tempo com os filhos, não está fazendo home office, não está fazendo homeschooling. A gente está se virando. É mais tempo com nossos filhos, mas com falta de preparo, de estrutura, de desejo. Uma coisa é você estar perto da criança, outra é você estar de fato com ela”, alerta a psicóloga Nanda Perim.

Por isso, esforce-se sempre para ter momentos de vínculo em família, na pandemia ou não. E isso você faz nas pequenas coisas do dia a dia: no abraço quando seu filho está triste, na conversa interessada quando ele volta da escola, no jogo de tabuleiro no fim de semana, no filme com pipoca no sofá da sala, na história que conta antes de dormir.

Outra questão valiosa: não pense que, por dizer “não”, você corre o risco de perder o vínculo com o seu filho. Isso acontece, normalmente, quando o adulto foi educado sob essa ameaça, ainda que velada: “se você não me obedecer, eu não vou te amar”. “Então, quando essa criança, que viveu tal mensagem de forma repetitiva, vira pai e mãe, ela teme o mesmo. Teme que um erro seu, na condução da maternagem e da paternagem, signifique a perda do amor do filho. É aí que o autoconhecimento entra como uma ferramenta poderosa, porque você precisa compreender quais foram os processos que aconteceram com você na infância, para que possa lidar com eles na vida adulta de outra maneira”, diz o psicólogo Alexandre Coimbra Amaral.

 

 

Limite também é amor

Um outro princípio fundamental no ato de ensinar é dar limites. Parece contraditório? Pois não é. Educar com gentileza nem de longe significa ser totalmente permissivo, deixar que a criança faça aquilo que quer, na hora que quer, do jeito que quer. Pais amorosos orientam, ensinam, instruem e, dentro de tudo isso, está dar limites com bom senso.

Desde o nascimento, precisamos ter rotina e combinados em casa. Ainda que esses dois pontos tenham sido reconsiderados e reajustados, diversas vezes, na pandemia, eles são preciosos para a harmonia da família. “Os limites vêm com os combinados. O adulto vai medindo no que vale a pena ceder e o que vale o tempo maior de explicar e ensinar as regras sociais. Mas as crianças são parte de um time, que é a família, e ajudar a fazer os acordos aumenta as chances de segui-los depois”, diz a pediatra Juliana Alfano.

Ou seja, seu filho pode e deve ter a opinião dele ouvida e respeitada, sem que isso queira dizer que vai manipular você. Assim, quando ele não seguir algo que combinaram, ajude-o a identificar as consequências. Assim, estará criando alguém que pensa na ação e na reação, que mede seus atos, e não simplesmente obedece a uma regra estabelecida por outra pessoa. Nesse sentido, fica fácil entender por que os castigos não são uma boa ferramenta de educação: você até pode ter um resultado ali na hora, mas que aprendizado ele causa?

E não se esqueça de que, no caso de uma birra, tão comum entre 1 e 4 anos, o adulto é você, e esse comportamento nada mais é do que um pedido de ajuda. Ela ainda não sabe se expressar direito, colocar as emoções organizadas em palavras. Por isso, valide o sentimento do seu filho, nomeie essa sensação que, às vezes, ele nem sabe que existe, coloque-se no lugar dele. Quando se sente compreendido, o pequeno já começa a se acalmar.

331 Mat Capa Educar com gentileza (Foto: Getty Images)

 

 

Mais espaço para as emoções fluírem

Não tem como falar de educação com firmeza e gentileza sem considerar a educação emocional. Entender que todos nós podemos sentir — alegria, raiva, compaixão, tristeza, frustração — faz toda a diferença. O que precisamos ensinar aos nossos pequenos (e muitas vezes aprendermos também) é que esses sentimentos não podem causar consequências negativas, que desrespeitem o outro. Por exemplo, seu filho pode sentir raiva do irmão, mas não pode bater nele por causa disso.

E como a gente coloca essa educação emocional na prática? Antes de tudo, mostrando os nossos sentimentos. “Emoções são um tema que se ensina no cotidiano. E não só mostrando a emoção da criança, mas também a do adulto, assumindo o que nós sentimos, quebrando esse paradigma de que o pai e a mãe têm de ser impávidos colossos, que têm de estar ótimos o tempo inteiro. Por que não responder com sinceridade quando as crianças nos perguntam: mãe, você está triste? Sim, estou muito triste. Por que você está triste? Ah, por alguma coisa que aconteceu comigo no trabalho, você pode me dar um abraço? Isso é educação emocional”, orienta Alexandre Coimbra Amaral.

 


Deixe o campo aberto para o diálogo sobre as emoções. Não subestime quando seu filho disser que está com medo, triste ou chateado. Valide e acolha os sentimentos e converse sobre o assunto. Isso pode, inclusive, ajudar você a lidar melhor com as suas próprias emoções. Foi o que sentiu o contador Ricardo Duarte, 32 anos, pai de Vicente, 3 anos. “Eu e meu marido temos dificuldade para falar sobre sentimentos, devido a todo o nosso histórico de vida. Estamos reaprendendo a entender e a lidar com as nossas emoções e fragilidades ao ensinar sobre isso para nosso filho”, diz.

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Mãe de dois fica em estado vegetativo após dar à luz com covid-19: "Era linda e cheia de sonhos", lamenta avó

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"A minha filha era linda, saudável e cheia de sonhos", lembra Maria da Guia Lopes, 50 anos, do Distrito Federal. Thaynara Ferreira, 27 anos, contraiu covid-19 em abril, com 40 semanas de gestação, passou por uma cesárea de emergência, foi intubada e sofreu diversas complicações que a deixaram com danos cerebrais irreversíveis. Hoje, seis meses depois, ela está em casa, mas vive seus dias deitada em uma cama. "Ela apenas mexe os olhos e faz movimentos involuntários. Não fala, não anda, alimenta-se por sonda, precisa de oxigênio e usa fraldas", conta Maria.

+ Mãe que deu à luz intubada e com 80% do pulmão comprometido pela covid, vê filha 40 dias após o parto

O caso de Thaynara causou comoção nas redes sociais. Poucos dias antes de ser intubada, ela chegou a fazer posts nas redes sociais. “Quando eu sair dessa, prometo viver mais, perdoar a quem me magoou”, escreveu. Além do bebê Alexandre, 6 meses, Thaynara também é mãe de Fernando, 7 anos. Maria dá assistência para a filha e também cuida dos dois netos. Em entrevista à CRESCER, ela relembrou como tudo aconteceu e falou das dificuldades que enfrenta desde então.

Thaynara estava grávida de 40 semanas quando contraiu covid (Foto: Arquivo pessoal)

 

"Thaynara não teve os síntomas típicos da covid-19. Não perdeu o paladar ou o olfato, ela apenas se sentia muito cansada e com dores nas costas. Foi algumas vezes ao hospital, mas os médicos sempre achavam que era por conta da reta final da gravidez e a mandavam para casa. Não se interessavam em ver a questão da covid. Então, ficava naquele 'vai e vem' até que no dia 3 de abril, com 40 semanas de gestação, começou a passar muito mal, vomitando e com dores nas costas. No dia seguinte, eu a levei ao hospital, mas não a atenderam porque estava muito cheio. Então, tivemos que ir para outra unidade. Chegando lá, ela foi atendida e logo fizeram o exame de covid. Ela ficou internada esperando o resultado do exame e, enquanto isso, um raio X mostrou que já estava com 30% dos pulmões comprometidos. Foi um susto! Devido à isso, ela foi transferida para uma maternidade e, no dia 5, fizeram uma cesárea de emergência. Alexandre nasceu bem, saudável, ficou com ela alguns dias. Thaynara até mandava fotos dele pra mim.

Mãe completa um mês internada por covid-19 sem conhecer filha recém-nascida

Thaynara fez posts nas redes sociais antes de entubada (Foto: Arquivo pessoal)

 

No entanto, no dia 9, cinco dias após o parto, o estado de saúde dela piorou bastante e ela precisou ser intubada. Apesar de muitos esforços, a doença evoluiu cada vez mais e chegou a comprometer todos os seus pulmões. Os médicos até avisararam que o pior estava para acontecer, porém, depois de colocar drenos e realizar uma traqueostomia, seu quadro foi melhorando. Mas, infelizmente, Thaynara teve duas paradas cardíacas, embolia pulmonar e trombose. Uma sequência de acontecimentos que resultaram em lesões cerebrais graves. Hoje, ela não consegue andar, sentar, se alimenta por sonda e necessita usar fraldas. Para a medicina, o caso dela é irreversível, infelizmente. Minha filha não consegue se comunicar, vive completamente em estado vegetativo. Ela não vive mais fisicamente e espiritualmente. Mexe os olhos e faz alguns movimentos involuntários, apenas.

Financeiramente, conseguimos muitas coisas com a vaquinha online, como a cama, oxigênio e alguns equipamentos necessários para mantê-la em casa. Ela recebe acompanhamento médico, mas não tem evolução. Pelo contrário. Como não conseguimos custear fisioterapia, a condição dela tem piorado. Nem mesmo o auxílio que ela tem direito foi liberado. Ainda estamos esperando. Atualmente, somente meu marido trabalha. Moramos de aluguel e são sete pessoas aqui em casa: eu, meu marido, minhas três filhas e os dois filhos de Thaynara. Além dela, ainda tenho outra filha que é especial. Então, tem sido muito difícil. 

Thaynara era linda, saudável, cheia de sonhos e hoje me deparo com ela nessa situação. Se, naquela época, a vacina já tivesse sido disponibilizada para as gestantes, se elas tivessem  sido priorizadas, minha filha não estaria desse jeito. Até agora, estou em estado de choque. Todos os dias, eu olho pra minha filha... era tão cheia de vida. Ela tinha acabado de alugar uma kitinete para morar com os filhos. O mais velho, de 7 anos, reage com muita tristeza. Ele diz que a mãe dele vai ficar boa... Ele pede para o 'Papai do Céu não levar a mãezinha' dele agora. É muito triste. Estava buscando emprego, chegou a ser chamada para trabalhar, mas, infelizmente, hoje, não pode mais." 

A família de Thaynara criou uma vaquinha online a fim de arrecadar recursos financeiros. Para ajudar, clique aqui.

À esquerda, Thaynara pouco antes de contrair covid e, à direita, atualmente (Foto: Arquivo pessoal)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Covid x gravidez

Um estudo, publicado no JAMA Network Open, descobriu que mulheres grávidas que entram em trabalho de parto enquanto estão infectadas com covid-19 correm maior risco de complicações graves e morte do que aquelas sem o vírus. Pesquisadores da Universidade da Califórnia revelaram que as futuras mães que deram à luz com o vírus tinham cinco vezes mais chances de acabar em unidades de terapia intensiva (UTIs) e 10 vezes mais chances de morrer.

Já um levantamento levantamento feito pelo Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr) e divulgado neste mês, mostrou que os riscos de complicações e de morte também são maiores para aquelas que não se vacinaram. A letalidade é de 14,6% entre o grupo não imunizado. Ou seja, a cada 100 mulheres grávidas não vacinadas, com quadros graves de covid-19, pelo menos 14 vão à óbito. De acordo com os dados, no Brasil, 80,4% das gestantes e puérperas internadas por causa da covid-19 não tomaram nenhuma dose da vacina. Só 4,3% das internações foram de mulheres que já haviam tomado as duas doses do imunizante.

+ Grávida que não quis se vacinar faz alerta: "Se você pode me usar como um exemplo, vá se vacinar. Acho que há muitas informações enganosas por aí", diz

As principais organizações de saúde do mundo recomendam que todas as grávidas e puérperas se vacinem contra a covid-19 o mais rápido possível. Em setembro, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos voltou a reforçar a segurança das vacinas e sugeriu uma "ação urgente para aumentar a imunização" desses grupos. 



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