Muitas escolas e professores, antes da pandemia, relutavam em inserir a tecnologia na prática pedagógica. E agora – seja na marra ou não – já pensam como incorporá-la à rotina escolar, mesmo depois que todos os alunos já tiverem voltado para o presencial.
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Este será um grande desafio para a rede pública. Se mesmo as escolas particulares já têm dificuldades para implementar redes de wi-fi mais potentes e capacitar professores para atuarem com ensino remoto, que dirá as instituições públicas. Porém, essa modalidade está nos planos de retomada das aulas de municípios e estados, como São Paulo. Somente quando elas voltarem, na prática, é que será possível avaliar realmente como será feito. Fato é que o EaD deve ocorrer de diferentes maneiras, de acordo com a idade das crianças. Na Educação Infantil, por exemplo, o método à distância como forma de aprendizado e contato entre alunos e professores não faz sentido, já que os pequenos aprendem na troca, no afeto, no olho no olho. Mas, ainda assim, algumas práticas vêm para somar.
“O contato com as famílias com certeza será um braço do EaD que ficará para sempre. Também o registro do que as crianças produzem em casa e podem apresentar por meio das ferramentas online serão parte do novo ‘normal’, pois é um sistema rico para a troca e se mostrou mais empático do que imaginávamos. O que se pensava ser algo impossível para a Educação Infantil se tornou mais uma ferramenta forte do dia a dia da escola”, afirma a pedagoga Maria Lucy Almeida, conselheira na Associação Brasileira de Educação à Distância.
Em todos os níveis da educação, há, sim, muito a ser melhorado. Mas foi uma oportunidade de percebermos que a tecnologia não está aí para nos afastar, mas para nos aproximar. Para Acedriana Vicente Vogel, Diretora Pedagógica do Sistema Positivo de Ensino, as escolas devem encarar o EaD como aprendizado de que o ensino híbrido, na realidade escolar, é uma das coisas importantes que há muito tempo têm se apresentado como alternativa e que, a partir de agora, certamente não será abandonado. “Trata-se de uma das formas de se viabilizar a expansão do tempo escolar, aproveitando as possibilidades dos recursos digitais. Há um número sem-fim de plataformas colaborativas que podem ser muito úteis para diversas propostas de trabalho escolar”, diz.
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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2020/09/volta-aulas-ensino-distancia-deve-continuar-depois-da-pandemia.html