Thursday, August 30, 2018

Mãe com síndrome de hiperlactação doa 450 litros de leite materno

Hiperlactação faz com que mãe produza quantidade excessiva de leite (Foto: Reprodução Instagram)

 

Um dos maiores medos das gestantes é não ter leite para amamentar os filhos, mas e quando o problema é o excesso? A rotina da americana Tabitha Frost, 29 anos, inclui fazer extração de leite a cada três horas. A explicação está em uma síndrome chamada hiperlactação. Ou seja, quando o corpo dela produz cerca de três vezes mais do que o necessário para o bebê.

Mas engana-se quem pensa que Tabitha encara isso como um problema. “Já ordenhei em shows, jogos de baseball, no carro, em museus. Pode dizer o lugar, eu provavelmente já tirei leite lá”, diverte-se.

Tabitha é mãe de 3 crianças (Foto: Reprodução Instagram)

Ela contou que a síndrome teve início após o nascimento da segunda filha, Adelaide, agora com 2 anos. “Eu nunca tinha visto tanto leite antes”, disse ela. Mas foi depois que Cleo nasceu, a caçula de oito meses, que ela resolveu doar o leite.

São quatro horas por dia dedicadas ao seu trabalho de amor, como ela mesmo chama. Tabitha produz, em média, 2,7 litros por dia e acredita que já doou aproximadamente 450 litros à crianças prematuras, com problemas de saúde e alergia à formulas. Isso é feito através de uma empresa que processa o leite para que ele possa ser encaminhado a outros bebês.

Como identificar a hiperlactação?

 

 

Nos primeiros dias, após o parto, o corpo da mãe se encarrega de regular a produção de leite de acordo com a necessidade do bebê. No entanto, ela deve estar atenta a alguns sinais da hiperlactação.

De acordo com o presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo, Moises Chencinski, é possível perceber se a produção é excessiva pelo comportamento da criança. "O bebê quer mamar, mas sente-se irritado por que não consegue. Quando as mamas estão muito cheias ele acaba se engasgando ou regurgitando. Muitas vezes isso é confundido com refluxo, mas na verdade é apenas leite em excesso", explicou o pediatra.

A recomendação, nesse caso, é fazer a extração de um pouco do leite até que o peito e, principalmente, a aréola fique macia. Outra medida simples é mudar a posição da amamentação. "O ideal é que a criança fique na posição sentada, no colo da mãe. A mãe também pode reclinar o corpo e colocar o bebê em cima dela, isso ajuda a diminuir a pressão do leite", completou o médico.

Fezes esverdeadas do bebê, jatos constantes de leite, entupimento dos dutos mamários e seios doloridos também são indicativos de hiperlactação. No entanto, segundo o pediatra, é fundamental que a mãe busque orientação de um especialista durante toda a fase de amamentação.

"É muito importante que ela tenha sempre o acompanhamento de um médico. Começar a conversar sobre a retirada do leite ainda na gravidez também ajuda a preparar a mulher", alertou o médico.

 



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