Com a queda do número de casos de covid-19 e o avanço da vacinação, aos poucos, as escolas retomam suas atividades de forma 100% presencial. Pensando no cenário atual, na última sexta-feira (29), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou uma nota técnica orientando sobre o que alunos, funcionários e responsáveis podem fazer para garantir um retorno seguro à sala de aula.
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No documento, os especilistas defendem que, antes de tudo, a decisão de continuar ou não com as aulas presenciais seja sempre revista e reconsiderada, dependendo do cenário epidemiológico da doença. "Ao mesmo tempo em que consideramos de fundamental relevância que, no atual contexto, ocorram processos de expansão do retorno às escolas e às atividades educacionais, o processo de expansão do retorno seguro continua exigindo a implementação e avaliação de medidas de biossegurança e vigilância em saúde", informa o texto.
Entre as recomendações feitas às escolas pelos pesquisadores da Fiocruz estão manter a ventilação em ambientes fechados, criar campanhas de incentivo à vacinação, usar máscara e criar procolos internos para estimar o número de casos da doença e taxa de cobertura vacinal, além de ações de sensibilização e adesão à imunização. Veja algumas orientações a seguir:
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Segundo a nota técnica, ainda não há um consenso se comprovantes de vacinação devem ou não ser uma exigência para que alunos e funcionários entrem nas escolas. Enquanto isso, o importante é que cada escola e comunidade faça um mapeamento local e entenda qual é a porcentagem da população vacinada.
Escolas com cobertura vacinal elevada podem considerar a flexibilização, aos poucos, de alguns protocolos de segurança mais restritivos, como aumentar o número máximo de estudantes por sala de aula, reduzir o distanciamento em ambientes ventilados e reavaliar orientações sobre testagem e tempo de quarentena.
Medidas para diminuir o contato entre as crianças também já podem ser reavaliadas em comunidades com alta taxa de vacinação e baixo índice de circulação do vírus. A estratégia de dividir turmas em pequenos grupos no Ensino Fundamental e Médio, por exemplo, é uma delas.
Na Educação Infantil, porém, a recomendação é a de que, pelo menos por enquanto, os grupos se mantenham. Isso porque não é possível manter o distanciamento entre os pequenos, que ainda não estão vacinados.
A utilização de máscara deve continuar sendo obrigatória, mesmo para alunos e funcionários que já estejam completamente vacinados, especialmente em transportes públicos e ambientes fechados. As máscaras devem sempre cobrir nariz e boca.
Para considerar a suspensão ou não das aulas presenciais, as escolas devem considerar as cadeias de transmissão local e não mais individual. Isso significa que ainda continua sendo importante investigar e acompanhar casos suspeitos e ter protolocos bem definidos sobre como lidar caso alguém da comunidade escolar teste positivo para covid-19. Mas a ocorrência de casos pontuais da doença não deve mais ser motivo para interromper o funcionamento das escolas.
Apesar disso, os especialistas recomendaram que as escolas investiguem e entrem em contato com as famílias de alunos faltantes, para entender se a ausência tem a ver ou não com a possibilidade de uma infecção pelo vírus. Em caso positivo, a recomendação é de que o estudante fique isolado e sem frequentar o colégio por um período de 7 a 10 dias, em período de baixa transmissão comunitária.
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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2021/11/fiocruz-orienta-como-voltar-aulas-presenciais-com-seguranca.html