Wednesday, November 10, 2021

Após constantes birras do filho, mãe faz desabafo: "Estou começando a questionar se o amo"

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A maternidade é um grande desafio e, muitas vezes, as mulheres se sentem exaustas. Foi o que aconteceu com uma mãe, identificada como sheeraa, que usou o fórum britânico Mumsnet para desabafar sobre o comportamento de seu filho, de quase dois anos. Em seu post, ela revela que o menino começou a ter ataques de birra e isso começou a irritar muito. 

Seu relato acabou viralizando e repercutindo no tabloide britânico Daily Mail. No início de seu depoimento, a mãe diz que achava que já estava adaptada à maternidade. "Eu pensei que seria uma mãe perfeita, gentil e calma. Estou tão longe disso que nem gosto de quem sou", afirmou ela. A participante do fórum ainda acrescenta que, muitas vezes, ela não sabe nem o que está fazendo. "Meus dias parecem estressantes e corridos. Nada parece calmo e eu sinto que não estou curtindo minha vida agora". 

Tristeza da mãe depois do parto (Foto: Shutterstock)

 

Em sua rotina, a mãe conta que trabalha quatro dias por semana das 8 às 17 horas. No entanto, não tem muito tempo para descansar. "Estou sobrevivendo com um sono interrompido. O sono mais consecutivo que consigo é de 3 horas, ocasionalmente 4". Além disso, segundo ela, os ataques de birra do filho acaba a irritando a um ponto de ela pensar que não o ama. "Tenho vergonha de digitar isso, mas teve dias em que senti que não gosto muito dele. Há dias em que tudo que ele quer é só eu e eu simplesmente sinto que não quero estar perto dele", declara a mãe. 

Em seu relato, sheeraa diz que o filho fica o tempo todo ao lado dela e se irrita se ela não  atende imediatamente suas demandas. "Ele não é assim com seu pai, só comigo". Em meio aos gritos do menino, ela diz que quer ir embora e deixá-lo morando com o pai. 

"Já ouvi tantas mães dizerem que fica com o coração partido quando seus filhos choram, mas recentemente, quando meu filho está gritando e chorando, pude simplesmente ir embora. Houve tantas vezes em que eu poderia facilmente gritar de volta com ele, eu não fiz isso e é por isso que escolhi ir embora. Estou até começando a questionar se amo meu filho, porque certamente uma mãe que ama seus filhos não se sente assim por eles", desabafou. 

Após refletir sobre o assunto, a mãe disse que chegou a pensar se seria melhor o filho dela ficar em tempo integral com o pai. "Eu, claro, ainda veria meu filho, não estou sugerindo que nunca o verei novamente. Não quero prejudicar meu filho, mas sinto que não estou me ajustando para ser a mãe que pensei que seria".

Em reposta a seu post, muitas pessoas pediram para a mãe procurar ajuda psicológica. "Eu recebi ajuda e agora não conseguia imaginar minha vida por um segundo sem meu filho, e meu recém-nascido. Obtenha ajuda, mesmo se você achar que não precisa, você realmente precisa", disse uma usuária. 

Outras disseram que a mãe está cansada e por isso tem tido esses pensamentos. "Você precisa de uma pausa. Você tem pais que poderiam ficar com ele por um fim de semana? Seu parceiro poderia cuidar dele enquanto você sai por um fim de semana? É implacável e exaustivo. Você precisa pedir ajuda a outras pessoas", comentou uma outra pessoa. 

Confira 4 maneiras de reagir quando seu filho tem um ataque de birra:

 

 

1. Tente contornar a situação enquanto é tempo
"Costumo comparar a birra ao leite fervendo no fogão. Quando a gente para de olhar por um segundo, ele sobe e transborda, sujando tudo. Não adianta nem desligar o fogo, quando ele já está subindo, porque não vai parar", diz a psicóloga Rita Calegari (SP). Geralmente, a criança vai se irritando e, se você estiver ali, prestando atenção, vai perceber que ela pode ter um ataque de birra a qualquer minuto. Aí, dá para tentar mudar o foco, chamando atenção para outra brincadeira ou situação, antes que exploda. Também é importante os pais ficarem atentos a quando a criança começa a sentir fome ou sono, porque essas necessidades não atendidas também podem deixar os pequenos irritados e mais propensos a uma erupção. Mas é comum, assim como acontece com o leite, que as crises venham bem quando estamos preparando o jantar ou respondendo a um e-mail importante do trabalho. Nesse caso, siga para a próxima dica...

2. Espere
Quando a criança já está tendo um ataque de birra, não vai adiantar gritar, brigar, argumentar, tentar negociar, fazer chantagem... "Nesse momento, a escuta e a razão simplesmente não funcionam, então é um desgaste desnecessário", explica a psicóloga. O jeito é respirar, esperar passar e só depois conversar com a criança sobre aquilo, com tranquilidade, mostrando que há outras maneiras de lidar com a frustração e a raiva (veja a próxima dica). A conversa pode acontecer até um dia depois, não há necessidade de ter pressa. O importante é ajudar seu filho a entender o que ele está sentindo.

3. Você não tem a solução para tudo
Aceite, também, que você não é perfeito. "Carregamos aquele peso de que pai e mãe têm que ter solução para tudo e não é assim", diz Rita. Uma solução é dizer algo como: "Filho, você está com raiva? Ou frustrado? Quando eu me sinto assim, geralmente, é porque estou com raiva, mas acho que jogar seus brinquedos e quebrá-los não é um jeito legal de resolver. Vamos pensar juntos em como a gente pode melhorar isso?".

4. Acolha e valorize
Quando a criança tem uma crise emocional, acolha e valorize. Evite frases como "Não precisa chorar ou "Não é nada" ou então "Já passou". Com isso, a criança compreende que você quer apenas abreviar o problema e não está se conectando para entender como ela se sente. "Ouvir" enquanto você mexe no celular também passa a mesma mensagem. Olhe nos olhos, se conecte. Assim, ela entenderá que você está ali, presente. Isso também ajuda seu filho a entender que pode procurar e contar com você quando estiver com alguma questão e quiser conversar. Abre caminho para que continue assim lá na frente, na adolescência. A escuta começa na infância.

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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2021/11/apos-constantes-birras-do-filho-mae-faz-desabafo-estou-comecando-questionar-se-o-amo.html

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