Um estudo conduzido no Reino Unido aponta que tanto a vacina da Pfizer quanto a da AstraZeneca - ambas em aplicação no Brasil - são eficazes contra a variante delta da covid-19 após as duas doses previstas na bula. A pesquisa foi publicada na semana passada, na revista científica The New England Journal of Medicine.
De acordo com o levantamento, a eficácia contra a variante delta foi semelhante à registrada contra a variante Alfa - a antiga B.1.1.7, identificada no Reino Unido. Mais transmissível, a variante delta foi identificada pela primeira vez na Índia, e especialistas acreditam que em pouco tempo ela pode se tornar dominante no mundo.
“A eficácia após uma dose da vacina foi notavelmente menor entre as pessoas com a variante delta (30,7%) do que entre aqueles com a variante alfa (48,7%). Os resultados foram semelhantes para ambas as vacinas. Com a vacina BNT162b2 [Pfizer], a eficácia de duas doses foi de 93,7% entre as pessoas com a variante alfa e 88,0% entre aqueles com a variante delta. Com a vacina ChAdOx1 nCoV-19 [AstraZeneca], a eficácia de duas doses foi de 74,5% as pessoas com a variante alfa e 67,0% entre aqueles com a variante delta”, diz o estudo.
Os resultados apontam que as diferenças absolutas na eficácia da vacina foram mais marcantes após o recebimento da primeira dose. "Encontramos altos níveis de eficácia da vacina contra a doença sintomática com a variante delta após o recebimento de duas doses. Essas estimativas foram apenas modestamente menores do que a estimativa da eficácia da vacina contra a variante alfa. Nossa descoberta de eficácia reduzida após a primeira dose apoiaria os esforços para maximizar a absorção da vacina com duas doses entre os grupos vulneráveis no contexto da circulação da variante delta", conclui o estudo.
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