Pode ser difícil resistir a um açaí geladinho, principalmente quando está calor. Com as grávidas, não é diferente. A boa notícia é que o alimento pode ser consumido com segurança em qualquer fase da gestação, desde que sejam tomados alguns cuidados.
De acordo com Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio Libanês e Hospital Albert Einstein (SP), o principal aspecto que deve ser observado é a procedência do alimento. “O açaí é uma fruta que dá em cacho e é extraído manualmente para depois, geralmente, ser prensado ou pilado. Durante esse processo, no meio da polpa da fruta, pode haver contaminação pelo barbeiro, inseto que carrega o protozoário transmissor da doença de Chagas. Por isso é recomendado ingerir apenas produtos que tenham sido pasteurizados”, explica Pupo.
Na hora de escolher o açaí no supermercado é necessário ficar atento também à porcentagem de fruta in natura que existe no produto. “Opte sempre pelos alimentos com menos aditivos e conservantes”, diz Pupo. “E na hora do consumo, evite aditivos que tenham muitas calorias e pouco valor nutricional como o leite condensado e o xarope de guaraná”.
O açaí, mesmo quando consumido sem acompanhamentos, é um alimento altamente calórico e, por isso, as grávidas devem estar atentas para não consumi-lo em excesso. O recomendado, para a maioria dos casos em que não há complicações, é que o açaí esteja no cardápio, no máximo, três vezes por semanas, em porções de até 150 gramas.
Quando consumido com moderação, o açaí pode trazer benefícios para mãe e bebê. Rico em fibras, ele contribui para a digestão e ajuda a regular o intestino, além de ter antioxidantes, naturais que auxiliam o organismo a eliminar toxinas. “Para as grávidas que sentem diminuição das náuseas ao consumir alimentos gelados, o açaí é uma boa opção por ser um alimento natural”, afirma Pupo.
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