"Esta é a minha situação atual", escreveu a enfermeira norte-americana Devon Nicole Oechsle, 30 anos, em suas redes sociais, referindo-se a sua foto com o rosto vermelho e os olhos cheios de lágrimas. Ela conta que em conversa com o marido, Jason, que é médico, decidiram mandar a filha, Ellie, 3 anos, para a casa de uma amiga por talvez um mês. "Esta é a cara de alguém que se sente punida por tentar ser 'boa moça'. O meu trabalho como enfermeira na emergência é só isso, o meu trabalho, nunca sinto que é nada louco ou especial ou merecedor de elogios. Mas os nossos empregos são importantes neste momento e ao contrário de muitos, ainda somos obrigados a trabalhar", continua.
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Ela afirma que por estar em contato com pacientes com coronavírus, o risco de infecção é alto. "A última coisa que queremos é Ellie rodeada pelo potencial vírus", lamenta. "Então, sinto-me punida por ter que ser a 'boa moça'. Não vou visitá-la. Não vou conseguir abraçá-la. Não vou conseguir aconchegá-la à noite. Temos o FaceTime e pronto. Durante um mês ou quem sabe quanto tempo... e muitos dos meus colegas de trabalho tiveram que fazer o mesmo", diz. E dá um recado: "Então, se já leu até aqui e tem que ficar em casa com os seus filhos o dia todo, considere uma bênção e absolutamente nada menos. E pelo amor de Deus, pessoal, fiquem em casa. Quanto mais cedo esta porcaria acabar, mais rápido a minha filha pode voltar para casa", pediu.
O post rapidamente se tornou viral. Desde a publicação, há uma semana, foram 153 mil compartilhamentos.
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