Monday, April 20, 2020

Marcos Veras sobre ser pai durante pandemia: "Medos dobram"

Rosane Mulholland e Marcos Veras esperam o primeiro bebê (Foto: Arquivo pessoal)

 

Receber a notícia de que será pai ou mãe é um impacto para qualquer ser humano. Em tempos de coronavírus, então, quando o mundo inteiro vive um momento inédito, a situação fica ainda mais complexa. Ao mesmo tempo em que uma boa notícia, a da chegada de um filho, enche o coração de alegria. são muitas as dúvidas e preocupações: como seguir com o pré-natal? Quais os riscos? Como se organizar, na prática? As perguntas pipocam na cabeça de Marcos Veras. Pela primeira vez, o ator será pai. Sua esposa, a atriz Rosanne Mulholland, está grávida de 6 meses e os dois seguem em quarentena, esperando a chegada do pequeno. Em entrevista exclusiva, ele divide com CRESCER um pouco do que está sendo essa fase da vida, com ansiedades e preocupações, mas, também, com muita alegria. 

CRESCER: Você vai ser pai pela primeira vez. Como recebeu a notícia? Como foi e o que sentiu na hora?
MARCOS VERAS: Eu e a Rosanne fomos jantar num restaurante japonês e, nesse dia, ela não tomou nenhum drinque e nem quis comer peixe cru. Eu, na hora, não me toquei que já tinha a ver com a gravidez. Ela guardou segredo o dia todo e, na hora de dormir, quando saí do banheiro tinha um bilhete escrito “Deu positivo, papai”, junto de um bonequinho. Fui entendendo aos poucos, até cair a ficha. E toda a minha reação foi filmada por ela. Senti um felicidade enorme. Uma euforia emocionante que reverbera todos os dias.

 

C: Você sempre quis ser pai ou foi de repente?
MV: Sempre quis ser pai. Amo criança e acho bonita demais a paternidade. Vi exemplos lindos de relação entre pais e filhos no círculo de amigos e na família e me via experimentando esse momento na vida. Chegou a hora.

C: Qual é a sensação de ter um bebê a caminho, no momento em que o mundo está vivendo agora?
MV: É bastante conflitante porque os medos que são comuns para a chegada de um filho dobram diante dessa pandemia, mas sou um otimista. Acho que venceremos essa batalha e, claro, voltaremos para uma normalidade completamente diferente, com novas ações, com um novo comportamento e acredito que a mudança será para melhor.

 

C: Como está a rotina de vocês na quarentena? O dia a dia mesmo?
MV: Estamos direto em casa, todos os dias. Fazemos compras pela internet, dando prioridade para o comércio local e para comércios de pequeno e médio porte. Estamos cozinhando, faxinando, descobrindo novas formas de curtir e cuidar da casa. Também estamos fazendo exercícios juntos pela internet com a orientação de uma profissional de educação física. À noite, sempre vemos uma série ou um filme, com histórias leves, de preferência, para acalmar a alma, o coração e o bebê.

O casal está em quarentena (Foto: Arquivo pessoal)

 

C: E em relação à gravidez? Estão conseguindo ir às consultas, preparar o enxoval, tudo isso? Como estão fazendo?
MV: Estamos, sim, indo às consultas, às ultrassonografias necessárias e fazendo todo o acompanhamento com os devidos cuidados. O enxoval nos aflige um pouco, pois fugiu de todo o planejamento pensado. Mas já decidimos comprar pela internet alguns móveis e roupinhas para adiantar o que for possível. A pintura do quarto, por exemplo, pretendemos fazer nós mesmos. Queríamos fazer chá de bebê, de fralda. Já estamos pensando em fazer virtualmente, só para celebrar. Ainda assim, acredito que dará tempo de fazer algo de forma presencial. Mas é fato que é hora de adaptar e se reinventar. E estamos nos virando bem.

C: Vocês já têm ideia do que pensam para o parto?
MV: Rosanne é muito tranquila em relação a isso. Ela lê muito sobre o assunto. Mas tem preferência pelo parto normal e da forma mais bonita e suave possível.

Medos dobram com a pandemia (Foto: Arquivo pessoal)

 

C: Muitos pais estão com dificuldades de acompanhar o parto e até de fazer visitas, por conta de restrições impostas pelos hospitais, por conta do coronavírus. Vocês têm acompanhado isso? Como se preparam para esse tipo de situação?
MV: Já pensamos sobre isso e, claro, nos preocupa. Mas o nascimento está previsto pra agosto. Até lá, acredito que as coisas estarão melhores. Ficaremos atentos. Claro que quero participar de tudo, mas, se não for possível, a prioridade será a mãe e o bebê. E eu acompanharei como for possível.

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