A enfermeira Rebeca Tafaro é daquelas mães que muita gente consideraria irritante por fazer de tudo para superproteger seus filhos. Sabe aquela história de querer cuidar e estar perto em todos os momentos? Foi justamente esse "excesso" de zelo que fez com que ela - literalmente - salvasse a vida de seu bebê.
No último dia 14 de julho, Rebeca teve o seu primeiro dia de trabalho depois da licença-maternidade. Preocupada com a mudança de rotina, pediu para que o marido enviasse atualizações sobre como estava o primeiro dia de seu filho, William, longe da mãe. Às 14h15, ela recebeu uma mensagem em que seu marido dizia que ele e o bebê já estavam prontos para ir até uma rede de farmácias, na cidade de Memphis, no estado do Tennessee, onde vivem.
"A minha mensagem de esposa chata foi para que o David corrigisse a posição do William na cadeirinha do carro — as alças de segurança estavam muito frouxas e o clipe do peito estava muito baixo. E, conhecendo o meu marido, sei que ele deve ter rido e revirado os olhos antes de ajustar as alças e arrumar o clipe do peito", explicou Rebeca em sua publicação.
Cerca de 15 minutos depois, o telefone da enfermeira tocou. Era David dizendo que ele e o bebê haviam sofrido um acidente de carro. Ainda perto de casa, uma mulher tentou fazer uma curva rápida à esquerda, mas David não teve tempo de parar o carro e evitar a batida.
"Meu precioso pacotinho estava tão bem preso à cadeirinha que ele nem sequer acordou. Mesmo com o impacto de dois carros, William só teve um pequeno solavanco, tão insignificante que ele conseguiu continuar na sua soneca e passar as duas horas seguintes flertando com as enfermeiras do hospital", explicou Rebeca.
Enquanto o bebê saiu do acidente sem um arranhão sequer, Dave não teve a mesma sorte: o marido de Rebeca quebrou o pé em três regiões diferentes e deslocou alguns dedos. O carro, segundo Rebeca, sofreu perda total. "O carro é uma perda, mas carros podem ser substituídos - meu meninos, não. Eu realmente acho que o motivo para minha família estar em casa sentada no sofá em vez de estar em um hospital é por causa da minha voz irritante e superprotetora de mãe", escreveu a enfermeira.
Segundo Gabriela Freitas, coordenadora da ONG Criança Segura, não existe um modelo de cadeirinha que possa ser considerado como "o melhor do mercado": é preciso que cada família analise e escolha aquele que melhor se adapta às características da criança e do carro. Saiba o que levar em consideração ao comprar a cadeirinha do seu filho:
1) Confira se o modelo tem o selo de certificação do Inmetro
O selo garante que o produto é seguro, segue as regras de certificação e foi testado antes de ir para as lojas.
2) Escolha uma opção compatível com a idade, a altura e o peso da criança
Além da segurança, o conforto das crianças também deve ser considerado. Se seu filho é grande e tem mais de seis anos, por exemplo, prefira o assento elevatório (booster) sem encosto. Agora, se seu filho é menorzinho e tem mais de 6 anos, o assento elevatório com encosto pode ser a melhor opção. Pense bem e analise!
3) Prefira o modelo que melhor se adapta ao seu carro
Saiba as dimensões da cadeirinha e compare-as com as características do carro. Isso serve para evitar erros como comprar modelos que não se adaptam ao tamanho do veículo ou à inclinação dos bancos, por exemplo.
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Seguranca/noticia/2018/08/superprotecao-de-mae-salva-vida-do-filho-em-acidente.html