Foi aprovada na França uma lei que proíbe que os alunos de até 15 anos levem seus tablets e celulares à escola. A lei, que entrará em vigor ainda neste mês de agosto, tem o aval do Ministéria da Educação francês, sob a justificativa de que as crianças não brincam mais no intervalo, ficam apenas em frente às telas e que, do ponto de vista educacional, isso seria um grande problema.
A proposta teve apenas um voto contrário no Parlamento Francês e prevê algumas exceções, como quando o dispositivo é requisitado pelo professor com um propósito educacional ou no caso de alunos com algum tipo de deficiência. As escolas de Ensino Médio poderão escolher implementar a regra, mas não são obrigadas.
No Brasil, o uso do celular é proibido dentro das salas de aula, mas a lei não é necessariamente cumprida. Quezia Bombonatto, diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), acredita que proibir a entrada desses dispositivos nas escolas seja uma alternativa válida. “Mesmo fora da sala de aula, o uso do celular se mostra prejudicial. Você vê que no recreio, em vez de interagirem entre si, as crianças estão encarando celular. A socialização, que é tão importante para o desenvolvimento dessa criança, fica perdida”, explica.
Mas a especialista defende que a responsabilidade por um uso consciente dos dispositivos tecnológicos não deve ser atribuída apenas à escola. “Os pais acabam delegando toda a formação da criança à escola. Mas não adianta estimularmos a socialização no recreio, se no almoço de domingo, cada um fica no celular e a criança sequer interage com a própria família”, conclui.
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