Wednesday, December 15, 2021

"Não sabia que estava grávida até 50 minutos antes do parto", diz mãe que tomava pílula anticoncepcional

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Uma jovem mãe revelou que deu à luz apenas 50 minutos depois de descobrir que estava esperando um bebê. Mas a história surreal não termina aqui. Ela ainda afirmou que estava tomando a pílula, então, não achou que seria possível engravidar. Hannah Violet, 23 anos, compartilhou um vídeo no Tik Tok contando ainda que engravidou de um rapaz que conheceu em uma festa. Ela disse que não tinha barriga e continuou usando as mesmas roupas.

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Hannah com a filha, de 3 anos (Foto: Reprodução/The Sun)

 

 

"Eu: Não tenho chance de engravidar porque estou tomando pílula. Também eu: não sabia que estava grávida até 50 minutos antes de dar à luz", disse. Ela explicou que acordou uma manhã com fortes dores no estômago e nas costas e foi levada às pressas para o hospital com suspeita de apendicite, quando, então, sua bolsa estourou. "Eu acordei uma manhã com muitas dores no estômago e nas costas, pensando que estava apenas com prisão de ventre. Meu pai, então, me encontrou no banheiro e minha mãe disse a ele para ligar para a emergência. Eles nos disseram ao telefone que poderia ser apendicite e que uma ambulância estava a caminho. Mas eles ligaram de volta, dizendo que não havia ambulâncias disponíveis, e meu pai teve que me levar ao pronto-socorro", lembra.

No hospital, logo ficou claro que Hannah estava para dar à luz. "Chegamos ao hospital e eles quiseram tirar sangue, mas estava com muita dor para ficar parada para eles colocarem uma agulha e, dois segundos depois, minha bolsa estourou. Foi, então, que me disseram que eu estava em trabalho de parto", continuou. "Eles levaram meus pais para uma sala para dizer a eles que estavam prestes a se tornarem avós. Eu, então, pedi para minha mãe ficar comigo e meu pai ficou na sala de espera, enquanto ligava para meu irmão", conta. Hannah continua: “Em seguida, eles fizeram as parteiras virem do outro lado do hospital e, 50 minutos depois, deu à luz uma menina. Agora sou uma mãe solteira de uma criança saudável de três anos", completou.

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Em resposta à sua mensagem, muitas pessoas comentaram que passaram pela mesma situação. Uma pessoa disse: "O mesmo aconteceu comigo". Outra disse: "Descobri com 34 semanas e estava tomando a mesma pílula! Minha filha vai fazer sete em maio".

Como é possível?

Segundo o ginecologista e obstetra Gabriel Costa, da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), na maioria dos casos, a menstruação irregular é o que acaba dificultando o reconhecimento precoce da gravidez, porque a falta dela não causa desconfiança. Também pode acontecer de uma gestante não sentir a criança se mexendo, desde que, psicologicamente, ela negue aquela gravidez. "Existem casos em que ela até sente, mas atribui isso a outros fatores, como um movimento do intestino, por exemplo”, diz o ginecologista e obstetra Alexandre Pupo Nogueira, do Hospital Sírio Libanês (SP).

"A negação é um mecanismo de defesa totalmente inconsciente. É uma resposta àquela situação com a qual a mulher não consegue lidar naquele momento. Na tentativa de fugir desse conflito, ela acaba interpretando a realidade de um jeito distinto. Tudo o que possa levar a uma confirmação da gravidez é negado, rejeitado, relevado”, explica Cristiana Julianelli, psicóloga e psicanalista especializada no atendimento de gestantes (SP).

Independentemente de ser uma gravidez desejada ou não, após a descoberta, é importante que a mãe tenha acompanhamento psicológico e possa contar com uma sólida rede de apoio, afinal, é muita informação para assimilar em pouquíssimo tempo. Muitas delas se preocupam com a saúde do bebê, remoendo a ausência do pré-natal e culpando-se por terem seguido uma vida sem restrições, muitas vezes consumindo álcool, tabaco ou medicamentos contraindicados. “O pré-natal realmente previne uma série de complicações e reconhece situações de risco. Não fazê-lo, assim como não ter seguido as orientações médicas, pode ser muito grave para mãe e filho, mas, felizmente, a maioria dos casos evolui bem”, tranquiliza Gabriel Costa. Em relação ao uso do anticoncepcional, os especialistas lembram que nenhum método contraceptivo é 100% eficaz.



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